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Economia

Sistemas vão acabar com senha na internet e bancos


Leitura dos olhos, identificação da voz e até mesmo utilização de ondas cerebrais. Esses são alguns tipos de novos sistemas de segurança que estão substituindo as senhas alfanuméricas com o avanço da revolução tecnológica ao longo dos anos.

A intenção é fazer com que os tradicionais códigos sejam cada vez menos usados, até serem abolidos. O mundo evolui a passos largos e a pandemia do coronavírus acelerou ainda mais este processo. As empresas de tecnologia trabalham sem parar para avançar as estruturas dos sistemas.

Para os especialistas, a transformação já está acontecendo e é possível observá-la na internet, em instituições financeiras e também nos sistemas de grandes empresas.

“Já estamos em transformação. Os bancos já não confiam mais em senhas, alguns bancos tecnologicamente mais avançados já utilizam chaves, chamadas tokens, biometrias e outros”, afirmou Alessandro Ventorin, gestor geral de Tecnologia da Informação da Multivix e presidente do Grupo de Gestores de Tecnologia da Informação do Espírito Santo (GGTIC).

As tecnologias que estão sendo implementadas são muitas, de acordo com o especialista em Tecnologia da Informação Eduardo Pinheiro. Além de proporcionar mais segurança, elas visam dar mais comodidade aos usuários.

“A identificação facial, a varredura da íris dos olhos, as impressões digitais e o escaneamento cerebral começam a ser implementados em diversas plataformas, pois essas medidas corporais são únicas e improváveis de serem copiadas. Essas tecnologias eliminarão a necessidade do porte de documento físico e da memorização de senhas”, explicou Eduardo.

Ainda não há um prazo para quando as senhas tradicionais não serão mais usadas. Os especialistas do setor de tecnologia acreditam que a mudança acontecerá aos poucos e de forma progressiva.

“O tempo vai depender de encerrar a dependência do usuário das senhas, que já estão caindo em desuso. A tendência é que avancemos cada vez mais com os outros serviços. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais pode fazer com que esse processo seja acelerado, pois as empresas vão se preocupar mais em não deixar os dados vazarem”, disse Alexandre.

Mais segurança

Reconhecimento facial para entrar

Com foco em cibersegurança e Inteligência Artificial, Frederico Comério, diretor da Intelliway, tem trabalhado para aperfeiçoar sistemas de segurança de empresas do Estado e até de outros países.

Ele afirmou que é cada vez mais comum o uso de fatores adicionais de autenticação como dispositivos físicos, tokens, aplicativos de celular, e câmeras digitais capazes de realizar reconhecimento facial dos usuários.

Imagem ilustrativa da imagem Sistemas vão acabar com senha na internet e bancos
Frederico Comério, diretor da Intelliway |  Foto: Beto Morais/ AT

“O uso de um segundo fator de autenticação é uma camada adicional de segurança que dificulta em muito um incidente relacionado ao roubo de senhas”, destacou o diretor.

Na empresa, os funcionários, como Márcio Dalvi, já fazem uso do reconhecimento facial para o ingresso, dispensando o uso de senhas e crachás. “Já é bastante acessível o uso de biometria e visão computacional para reconhecimento de indivíduos”.

Chip na pele e escâner cerebral

O avanço tecnológico proporciona aos pesquisadores um maior acesso às ferramentas que aprimoram cada vez mais as técnicas usadas. Sistemas como o chip na pele e o escaneamento cerebral são apostas de especialistas para o futuro.

Um dispositivo bem pequeno, praticamente invisível, o chip é capaz de armazenar senhas, cartões de crédito, redes sociais, portfólios, cartões de visita, fotos, documentos e outros dados.

“São pequenos chips que têm números, e quando o usuário encosta, já aparece os dados da pessoa. A transação vai ser feita, a pessoa vai encostar o pulso e vai autorizar. Está sendo estudado melhor material para se fazer isso e para não dar rejeição na pessoa”, afirmou o empresário da área de Tecnologia da Informação, Daniel Arrais.

Entre as diversas empresas que podem fazer o uso da tecnologia, estão as de pagamento, afirmou. “Mas poderia ser usado para qualquer tipo de serviço no futuro, até para entrada de cinema”.

Outra tecnologia bastante avançada e que pode fazer parte do nosso dia a dia, é o escaneamento cerebral, que permite identificar pessoas segundo as respostas cerebrais delas a certos estímulos.

“Vem se consolidando como a principal forma de autenticação para segurança de alto nível. A vantagem dessa tecnologia em relação às impressões digitais e ao escaneamento de retina é que o padrão cerebral de uma pessoa não pode ser roubado como os olhos ou os dedos podem”, explicou Eduardo Pinheiro, especialista em tecnologia da informação.

Os pesquisadores preveem que a tecnologia possa ser usada no futuro em centros de pesquisa militar, locais que guardam informações sigilosas e senhas de acesso para dados restritos.

Algumas tecnologias

Novos sistemas

  • Os novos sistemas de segurança são diversos e trabalham de formas diferentes. Cada um tem a sua particularidade e protege o usuário com mais ou menos intensidade.
  • Alguns dispositivos já são plenamente usados em bancos, empresas e também na internet, enquanto outros ainda estão sendo desenvolvidos e prometem fazer parte do dia a dia das pessoas no futuro.

Impressão digital

  • Serve para controlar o acesso físico de pessoas a certos lugares, para identificar e localizar criminosos, além de impedir que pessoas não autorizadas acessem digitalmente dados sigilosos. Busca a digitalização de impressões digitais, que são capazes de identificar unicamente uma pessoa. Já são muito usadas.

Reconhecimento facial

  • Consiste em mapear o rosto do usuário. A imagem da pessoa será utilizava para identificação e desbloqueio de funções. Também já é bastante usada em empresas e até mesmo em aparelhos celulares.

Reconhecimento de Íris

  • É um tipo de biometria que faz a leitura da parte colorida do olho humano, que controla a entrada de luz e oferece alto grau de confiabilidade. Confirma a identidade da pessoa com precisão.

Reconhecimento de Voz

  • Faz uma análise de parâmetros físicos (como cordas vocais e laringe) e comportamentais (como sotaques e entonação) para fazer a identificação. É criticada por alguns especialistas que afirmam que ruídos podem comprometer o processo.

Reconhecimento de Retina

  • Alguns apontam como a biometria mais segura que existe, já que a disposição dos vasos sanguíneos que irrigam a retina varia de pessoa para pessoa, e não mudam.

FIDO2

  • É um dispositivo no formato de pendrive que armazena chaves, e conecta nos aparelhos para substituir as senhas tradicionais.

Escaneamento cerebral

  • Consiste em um código criado a partir de ondas cerebrais geradas ao visualizar um conjunto de imagens. É considerado um sistema de segurança de alto nível e estima-se que ela possa ser usada para proteger locais que guardam informações sigilosas.

Fonte: Especialistas ouvidos e pesquisa AT.

Ação de golpistas será improvável, diz especialista

A substituição das senhas tradicionais para os novos sistemas de segurança tende a dificultar a ação de criminosos na internet, em diversos tipos de golpes. Para especialistas do setor, os usuários passarão a ter mais segurança no mundo virtual.

“A maior vantagem ficará por conta da característica de inviolabilidade que as novas técnicas de autenticação pessoal possuem. Se depender das novas tecnologias que estão começando a ser utilizadas, os golpistas terão que mudar de atividade, pois os sistemas serão praticamente invioláveis”, afirmou Eduardo Pinheiro, especialista em tecnologia da informação.

Ele destacou ainda outras vantagens. “Não estamos longe de viver em um mundo sem senhas. As pessoas não precisarão mais memorizar dezenas de senhas alfanuméricas para confirmação de sua identificação pessoal”, disse.

Para o gestor geral de Tecnologia da Informação da Multivix e presidente do Grupo de Gestores de Tecnologia da Informação do Espírito Santo (GGTIC), Alessandro Ventorin, a habilidade dos criminosos também pode avançar.

“Não vai ter como clonar uma íris, uma digital. Isso não vai ficar armazenado para clonar. Vai ficar mais difícil da pessoa mal intencionada fazer esse sequestro. Mas do mesmo jeito que avança a segurança, também pode avançar a ação dos criminosos”, disse.

Já o doutor em Ciência da Computação Marcello Novaes acredita que os novos sistemas vão dificultar, mas não impedir os golpes.

“Vai dificultar, mas sempre vai ter um engenhoso o suficiente para tentar quebrar. Podem achar um meio de superar, como tudo o que já foi feito hoje. E quem trabalha com a segurança tem que estar preparado para isso. Quanto mais se pensa em solução para bloquear os criminosos, eles pensam em outra solução”, frisou Marcello.

Febraban
Por meio de nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que os bancos usam inúmeros sistemas de segurança para confirmar a identidade do cliente e, assim, mitigar o risco de fraudes nas operações bancárias.

Destacou que as instituições investem constantemente em novas tecnologias para ajudar na identificação do usuário e na segurança, como a biometria.

Tecnologia se tornará mais acessível

Mesmo com a grande oferta de diversas tecnologias que visam garantir maior segurança ao usuário, vários fatores são necessários para que elas se tornem mais acessíveis ao público.

Um deles é a qualidade da internet, segundo especialistas.

“Eu acredito que com a implementação do 5G, as senhas numéricas tendem a desaparecer. A tendência será de todos abandonarem as senhas. Os numerais podem até ser usados, mas em conjunto com as imagens”, afirmou Daniel Arrais, empresário do ramo de Tecnologia da Informação.

Já o doutor em Ciência da computação, Marcello Novaes, apontou o grau de confiabilidade das pessoas nas novas tecnologias.

“Para avançar, as pessoas precisam confiar mais que isso funciona. As primeiras empresas que vão abolir as senhas são as de tecnologias, essas vão arriscar mais”, frisou o especialista.

Necessidade

O gestor geral de Tecnologia da Informação da Multivix, Alessandro Ventorin, ressaltou que os bancos, em especial, precisam avançar muito sobre a questão.

“O que tem que evoluir mais são os sistemas financeiros, muitos bancos usam senhas ainda”, pontuou. E prosseguiu:

“Além da segurança, é mais prático, a pessoa não precisa carregar cartão, armazenar muitos números na cabeça. Facilita muito a vida. Já é possível ter isso ao alcance praticamente de todos.”

Enquanto extinção não ocorre, é preciso cuidado

Enquanto a migração das senhas tradicionais para os novos sistemas de segurança não ocorrem, os especialistas alertam que é preciso cuidado redobrado para não ser vítima de invasões e ataques.

“As pessoas não devem utilizar dados pessoais nas criações de senhas, como CPF, data de nascimento de filho, aniversário, dados óbvios. Também não se deve usar uma senha só para todas as contas”, frisou Alessandro Ventorin, gestor geral de Tecnologia da Informação da Multivix.

Outra dica é não deixar um programa logado. “Feche os sites para não deixar informações abertas”.
 

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