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Agenda Cultural

Feras do jazz abrem temporada de inverno no ES

11ª edição do Festival Internacional de Jazz e Bossa Nova de Santa Teresa acontece de sexta a domingo com músicos de vários países


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Imagem ilustrativa da imagem Feras do jazz abrem temporada de inverno no ES
Oswaldo Montenegro se apresenta sábado, a partir das 21 horas, no Palco Imigrantes, com sucessos de sua carreira |  Foto: Divulgação/Eduardo Galeno

O carioca Oswaldo Montenegro, o alagoano Hermeto Pascoal e seis nomes originários de outros países vão desembarcar na região serrana do Espírito Santo para a 11ª edição do Festival Internacional de Jazz e Bossa Nova de Santa Teresa.

O tradicional evento acontece entre a próxima sexta-feira (07) e domingo (09), no parque de exposições da cidade, e traz na programação nomes como o baixista de jazz e vencedor do Grammy Richard Bona, o australiano Lachy Doley e o guitarrista argentino Victor Biglione.

“Essa talvez seja uma das melhores programações da história do Santa Jazz. Serão seis atrações internacionais e nomes ganhadores do Grammy”, salienta Zé Olavo, produtor e criador do festival.

Destaque ainda para o encontro da diva do jazz e blues Rosa Marya Colin, reconhecida nacional e internacionalmente pelo seu trabalho, com o capixaba Saulo Simonassi. Outra colaboração que promete encantar o público é o de Oswaldo Montenegro com a Camerata do Sesi.

Além de contar com um line-up de peso, o evento vai celebrar nos mínimos detalhes os 150 anos da imigração italiana no Brasil. Afinal, Santa Teresa foi a primeira cidade fundada por imigrantes italianos no Brasil.

O show da cantora italiana Cinzia Tedesco no sábado à noite é apenas uma parte desta comemoração, que também está presente na identidade visual desta edição e na praça gastronômica do evento.

Imagem ilustrativa da imagem Feras do jazz abrem temporada de inverno no ES
Hermeto Pascoal é uma das atrações de sábado à tarde no Palco Imigrantes |  Foto: Divulgação/Gabriel Quintão

“Teremos muitos restaurantes com cardápios voltados principalmente para a gastronomia italiana. Junto a isso, a carta de vinhos também tem como foco rótulos da Itália”, adianta Zé Olavo.

A praça gastronômica do evento vai contar com 10 empreendimentos. Entre eles, o Fabrício Bar e Restaurante, o La Dolina, Cervejaria Teresense e Três Santas. Os preços dos pratos variam de entre R$ 40 e R$ 85. “A maioria das opções é de restaurantes da região de Santa Teresa”, afirma o produtor.

Já o valor dos vinhos fica entre R$ 50 a R$ 180. Há opções ainda para quem busca lanches servidos com maior agilidade, com a presença do Crepe Francês e Cia, Sandurritus e Te Quiero Churros.

“A música é como o vento”

Aos 87 anos, o multi-instrumentista alagoano Hermeto Pascoal conversou com a reportagem para falar sobre o show em Santa Teresa e as últimas novidades da carreira.

A Tribuna- Como está a expectativa para sua 1ª apresentação no Santa Jazz?

Hermeto Pascoal- É sempre maravilhoso quando vou a um lugar pela primeira vez. O bom pra mim é tocar. A música é como o vento, é universal, se espalha pelo mundo inteiro. Quando toco no Brasil, vem gente até de países vizinhos. E, quando possível, sempre atendo as pessoas.

O que prepara para esse show?

O formato eu decido na hora que entro no palco. Nunca tem premeditação, nunca sei o que vou fazer no palco. O negócio é confiar, ter esperança, se amar e gostar do que faz. Se você se ama, gosta do que faz e faz bem, pode ficar tranquilo.

Mas é sua primeira vez no Espírito Santo?

É um estado que me deu muito apoio no começo da carreira. Teve uma época que toquei piano e todos os instrumentos que levava comigo, mas depois acabou ficando muito cansativo. Então, gosto de tocar com meu grupo, com integrantes que estão comigo há mais de 30 anos. Eles gostam do grupo e eu deles.

Chegou a conhecer algo do Espírito Santo?

Quando vou nos lugares, eu só chego para tocar. Não tenho tempo de passear. Tenho que chegar no lugar e ficar descansando antes de me apresentar. Na minha idade, cansa.

O que sente quando sobe ao palco?

Minha cabeça e minha mente estão abertas. A música vem como se fosse o vento. Um monte de coisas vêm da imaginação sem premeditação nenhuma. Eu sou 100% intuitivo.

Santa Teresa é conhecida como a cidade dos colibris, está cercada por natureza. Dessa viagem pode sair alguma partitura ou composição?

A inspiração só vem. Quando falam de natureza, as pessoas normalmente pensam no mato. Mas a natureza é o que é natural, é aquilo que é bonito. Acho natural vir andando na rua, no meio trânsito, com aqueles carros buzinando, mas tem gente que acha feio. E eu acho inspirador. Natural não é o que é tocável. É aquilo que desperta criatividade, a partir da emoção.

Sempre soube que a arte era seu caminho?

Foi o que Deus quis, que o universo quis. É o negócio da intuição. A música, pra mim, é meu dom. Eu nasci com a música. Eu sou música.

O que te inspira a unir sons da natureza à sua obra?

A música vem tão certa quanto minha respiração. As coisas inteligentes não têm adjetivos e, sim, amor. Dos meus 7 até os 14 anos tinha esse hábito de escutar as vozes da terra, do chão, e vozes que eu escutava pelo próprio vento, apenas a sonoridade.

Como foi o processo do recém-lançado álbum “Para Você, Ilza”, dedicado à memória de Ilza da Silva, sua esposa com quem viveu por 46 anos e teve seis filhos?

Foi um negócio feito tão pra ela, com tanto amor, baseado nas nossas vivências... Ela fazia aquele bolo e aquele cheiro me inspirava e eu ia compondo. E ela ria, gostava. Fiz com muita emoção. Ela foi muito feliz.

Acaba de ganhar uma biografia. Imaginou que um dia sua vida viraria livro?

Fiquei super feliz. Foi feito por pessoas que pesquisaram, que foram até minha terra, onde me criei, e conheceram pessoas da minha família.

Serviço

Festival Santa Jazz

O quê: de sexta-feira (07) a domingo (09).

Onde: Pavilhão de Exposições de Santa Teresa.

Ingressos: entrada gratuita para a programação diurna e paga para a noturna. Ingressos a partir de R$ 35 (1º lote/meia/cada noite).

Venda: site lebillet.com.br.

Classificação: livre para programação diurna e 18 anos para a noturna. Até 12 anos acompanhado dos pais não paga.

Programação

- Sexta-feira (07)

20h: Abertura oficial.

- Palco Colibri

Apresentações às 20h, 22h30 e 23h30.

- Palco Imigrantes

21h: Paula Santoro (MG).

22h30: Richard Bona (Camarões).

0h: Rosa Marya Colin (MG) e Saulo Simonassi.

- Sábado (08) à tarde

11h: Abertura dos portões.

- Palco Colibri

Apresentações às 11h30, 13h e 14h30.

13h e 14h30: Coro Jovem.

- Palco Imigrantes

12h: Victor Biglione (Argentina) e Alexandre Borges Quinteto.

13h30: James Carter (Estados Unidos).

15h: Hermeto Pascoal (AL).

16h: Encerramento da programação diurna.

- Sábado (08) à noite

20h: Abertura dos portões.

- Palco Colibri

Apresentações às 20h30, 22h e 23h30.

- Palco Imigrantes

21h: Oswaldo Montenegro (RJ) e Camerata do Sesi.

22h30: Cinzia Tedesco (Itália).

0h: Lachy Doley (Austrália).

- Domingo (09)

11h: Abertura dos portões.

- Palco Colibri

Apresentações às 11h30, 13h e 14h30.

13h e 14h30: Banda Jovem Música na Rede Sul.

- Palco Imigrantes

12h: Filó Machado (SP) e Fames Jazz Band.

13h30: Romero Lubambo (RJ) e Chico Pinheiro (SP).

15h: Taryn Donath (Estados Unidos).

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