“A sociedade, muitas vezes, nos subestima”, afirma Melody
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“O empoderamento feminino é algo muito importante na vida de uma menina, pois a sociedade, muitas vezes, nos subestima”, afirma, ao AT2, a cantora paulista Melody, que conheceu cedo os desafios de ser uma mulher sob os holofotes.
Com apenas 14 anos, sendo cinco de carreira, a artista já teve que lidar com muitas críticas até provar que seu talento ia muito além dos falsetes que a tornaram conhecida. “No início, muitos não acreditavam no meu potencial e hoje os que me criticavam me apoiam nessa caminhada”, lembra.
E é consciente da importância do empoderamento feminino para jovens de sua idade que ela se junta a Tília Fialho, filha do hitmaker Dennis DJ, no single “Nocaute”. A colaboração foi um convite da carioca de 17 anos.
“Acompanho a Melody desde a época dos falsetes e vejo muito talento nela. Quando estava pensando no meu próximo feat, queria muito que fosse uma voz feminina e bem jovem, e logo veio o nome dela na minha cabeça”, conta Tília.
Para compor o novo hit, a carioca se reuniu com mais seis compositores. Entre eles Jonathan Costa, o Jon Jon. “Queria que as mulheres se identificassem quando ouvissem”, explica.
No clipe, Tília e Melody são de gangues rivais e começam uma competição de dança, mas logo se juntam, mostrando que a rivalidade feminina não tem espaço na nova geração. “Ainda sofremos muito com o machismo, mas já compreendemos que, quando nos unimos, somos mais fortes!”, afirma Tília.
“Se eu não for boa aluna, não posso ser artista!”
AT2 Enxerga você e a Tília como o futuro da música pop?
Melody Com certeza, somos a nova geração da música pop. Estes anos todos na mídia me fizeram amadurecer profissionalmente e traçar uma meta ainda maior, como a carreira internacional! Aos 18 anos, pretendo ser conhecida não só no Brasil, mas em outros países!
Cresceu numa época em que a rivalidade feminina já não se fazia mais presente no funk. Aliás, muitas dessas mulheres que cantavam músicas desse tipo no passado disseram que se arrependem. Reforçar o empoderamento feminino neste single é continuar o legado de outras artistas que já vinham fazendo esse movimento?
Talvez elas não tenham se arrependido... O mercado fonográfico vai mudando com o passar das gerações, assim como tudo muda. No futuro, possa ser que eu também venha com uma nova roupagem, algo mais para o pop, que é o que tenho mesclado um pouco nos meus lançamentos.
A música tem a ver com ringue e o clipe traz um conceito bem parecido com o de “Combatchy”, de Anitta, Lexa, Luísa Sonza e MC Rebecca. Teme críticas e comparações?
A verdade é que você sendo bom ou ruim, as pessoas sempre terão o que falar! Todos os artistas têm algo como base, as referências são importantes pra gente que está trazendo um novo trabalho. E as comparações não me incomodam!
Nesses cinco anos de carreira, como foi conciliar a música e a rotina de uma criança e adolescente normal?
Consigo conciliar 100% meu trabalho com os estudos. Se eu não for uma boa aluna, não posso ser artista! Então, procuro tirar boas notas e entregar as atividades no prazo recorde para conseguir me dedicar à carreira!
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Cresceu sob os holofotes, recebendo comentários positivos e negativos do público, muitos em relação a você parecer ser uma criança que quer ser adulta. De que forma isso refletiu na adolescente que é hoje? Tem tomado mais cuidado nas redes sociais?
O que acontece é que, devido a alguns problemas passados, as pessoas voltam os olhos para mim. Conheço muitas jovens que fazem o mesmo que eu, mas, devido à minha visibilidade, sempre vão pegar um pouco mais no meu pé! Mas estamos sempre atentos a tudo, tomamos todos os cuidados.
Ainda acredita que não precisa de Anitta para gerenciar sua carreira? Tem ela como grande inspiração?
As pessoas distorcem um pouco o que eu falo. Eu acredito que seria importante se ela me ajudasse nos dias de hoje, enquanto sou jovem e posso dar conta de tudo o que acontece. Seria legal ter a gestão dela. Sobre uma artista que me inspira, gosto muito da Ariana Grande, ela brilhante em tudo que faz!
“Com 17 anos, as coisas vão ficar mais fáceis para mim”, disse em entrevista. Ainda há um preconceito por você ser uma adolescente que canta funk? Acredita que futuramente o seu trabalho será melhor aceito pelo grande público?
A gente precisa se policiar o tempo inteiro sobre exatamente tudo, não é somente sobre ser funk, pois também trabalho no pop. Quando se tem 17 anos, você pode ousar. Então, no momento, a gente vai fazendo como pode fazer, dentro dos nossos limites. Gosto do apoio que tenho dos meus fãs, eles me entendem e me aceitam, mesmo com as limitações.
Qual seu maior sonho hoje?
Com toda certeza, ser reconhecida pelo meu trabalho mundialmente.
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