Maioria da pimenta-do-reino do Brasil é produzida no ES
Pesquisas apontam ainda que a especiaria produzida no Estado é fundamental para a balança comercial do agronegócio
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Mais da metade da pimenta-do-reino exportada pelo Brasil é capixaba. Dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) mostram que o Espírito Santo passou a representar 67% da receita obtida com o comércio exterior da especiaria durante todo o ano de 2023.
De acordo com a Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (GDN/Seag), existem cerca de 11.700 propriedades rurais com a produção da especiaria sem solo capixaba.
Em 2022, a produção no Espírito Santo já correspondia a 60% do volume de pimenta-do-reino exportado pelo País e 59% do valor comercializado.
As pesquisas mostram também que a especiaria é importante para a balança comercial do agronegócio capixaba. Em 2023, foram embarcadas 54.500 toneladas do produto para 74 países, que renderam ao todo US$ 167,6 milhões.
Em 2022, foram exportadas 51.500 toneladas de pimenta-do-reino para 77 países, que renderam US$ 181,9 milhões.
Em São Mateus, no Norte do Estado, o produtor Erasmo Negris cultiva pimenta-do-reino e disse que sua pequena propriedade é parceira de projetos da Seag e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
“Temos a consultoria com agrônomo do escritório local, a parceria na implantação de uma lavoura para desenvolvimento de pesquisas e várias pesquisas também passaram por aqui, como o monitoramento de nematoides e salmonella na pimenta-do-reino. Temos capacitações e troca direta de informações”, ressaltou.
O engenheiro agrônomo do Incaper, João Henrique Trevisani, explicou que a produção de pimenta-do-reino está presente em 45 municípios capixabas.
Segundo ele, São Mateus concentra 35% da produção estadual, seguido por Jaguaré (12%), Vila Valério (9,8%), Rio Bananal (8%) e Nova Venécia (5,6%). Outros 40 municípios produzem em menor escala.
“Temos um trabalho de pesquisa na linha de qualidade, na qual visamos identificar quais são os pontos críticos na produção, principalmente na parte de finalização de pré-colheita, colheita e pós-colheita. A partir dessa identificação dos pontos, a gente tenta propor soluções de baixo custo para o produtor”, enfatizou.
Números da especiaria no Estado
54.500 toneladas do produto foram embarcadas em 2023.
74 países importam a pimenta-do-reino do Estado no ano passado.
11.700 estabelecimentos rurais com produção de pimenta-do-reino no Estado
Maiores produtores
1º São Mateus 35%
2º Jaguaré 12%
3º Vila Valério 9,8%
4º Rio Bananal 8%
5º Nova Venécia 5,6%
Análise
“Se fôssemos um país, seríamos o 3º maior produtor do mundo”
“Essa liderança e esse crescimento comprovam que o nosso Estado também se torna referência no cultivo da pimenta-do-reino.
Mais da metade da produção nacional é capixaba, o que coloca o Brasil como o segundo maior produtor mundial, depois do Vietnã.
Somente a produção do Estado equivale a 9% da produção mundial. Se o Espírito Santo fosse um país, seria o terceiro maior produtor dessa especiaria, atrás apenas de Vietnã e Indonésia.
A pimenta-do-reino capixaba chega a mais de 70 países e é o terceiro produto mais importante da pauta de exportações do agronegócio capixaba, depois do café e da celulose”.
- Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura
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