Empresários preveem 10 mil empregos no Estado
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Elogiando o programa do governo que desonera a folha, empresários preveem a abertura de mais de 10 mil empregos no Estado.
O presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), Rodrigo Miguel Vervloet, estima que esse programa deve criar uma formalização de pelo menos 10 mil empregos inicialmente no Estado.
Segundo ele, a pandemia deixou um rastro de 25 mil pessoas desempregadas no Estado no setor (empregos diretos e indiretos). “Essas normas mais flexíveis ajudam especialmente a pequena empresa e sobretudo ao empregado.”
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Leonardo de Castro, afirma que o setor é totalmente favorável a essa iniciativa de contratação formal com menos encargos e em formato mais fracionado.
Ele lembrou que a pandemia revelou que existem mais de 30 milhões de pessoas no País na informalidade. “Isso mostra que nós temos quase a mesma quantidade de pessoas formais e informais. É um desequilíbrio muito grande no País, e é óbvio que o problema está no custo de contratação.”

Diante disso, ele acredita que esse é um ótimo caminho que o governo está adotando. “É uma forma inteligente e objetiva de enfrentar esse monstro do desemprego.”
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri, classifica o programa como muito interessante.
“A grande barreira do empresário hoje é justamente o custo financeiro que ele tem das obrigações que incidem na folha de pagamento. Então, isso vai favorecer o empresariado no sentido de gradativamente criar oportunidades de emprego a milhares de brasileiros.”
Já o especialista em Direito Empresarial Fabiano Cabral destacou que a modalidade que tem o objetivo de diminuir a informalidade do mercado, flexibilizando a relação de trabalho, se revela interessante para empresários e trabalhadores, mas culturalmente pode haver resistências.
“O entendimento predominante é que o FGTS traz uma segurança para o empregado quando demitido sem justa causa, porém, devemos observar que o projeto ainda está em estudo e vincularia apenas a contratação nesta modalidade.”
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