Aprovados na UFES revelam estratégias que levaram ao sucesso
Tempo de descanso e boas noites de sono foram cruciais para os resultados, afirmam os alunos
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Sem rotinas exaustivas de estudos, a aluna Alice Murad Mazzini, de 19 anos, teve como um dos maiores desafios no último ano de estudos a administração do tempo para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O esforço na resolução de provas e questões durante o último ano levaram a estudante ao primeiro lugar no curso de Medicina na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Mesmo sendo o curso mais concorrido, Alice revelou que sempre contou com o incentivo dos pais para não desistir.
“Em 2022, eu estava terminando o ensino médio e estudei bastante também. Mas ainda faltava aprimorar alguns pontos, principalmente em relação a técnicas de resolução de prova e ao tempo, pois o conteúdo estava bem trabalhado”.
Por isso, no último ano, ela tirou momentos para fazer as provas antigas do exame cronometrando o tempo como se fosse no dia.
“Tive de aprender a administrar meu tempo. Às vezes eu demorava para fazer uma questão e esse tempo de resolução estava me atrapalhando. Por isso treinei muito essa organização”.
Sem passar na primeira tentativa, com o Enem de 2022, ela contou que não se abalou, pois sabia do desafio que era a concorrência para o curso. Alice lembra que sempre foi tranquila para as provas, mas no ano passado teve uma ajuda extra do time do coração para aliviar a tensão.
“Sempre tirei o dia anterior da prova para não pensar muito nas matérias. No ano passado, um dia antes do Enem, teve a final da Taça Libertadores da América, em que o Fluminense foi campeão. A minha ansiedade foi toda embora no dia do jogo, então fui fazer a prova muito feliz pelo meu time”.
Alice revelou, ainda, que durante todo o ano procurou ter momentos para espairecer. Na rotina, ela incluiu desde o final de 2022, aulas regulares de pole dance.
Segundo a estudante, ela nunca deixou também de priorizar boas noites de sono.
“Eu ia para a escola pela manhã e, ao chegar em casa, descansava um pouco. Só depois começava a estudar, mas sem passar das 20h. Para mim, era uma questão de equilíbrio, então procurava ter um tempo com minha família, amigos, meu namorado. Se a gente gasta muito tempo só estudando, chega um ponto que não funciona mais”.
Energia renovável
Aprovado em 1º lugar no curso de Engenharia de Produção na Ufes, o estudante João Margoto Brunoro, de 17 anos, contou que o curso foi o único que cogitou fazer desde que começou a pensar na futura profissão. “Quero trabalhar com energia renovável, pois é algo que vejo cada vez mais necessário, e desejo contribuir com alguns anos a mais de vida para o planeta”, explicou.
Na rotina de estudos para conquistar a vaga, ele contou que sempre após a aula dormia e, só depois, revisava todo o conteúdo do dia. Também não abria mão de ir à academia, pois sentia que a atividade física regular ajudava na concentração e na qualidade do sono. “Um diferencial foi o apoio que sempre tive da minha família”.
Provas antigas
Aprovada em 5º lugar em Medicina na Ufes, a estudante Rebeca Perim revelou que a rotina de estudos começava às 7h e ia até 17h. “Focava em fazer provas antigas do Enem para melhorar o desempenho”.
Depois dos estudos, ela ainda chegava em casa e fazia exercícios físicos para aliviar a tensão. “À noite, preparava a marmita do dia seguinte, já que almoçava no cursinho. Nos fins de semana, eu não estudava”.
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