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Educação

Desafios podem ensinar e despertar curiosidade

A curiosidade prepara o cérebro para a aprendizagem, o que torna o processo cognitivo mais gratificante e prazeroso


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Imagem ilustrativa da imagem Desafios podem ensinar e despertar curiosidade
Samuel Bittencourt, de 8 anos, gosta de brincar de fazer cálculos e já ganhou medalhas em olimpíadas |  Foto: Leone Iglesias/AT

O desafio de resolver um problema de Matemática de forma lúdica pode aguçar a curiosidade e levar ao aprendizado. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, revelou que a curiosidade prepara o cérebro para a aprendizagem, o que torna o processo cognitivo mais gratificante e prazeroso.

Um bom exemplo disso é o pequeno Samuel Bittencourt, de 8 anos, que aprendeu a brincar com os pais de fazer contas, ensina o irmão mais novo e esse ano conquistou a medalha em uma competição internacional de Matemática. 

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Samuel conseguiu a primeira colocação no Espírito Santo e a segunda no País na Singapore and  Asian Schools Math Olympiad (SASMO). 

Mas essa não é a primeira conquista do pequeno gênio. Ele já ganhou o ouro na prova Ganguru do ano passado e prata na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). 

“Samuel ama Matemática, é muito movido a desafios matemáticos. Ele e o irmão do meio, o Miguel, que tem 6 anos, brincam de fazer cálculo de xadrez e jogam xadrez. Como ele gosta muito, descobrimos esse mundo das olimpíadas internacionais”, conta a mãe dele, a advogada Thalita Bittencourt, 41.

Ela conta que em casa fazer cálculos é uma brincadeira. “Eles brincam de cálculo o tempo inteiro, gostam muito de ensinar e desafiar o irmão. Meu marido é da área de exatas e sempre brincou com ele com a matemática e hoje ele brinca com irmão, desafiando em forma de brincadeira”.

Para o professor de Matemática Sidney Lins da Silva, da EMEF Professor Cerqueira Lima, em Cariacica, a cada desafio vencido gera prazer e é isso que ele tenta mostrar e trazer para seus alunos. 

“A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), por exemplo, mostra a Matemática de um jeito diferente, mais lúdica, de raciocínio lógico, onde apresenta problemas e mostra que é possível resolver com um raciocínio lógico, sequencial e prazeroso. Porque a cada desafio que o aluno vence, ele sempre encontra prazer nisso. Essa é a oportunidade que tento passar para todos os alunos: experimentar e aprender matemática”.

O professor de Matemática Eduardo Damiani, do Colégio Monteiro, destaca que o ensino lúdico  dá significado ao processo de aprendizagem. “Cada vez mais os alunos  chegam à escola curiosos e cheios de perguntas. Por isso precisamos antever e deixar claro esse significado, o aluno entende  por que aquilo faz sentido na vida dele. Claro que dá mais trabalho ensinar assim, mas tem muito mais efeito”.

Geometria e raciocínio

Hadassa Antero Fortunato, 13 anos, aluna da EMEF cívico-militar Cerqueira Lima, em Cariacica,  conquistou a medalha de ouro na etapa estadual da Obmep de 2022 e desde pequena gosta de Matemática. “Acho que é uma matéria muito gostosa de aprender, principalmente geometria e raciocínio lógico, que são os que mais gosto”, conta. 

Segundo o professor de Hadassa, Sidney Lins, a expectativa é fazer com que mais alunos se interessem pela Matemática e conquistar ainda mais resultados esse ano.

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