Atriz se aventura em livros, séries e música
Aos 22 anos, a gaúcha Ana Jeckel lança “Nadia Keane – Parte 2”, se destaca em séries da Disney e solta sua voz
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Ela é atriz, cantora, compositora e uma escritora de mão cheia. A gaúcha Ana Jeckel, de apenas 22 anos de idade e cinco de carreira, tem se destacado entre o público infantojuvenil.
Ana acaba de lançar mais um livro num curto espaço de seis meses: trata-se de “Nadia Keane – Parte 2”, que conta a história de Dimitri, um menino sem memórias resgatado pelo navio mais procurado dos mares, o Nadia Keane.
Os protagonistas são adolescentes que viajam o mundo em busca de um tesouro que foi roubado do capitão por seu rival. Entre os temas abordados, estão as descobertas pessoais e a busca de seus sonhos. Na nova publicação, há também personagens trans e a descoberta de uma de gênero fluido.
Ana Jeckel pensa grande. Ela planeja que a série de livros tenha seis volumes no total, lançados a cada seis meses.
“Algumas histórias, eu tenho esquematizadas desde 2018, outras ainda não. Tive que dividir alguns livros pela metade para não ficarem muito compridos e, por isso, virou uma série de seis volumes. Mas não quero parar por aí”, avisou, em entrevista ao AT2.
Como deu para perceber, Ana é multitalentosa. No elenco da elogiada série “Tudo Igual... SQN”, da Disney, ela agora aguarda a estreia da segunda temporada para mês que vem. Na trama, ela dá vida a Beta, uma jovem independente.
Também no elenco da série “Juacas”, da Disney, Ana ainda coleciona várias indicações a prêmios na Itália – onde venceu como Melhor Atriz do Digital Midia Festa em 2022 –, além da Ásia e do Brasil por conta de seu trabalho como protagonista da websérie “May@”.
Para completar, como cantora e compositora, já lançou algumas músicas. Seus clipes podem ser vistos no seu Instagram e no YouTube. Já as canções estão disponíveis no Spotify.
SERVIÇO:
“Nadia Keane – Parte 2”
Autora: Ana Jeckel
Editora: Pendragon
Páginas: 343
Preço: R$ 56,90
“Gosto de histórias intensas”
AT2: Quando se interessou por literatura?
Ana Jeckel: Quando eu tinha uns 8 anos, comecei a ler livros, mas me interessei em escrever quando li a série de “Percy Jackson e os Olimpianos”, aos 13 anos. Eu tinha vontade de ler mais e viver coisas que ainda não tinham sido escritas. Histórias e aventuras que eu inventava na minha cabeça e não existiam para ler. Então, comecei a escrever.
De onde vem a inspiração para escrever livros?
Vem de todos os lugares. Eu sempre falo que acho importante ler os clássicos e ler livros contemporâneos no geral, mas a inspiração pode vir de qualquer lugar. De filmes, desenhos animados, músicas, viagens, às vezes até de uma foto. Meu livro “Nadia Keane” surgiu por conta de um filme da Disney chamado “Planeta do Tesouro” e a trilha sonora dele.
Foi difícil escrever “Nadia Keane – Parte 2”?
Escrever qualquer livro é difícil, ainda mais um de alta fantasia, onde um mundo inteiro é criado do zero. Com os personagens bem construídos desde o livro 1, os diálogos quase se escrevem sozinhos entre eles. A dificuldade mesmo foram as cenas de ação e o clímax. Gosto de histórias intensas, cheias de emoções. Isso leva tempo.
Serão seis volumes. Já tem em mente as próximas histórias?
Tenho sim! Algumas, eu tenho esquematizadas desde 2018. Como falei agora, gosto muito de escrever (risos) e, como seis livros é um bom número, quero fechar essa série aí, para depois, quem sabe, no futuro, lançar uma nova série com os personagens jovens adultos.
Por que escrever para adolescentes?
Eu gosto de escrever o que eu gostaria de ter lido aos 13 anos. Esse é meu lema. Quero ser o Percy Jackson da nova geração para crianças e adolescentes, que são um público engajado e que ama e respira histórias que eles gostariam de viver e não podem. Então, por que não escrever sobre piratas adolescentes desajustados para adolescentes que se sentem da mesma forma?!
Pretende lançar livros para um público mais adulto?
Por enquanto, não. Quem sabe no futuro? Mas quero manter minha faixa etária nos +12 ou, no máximo, +14 por agora.
Quem é um modelo para você na literatura?
Rick Riordan, Leigh Bardugo e Thalita Rebouças. Riordan, por ter sido tão importante para mim na adolescência; Bardugo, por me ensinar a arte de criar mundos fantásticos. E Thalita, por ser uma mulher brasileira que alcançou um público gigantesco.
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