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Economia

Veja as profissões que tiveram mais aumento de salário no ES

Estado cria mais de 3500 empregos neste ano, com salários entre R$ 1300 a mais de R$ 10 mil.


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ES cria mais de 3500 empregos neste ano, com salários entre R$ 1300 a mais de R$ 10 mil. |  Foto: A Tribuna

Trabalhos na área de beleza e em escritórios são alguns dos que mais empregam no Estado, e tem sido assim nos últimos 10 anos. Em 2012, ainda no início da década, profissionais de gestão de empresas ganhavam R$ 5.056. Hoje, o salário é em média R$ 7.975. Além de criar empregos, as áreas também ampliaram rendimentos.

Os dados foram apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados e analisados pela reportagem de A Tribuna.

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No Estado, o salário de quem trabalha em escritório ou cuida dos negócios de uma empresa é 63,22% maior que o valor pago em 2012, com média de R$ 11.900 pagos ao mês. 

Salão, clínica de estética e serviços de cuidado pessoal também registraram aumento, com remuneração média aumentada em 26,15%. Os salários mais baixos variam entre R$ 1.600 e R$ 2.853, com possibilidade de chegar a até 7 mil reais mensais, como indica Belinda Nepomuceno, esteticista que atua em Vila Velha.

“Passo o dia todo entre uma casa e outra, e a regra é: todas as mulheres querem se cuidar, e até os homens. Antes eu chegava para atender minha cliente e hoje em dia atendo os dois, marido e mulher. É ótimo para eles e para o meu bolso também”, relata Belinda, que fatura entre R$ 4 mil e R$ 7 mil. 

Quem compõe o top 3 das áreas que mais criaram empregos entre 2012 e 2022 e tiveram aumento salarial são as Forças Armadas do Estado. Policiais e bombeiros militares saíram de um salário médio de R$ 5.483 para R$ 7.042. 

Com relação aos trabalhos militares, no início da década, foram 22 vagas, enquanto no ano passado o número chegou a 58 vagas. Cargos de beleza saíram de 482 para 1.002. Mas, em alguns casos, o número de postos de trabalho ocupados caiu. Em 2012, foram 310 vagas nas áreas administrativas e de gestão. Em 2022, 292 acabaram preenchidas.

Para o economista e professor da PUC-Rio, Diogo Baerlocher, as vagas de trabalho manual têm mais público e espaço que as vagas que dependem de alta qualificação profissional. “Por isso, muitos trabalhadores passaram a ser autônomos, o mercado é por vezes muito exigente e mal pagador. Essa será a cultura dos próximos anos”.


Investimento como cuidadora

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Aline Mariano dos Santos, 34 ano, é cuidadora de idosos |  Foto: Arquivo/AT

Aline Mariano dos Santos tem 34 anos e mora em Jacaraípe, na Serra. Ela é cuidadora de idosos, formada por uma escola técnica do Estado que oferece o curso profissionalizante. 

Aline afirma que a escolha da área profissional se deu em razão da demanda que o nicho tem no mercado. “Enquanto estudava para Enfermagem, sempre ouvia dos meus professores que faltam profissionais para trabalhar na área, Fiz o curso por fora e hoje trabalho com isso. Concilio meus horários e geralmente pernoito na casa dos pacientes”. 

Aline diz que, em meses que trabalha muito, ganha em média R$ 6 mil. “Mas tenho que pegar muita diária. Dá pra ganhar bem, mas exige conhecimento”, ressaltou.


Média de 3.500 empregos criados este ano no Estado

Nos três primeiros meses de 2023, conforme estudo divulgado pelo Instituto Jones Santos Neves (IJSN), a média de criação de postos de trabalho foi de 3.500. 

Pablo Lira, diretor-presidente do IJSN, detalhou o desempenho do Estado. “Somado aos anos anteriores, no acumulado, o saldo é positivo em mais de 103 mil novos postos de trabalho”.

Apesar de mais postos de emprego, o salário nem sempre acompanhou os bons números. Para Marcel Lima, conselheiro do Comitê de Finanças do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES), a inflação foi responsável pela dificuldade de alinhar o ganho real da remuneração.

“O cenário resulta em redução da renda média e limita o reajuste dos salários”.

O município que mais criou vagas de trabalho foi Vila Velha, com média de 828 postos. A Serra ficou em último, com saldo negativo de 238 vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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Profissões

Beleza e cuidado pessoal

atividades econômicas que têm relação com a beleza e a estética, entre elas o setor de serviços de beleza, como salões e barbearias, são algumas das que mais crescem no Estado, segundo  dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compilados e analisados pela reportagem de A Tribuna.

Cabeleireiro e maquiador

Fazer escova, cachos, penteados, essas são algumas das funções do cabeleireiro. No início da carreira, o salário tem média de R$ 1.316,05, piso salarial do Estado. Já o teto salarial é de R$ 1.977,94, sendo que a média fica em R$ 1.353,00 para uma jornada de trabalho de 42 horas semanais. Em redes maiores de salão, o salário pode chegar a R$ 3 mil.

Maquiadores ganham salários que variam entre R$ 1.001 a R$ 2.000, para 42 horas semanais. Mas, como essa atividade pode ser realizada por conta própria, o profissional pode ganhar valores mais altos, a depender do quanto trabalha durante a semana ou mês.

Manicure e pedicure

Profissional que cuida da saúde e beleza das mãos e dos pés. No início da carreira, o salário costuma ser de R$ 1.300, mas com experiência, o profissional pode ganhar até R$ 3 mil.

O nicho é tão produtivo no Estado que existem pelo menos 27.367 empresários do setor movimentando a economia capixaba.

São 21.281 empreendimentos nas atividades de cabeleireiro, manicure e pedicure e 6.086 de estética e outros serviços.

O dado do Sebrae inclui o microempreendedor individual e micro e pequenas empresas.

Apesar de o mercado consumir serviços de beleza, o atendimento é fundamental. Sem atenção a este ponto, mesmo com demanda, a oferta pode não encontrar um público. 

Afinal, é por meio do atendimento que as vendas acontecem e que entra dinheiro no caixa. Mas também é por meio dele que o cliente entende como é a experiência de consumir aquela marca. Se a experiência for boa, ele volta e recomenda. Se não, não volta.

Informática e administração

Trabalhar em grandes, médias e pequenas empresas são as possibilidades dos profissionais que optam em atuar na área administrativa, que incluem gestão, comunicação e tecnologia. 

Recursos humanos

Profissional responsável por analisar, implantar e realizar políticas e procedimentos de recrutamento e seleção para emprego e estágio nas empresas. No Estado, o cargo tem média salarial de R$ 4.044.

Analista de crédito 

É responsável fazer levantamentos e avaliações da situação econômico-financeira de clientes. Dessa forma, consegue definir limites de crédito. Média salarial: R$ 2.500.

assistente administrativo

Presta assistência nas rotinas administrativas de trabalho das empresas, instituições públicas, por exemplo. Média salarial: R$ 1.800. 

auxiliar de produção

Atua na linha de produção das indústrias. Pode atuar na produção de produtos, operação e manutenção de máquinas, entre outras atividades. Média salarial: R$ 1.458,33.

desenvolvedor de plataformas

Desenvolve sites e outras plataformas. Média salarial: R$ 10 mil (profissional pleno de média empresa).

analista de segurança da informação

Responsável por proteger os dados dos sistemas de uma empresa. Média salarial: R$ 8 mil.

Fonte: Especialistas citados na matéria e pesquisa AT.


análise

Tecnologia vai definir futuro das profissões

“Ainda encontramos alguma resistência em alguns profissionais  sobre a importância da tecnologia no mundo atual e também o quanto um conjunto de tecnologias serão responsáveis por definir as próximas décadas em todas as áreas. 

Temos a grande oportunidade de promover melhorias no mercado de trabalho, qualidade de vida, gestão do tempo e tarefas.

Profissionais vão precisar investir em informação e conhecimento de qualidade, e aí sim, se não o fizerem, talvez não consigam se manter competitivos. 

Agora é a hora de pensar em como aproveitar melhor tudo isso. É possível sim rever crenças. Trabalhar nossa capacidade de absorver novos conhecimentos, pressupõe o desejo genuíno de desenvolver novas competências. Isso requer sair da zona de conforto e ir para zona de aprendizagem. Lá o processo é árduo, mas, por outro lado, te garante maior empregabilidade”, diz Martha Zouain, psicóloga e diretora da Psico Store.

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