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Agenda Cultural

“A felicidade não existe”, diz atriz

Maria Eduarda de Carvalho, que estará em Vitória com a peça “Simples Assim”, fala sobre sua relação com a tecnologia


Imagem ilustrativa da imagem “A felicidade não existe”, diz atriz
Maria Eduarda, Mouhamed e Georgiana |  Foto: Divulgação/Dalton Valério

Num mundo intensamente conectado, desconectar-se para viver a realidade se tornou um desafio. E a atriz carioca Maria Eduarda de Carvalho, 40, sabe qual é o seu ponto fraco quando se trata da presença da tecnologia em seu dia a dia.

“A única interferência que sofro, que realmente é algo que me incomoda e ainda não consegui resolver, é o WhatsApp. Sou atropelada pelo WhatsApp de uma forma que sinto que atrapalha um pouco a minha vida. A pessoa manda uma mensagem a qualquer hora da madrugada, do dia, e tenho dificuldade de dizer 'não, agora chega, não vou mais responder'”, confessa em bate-papo com A Tribuna.

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Tirando o aplicativo de troca de mensagens, a atriz acredita conseguir viver bem a vida real, principalmente, valorizando os momentos com a filha Luiza,  12 anos, que é fruto do casamento de Maria Eduarda com o cineasta Snir Wine, e as amizades. “Tenho muito prazer de encontrar meus amigos, de estar com minha família”.

Contudo, essa não é a realidade vivida por ela nos palcos. Na comédia “Simples Assim”, ela se junta aos atores  Georgiana Góes  e Mouhamed Harfouch para interpretar  personagens que têm suas relações afetadas pela tecnologia.  

“Eles estão mais contaminados e prejudicadinhos, tadinhos. Acho que eles precisam de uma reabilitação.  Aliás, tem uma personagem que interpreto que está em processo de reabilitação, e isso é sério”, diz, de forma irreverente, mas fazendo um alerta: “Existem clínicas de reabilitação e o vício em aparelho celular se chama nomofobia, tem até nome”.

O espetáculo, que terá sessões de sexta a domingo no Sesc Glória, centro de Vitória, é baseado na obra de Martha Medeiros. “Quem Diria Que Viver Iria Dar Nisso” e “Simples Assim” são as duas coletâneas em que a peça se baseia e reúnem cerca de 200 crônicas. Da pesquisa, resultaram 10 cenas, que são um retrato das relações interpessoais no mundo contemporâneo.

“Acho que o fato de estarmos fazendo este texto no teatro, que é um lugar que sela o pacto do presencial, torna a reflexão sobre o excesso de tecnologia em nossas vidas mais profunda e contundente”, salienta Maria Eduarda.

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Maria Eduarda de Carvalho: "A gente está sendo atropelado por esse universo digital"

A Tribuna – Quais reflexões a peça “Simples Assim” apresenta?

Maria Eduarda de Carvalho – A peça trata do impacto da tecnologia nas relações humanas no mundo contemporâneo e de como, sem perceber, a gente está sendo atropelado por esse universo digital e perdendo a possibilidade de estar verdadeiramente com o outro.

A peça vem ao encontro a um processo reflexivo que já tenho na minha vida, que é realmente esse olhar cuidadoso para o contato humano e as relações.  

A peça é baseada nos textos de Martha Medeiros. Já acompanhava a obra dela?

Martha é uma grande amiga. Nós nos conhecemos em outro espetáculo que fiz e era baseado nas crônicas dela, chamado “Feliz Por Nada”. Com ele, descobri que ela assistia às minhas novelas e também era fã do meu trabalho. Ela, inclusive, fez uma participação num documentário que eu dirigi sobre o desejo feminino chamado “Nós por Todas”, que agora está no processo de montagem.

“A vida é difícil, mas a simplicidade salva”, diz Martha. Concorda? 

Tendo a acreditar que as coisas que me dão mais prazer são  muito simples: rir com minha filha, assistir a uma série ao lado dela, tomar um vinho com os amigos, ver um show de samba... Às vezes, a gente fica buscando a felicidade e ela não existe. Acredito que sempre vai faltar  alguma coisa. Não seremos completos nunca. E a grande beleza e riqueza da vida é essa: saber lidar com isso, e, apesar disso, encontrar momentos de alegria,  prazer, ao lado de outras pessoas. 

Vive diversas personagens na peça. Como é?

A dinâmica de interpretar vários personagens é desafiadora. É, na verdade, uma ginástica ali na coxia. É uma loucura, mas é divertidíssimo!

A turnê do espetáculo chega ao fim no Espírito Santo. Tem lembranças daqui?

Teve um Carnaval que passei em Guarapari que foi um dos mais deliciosos da minha infância. Minha família inteira se meteu dentro de um apartamento que era mínimo, então tinha gente dormindo no corredor, na sala, embaixo da mesa... (Risos)

Usei fantasia de havaiana que minha mãe comprou. Gosto de me fantasiar desde criança e não perdi esse hábito. Outra coisa que me lembro, além daquela areia mais escura que a gente passava na pele, era o sorvete cascão. Foi a primeira vez que comi um sorvete cascão!


Serviço

“Simples Assim”

O quê: Comédia com Georgiana Góes, Maria Eduarda de Carvalho e Mouhamed Harfouch. Baseado na obra de Martha Medeiros.

Quando: Sexta e sábado, às 20 horas, e domingo, às 19 horas.

Onde: Sesc Glória. Av. Jerônimo Monteiro, 428, Centro, Vitória. 

Ing. (1º lote/meia): Balcão a R$ 25, Mezanino a R$ 25 e Plateia a R$ 60.

Venda: Site lebillet.com.br.

Clas.: 12 anos.

Inf.: (27) 2142-5350.

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