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Economia

Tragédia em Mariana: ES pede bloqueio de 10,3 bilhões de reais

Autoridades afirmam que empresas não consideraram municípios litorâneos em programa de reparação de danos


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Imagem ilustrativa da imagem Tragédia em Mariana: ES pede bloqueio de 10,3 bilhões de reais
Lama da Samarco na foz do Rio Doce: prejuízos e danos ao litoral capixaba com rompimento de barragem |  Foto: Divulgação — 13/01/2016

O governo do Estado e o Ministério Público Federal pediram à Justiça ontem o bloqueio de R$ 10,3 bilhões nas contas das empresas Vale e  BHP Billiton, envolvidas na tragédia ambiental em 2015, que poluiu o Rio Doce com  toneladas de detrito e lama após rompimento da barragem em Mariana (MG). 

 A ação visa garantir recursos para atendimento de municípios da zona costeira, que até hoje, quase sete anos após o desastre, ainda não são atendidos pela Fundação Renova.

O pedido, aberto na Justiça Federal, prevê que todos os programas, projetos e ações em execução pela Fundação gerenciada pela Samarco incluam as regiões capixabas atingidas pelo rompimento da barragem de Mariana. 

As autoridades à frente do caso comentaram que “ao longo dos anos, as empresas e a Fundação Renova simplesmente desconsideraram os municípios litorâneos de seus programas. Passados sete anos do rompimento da barragem de Fundão, a área costeira nunca foi atendida por ações de recuperação”. 

Segundo o subsecretário de Estado da Secretaria da Casa Civil e coordenador executivo do Comitê Pró-Rio Doce, Ricardo Iannotti, o  Espírito Santo não pode continuar sofrendo com a negligência e a falta de compromisso ambiental e social da Vale, BHP e Samarco com o povo capixaba.

Para o procurador-geral do Estado, Jasson Hibner Amaral, não é mais possível admitir a procrastinação que as empresas vêm provocando até agora. 

“Não é admissível que empresas do porte da Vale e BHP, que distribuem lucros de aproximadamente R$ 100 bilhões anualmente a seus acionistas, se neguem a prover a reparação do mal que causaram”, salientou Hibner.

Com intuito de fazer com que as empresas promovam medidas de restauração do dano, as instituições  e o Estado pedem que a Justiça determine o bloqueio judicial das contas da BHP e da Vale, entre outras ações  em curso.

O subsecretário e o procurador-geral do Estado viajam para  Belo Horizonte para tratar do assunto. Na quinta-feira (29) será realizada uma coletiva de imprensa no Palácio da Fonte Grande, em Vitória, para tratar dos andamentos e detalhes  não divulgados  do caso.

O desastre ambiental e humanitário ocorreu em 2015 e provocou a morte de 19 pessoas. 

Procuradas, a Vale e a BHP Billinton informaram que não iriam se manifestar.

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