Atitude da banda Instinto Sagrado
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O grupo Instinto Sagrado se prepara para lançar o primeiro clipe da carreira na próxima sexta-feira. Trata-se da faixa “Atitude”, que integra o EP homônimo do grupo liderado pelo vocalista capixaba Paulo Borges.
Apesar de ter sido lançado no fim de 2019, o trabalho, composto por cinco faixas, chegou às plataformas de streaming em 2020.
Segundo Paulo, o lançamento desse primeiro vídeo é apenas o primeiro passo para o planejamento da banda, que mistura reggae, rock e soul, para este ano.
“Gravamos os clipes de todas as músicas do EP antes da pandemia e vamos lançar ao longo do ano”, afirma o vocalista, que é acompanhado na banda por Pedrinho Fonseca (guitarra), Luiz Gomes (baixo) e Alexandre Alves (bateria).

Um detalhe interessante sobre o grupo é que eles começaram fazendo tributo de O Rappa e Charlie Brown Jr. Só depois é que compuseram suas músicas.
Outra curiosidade é que apenas Paulo vive no Espírito Santo. Os demais músicos são do Rio de Janeiro e trabalham ou acompanham grandes artistas nacionais.
Um deles é o baixista Luiz Gomes. O músico também toca com o grupo de pagode Molejo.
Já Pedrinho Fonseca é produtor musical de um estúdio de gravação localizado no Rio e responsável por gravar sambas-enredo de nomes como Neguinho da Beija-Flor.
Com time de peso, é de se esperar que novas faixas do Instinto Sagrado sejam lançadas em breve, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia.
“Nós estávamos meio parados, mas voltamos e estamos gravando uma versão de 'Somos Quem Podemos Ser', do Engenheiros do Hawaii. A ideia é soltar esse e outros covers entre os lançamentos dos clipes do EP”, afirma Paulo.
Junto a essas versões, outro passo que a banda pretende dar, sem deixar a cautela de lado, é gravar um novo trabalho de autorais.
“Temos cerca de dez faixas prontas e começamos a pensar a questão do álbum. Pretendemos gravar ainda neste ano”, diz o vocalista.
“Com resiliência e fé, nós vamos seguir em frente”
AT2 Você é do Espírito Santo e os integrantes da banda vivem no Rio. Como se uniram?
Paulo Borges Em 2015, eu participei do programa “Máquina da Fama”, do SBT/TV Tribuna, fazendo um tributo ao Falcão, vocalista da banda O Rappa. E, dois anos depois, em 2017, o produtor Luciano Rosa, do Rio, viu esse trabalho e me chamou para fazer alguns shows covers do Rappa
E a ideia de fazer as próprias músicas? Como surgiu?
Quando ia para o Rio, ficava na casa do Luciano. Nos tempos vagos, tocávamos e acabamos compondo algumas faixas. Das cinco faixas do EP, três são dele, uma é foi composta por mim e a outra nós escrevemos juntos.
O clipe de “Atitude” foi gravado no Rio. Além de vocês tocando, ele tem algumas cenas externas. O que quiseram passar com esse trabalho visual?
“Atitude” trabalha a questão da ação e do contexto social. Trabalhamos com a ideia de que a bomba está aí e vai estourar a qualquer momento. É algo bem atual neste momento da pandemia.
Qual mensagem desejam passar nas músicas?
Resolvemos fazer esse trabalho autoral porque nossas ideias bateram, que é falar sobre positividade, sobre as coisas que vêm acontecendo no mundo. Além de abordar questões sociais e espiritualidade.
Acredita que é fundamental passar mensagens positivas neste momento?
É muito importante! Pois é sempre depois da tempestade que raia o sol. Acredito que, com resiliência e fé, nós vamos seguir em frente.
O som de vocês possui referências de vários estilos. Crê que é possível defini-lo?
Nós tocamos o que gostamos. Não nos limitamos tanto a um estilo. A gente toca roots, rock, reggae, soul e também misturamos um pouco de rap, como vai acontecer nas novas faixas autorais.
Pode falar mais como essas novas faixas vão soar?
Colocamos um pouco da nossa cara. O Pedrinho é do samba, mas toca muito rock, como Van Halen. Eu, por exemplo, faço há anos shows, como tributo a Bob Marley. Quando você ouve o nosso som, vê que tem a identidade de cada um. Tem também muita influência do Rappa e do Charlie Brown, mas acho que nosso som é um pouco de cada integrante.
O que, para você, significa o Instinto Sagrado?
É mistura de influências e usamos essa mistura para expressar um pouco das nossas reflexões.
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