Supermercados do ES limitam compra de arroz após tragédia no Rio Grande do Sul
Estado gaúcho é o maior produtor do grão no país
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Supermercados de Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, limitaram a compra do arroz a um fardo por consumidor a partir dessa terça-feira (8). As enchentes que começaram no dia 29 de abril e assolam o Rio Grande do Sul, causaram impactos que vão além das áreas diretamente afetadas, atingindo também o abastecimento de alimentos em outras regiões, isso porque o estado gaúcho é o maior produtor do grão no país, segundo o Governo Federal.
O Supermercado Perim, por exemplo, informa aos clientes que chegam à prateleira de arroz que “devido ao caos provocado pela enchente em Rio Grande do Sul, para atender melhor os clientes, reservamo-nos o direito de limitar, por cliente, a quantidade dos produtos. Garantimos a quantidade máxima de 1 fardo dos produtos”, diz a mensagem.
Ainda na mesma cidade, o mesmo ocorre no Bom Sabor Supermercado, que informa “que devido à calamidade pública e a interrupção das rodovias causadas pela tragédia no Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do país, estamos temporariamente limitando a compra de arroz a 2 unidades por cliente, visando o benefício de todos os clientes. Agradecemos a compreensão de todos e estamos confiantes de que tempos melhores virão”, revela o comunicado publicado nas redes sociais da empresa.
Já em Guarapari o Super Lagoa informou aos clientes que só 5 pacotes serão comercializados por pessoa por tempo indeterminado.
Vai acabar o arroz?
Na terça-feira (7) o Governo Federal divulgou que preparou uma medida provisória para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) importar 1 milhão de toneladas de arroz, pronto para o consumo para evitar impacto ao produtor rural. Isso porque, a produção brasileira de arroz é concentrada no Rio Grande do Sul, que vive uma tragédia com as chuvas há uma semana.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que a medida de importar os grãos é para manter a estabilidade do preço. “Neste momento, é para evitar especulação com o arroz, até porque os produtores já têm para suprir a demanda nacional, porém, tem dificuldade logística. Com a dificuldade logística para abastecer, vem a especulação”, reforçou.
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