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Economia

Vigaristas falsificam assinatura de 4.900 aposentados em empréstimos

Procon recebeu 5.822 queixas de fraudes no último ano e identificou falsificação em 85% dos casos, inclusive de documentos


A cada dia que passa, mais aposentados e pensionistas se tornam alvo de vigaristas em todo o Estado. Eles usam dados e documentos adulterados, além de assinaturas falsas, para lançarem empréstimos consignados nas contas das vítimas, sem o consentimento delas. No ano passado, 4.900 idosos sofreram o golpe.

Por outro lado, as instituições financeiras acabam liberando estas solicitações e, consequentemente, comprometendo a renda dos idosos, que muitas vezes só percebem que foram vítimas de fraude quando já pagaram várias parcelas.

De acordo com o diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, somente no ano passado o órgão registrou 5.822 queixas do tipo. Do total, cerca de 85% dos casos apresentavam assinaturas falsas, uma média de 4.900.

Ele destacou que as instituições financeiras podem ser responsabilizadas judicialmente. “Não sabemos como os dados destes consumidores estão vazando. Pois, além da assinatura falsa, tem também o vazamento de dados. Futuramente, os diretores destes bancos poderão ser responsabilizados judicialmente”, destacou.

De acordo com Jânio Araújo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos no Estado (Sindnapi), é possível que os dados das vítimas tenham sido vazados juntamente com os inúmeros vazamentos de dados que ocorreram em nível nacional durante o ano passado.

“Depois que aconteceram aqueles vazamentos, aumentaram e muito esse tipo de problema. Eu acredito que uma coisa tenha relação com a outra. Mas é difícil saber quem está por trás disso.”

Para os especialistas, as assinaturas falsificadas podem ter ligação com qualquer pessoa, desde quadrilhas organizadas, até familiares ou funcionários das instituições financeiras. “São várias as possibilidades. Pode ser também um documento do idoso que foi furtado”, explicou a advogada previdenciarista Renata Prado Almeida.

Athayde destacou também que o Procon atende casos de aposentados que já passaram esse tipo de situação mais de uma vez.

“Mesmo depois que a gente consegue o estorno do dinheiro, as instituições acabam colocando o dinheiro de volta na conta do aposentado. Tem caso de consumidor que já foi ao Procon reclamar três vezes. E se ele não ficar atento, pode acabar pagando juros, acaba virando uma bola de neve”, disse.

Golpista ligou e pediu identidade

A aposentada Rita Coelho, 66 anos, contou que, em 2020, recebeu uma ligação informando que ela tinha direito a um benefício do governo. A atendente tinha as suas informações e pediu que ela enviasse uma foto da identidade.

“Como ela tinha meus dados, eu confiei e enviei. Depois, pelo Procon, me mostraram um contrato de empréstimo que haviam feito em meu nome. Forjaram até minha assinatura”, relata. Rita recorreu à Justiça para solucionar a situação.

Indenizações por fraudes chegam a 20 mil reais

Os aposentados que forem vítimas de fraude na concessão do crédito consignado podem entrar na Justiça para pedir a reparação de danos materiais e também de danos morais, segundo especialistas. Há casos em que a vítima consegue receber cerca de R$ 20 mil.

De acordo com Jânio Araújo, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos no Estado (Sindnapi), cerca de 25 aposentados vão por semana ao sindicato relatando problemas com consignados.

“Nós fazemos ações pedindo o cancelamento dos descontos e a indenização por danos morais. Teve um caso de um senhor que tinha três empréstimos e que recebeu R$ 20 mil no processo. Mas a média é de R$ 5 mil a R$ 10 mil.”

O delegado Douglas Vieira, da Delegacia de Falsificações e Defraudações (Defa), frisou a importância de jamais enviar fotos pessoais ou mesmo de documentos.

“Não forneça suas informações de forma alguma. Eles podem até tentar criar contas em bancos digitais. Há casos em que eles solicitam o empréstimo e ainda mandam o dinheiro para a conta de um terceiro”, pontuou o delegado.

O delegado da Defa também recomenda que as vítimas façam um Boletim Unificado (BU), que é necessário para que tais crimes sejam mapeados e para que a polícia consiga investigar esses casos. Além disso, é recomendado que a vítima procure o Procon.


SAIBA MAIS


Empréstimo sem pedir

  • Aposentados e pensionistas estão sendo vítimas de fraudes na concessão de empréstimo consignado no Estado.
  • Eles não fazem as solicitações dos valores e mesmo assim descobrem que a quantia foi lançada em sua conta bancária.
  • Segundo especialistas, muitos só descobrem o empréstimo depois de algum tempo, pois não têm o costume de olhar com frequência o seus extratos.

Procon estadual

  • De acordo com o diretor-presidente do Procon-ES, Rogério Athayde, somente no ano passado o órgão recebeu 5.822 queixas desses problemas envolvendo consignados.
  • Ele destacou que, do total, em aproximadamente 85% dos casos, os empréstimos são feitos com a utilização de dados e assinaturas falsas. Ainda de acordo com ele, não é possível saber quem está por trás da concessão destes empréstimos fraudulentos.

Dados vazados

  • O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos no Estado (Sindnapi), Jânio Araújo, afirmou que acredita que o aumento desse tipo de fraude tem relação aos inúmeros vazamentos de dados que ocorreram em nível nacional, no ano passado.
  • Ainda de acordo com Jânio, o sindicato recebe, todas as semanas, cerca de 25 reclamações de aprontados sobre o assunto.
  • Ele destacou que é possível ingressar com uma ação na Justiça para pedir a reparação de danos morais e materiais.
  • Para isso, o aposentado, ao perceber que foi vítima de uma fraude, deve procurar o sindicato para pedir orientações.

Febraban

  • De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), desde janeiro de 2020 está em vigor a Autorregulação do Consignado, iniciativa criada em parceria com a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que visa eliminar do sistema as más práticas relacionadas à oferta e contratação dessa modalidade de crédito.
  • Desde o início das regras, em 2020, até novembro de 2021, 805 sanções foram aplicadas, 367 correspondentes bancários foram advertidos e 174 tiveram suas atividades suspensas temporariamente. Nos casos em que houve reincidência, os agentes tiveram suas atividades suspensas por prazos que variam entre 5 e 30 dias.
  • Trinta e quatro correspondentes foram suspensos permanentemente e estão impedidos de prestar serviços aos bancos.

Fonte: Especialistas citados, Procon, Febraban e pesquisa AT

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