Selos de eletrodomésticos serão atualizados para reduzir consumo de energia
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O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) vai atualizar o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) de eficiência energética para refrigeradores, tornando mais exigentes os requisitos de economia de energia desses eletrodomésticos.
Um portaria publicada nesta quarta-feira (04) pelo Inmetro prevê a adoção de subclasses do selo de consumo para que o consumidor possa identificar as diferenças nos novos níveis de eficiência energética, a partir dos produtos de topo, hoje classificados como “A”.
A partir de 1º de julho de 2022, as geladeiras mais eficientes serão classificadas em “A+++”, o que representa uma eficiência de até 30% em relação ao selo mais econômico atual (“A”).

Segundo o Inmetro, as geladeiras de duas portas fabricadas no País que atualmente têm o selo “A”, terão que reduzir 40% do seu consumo para permanecer em “A” em 2025, quando passa a vigorar a segunda fase do aperfeiçoamento.
O órgão calcula que se o consumidor comprar uma geladeira “A+++” de duas portas, de degelo automático (frost-free), com volume ajustado de 500 litros, que corresponde a 80% do mercado nacional, poderá economizar cerca de 13 kWh por mês.
Na conta de energia, a redução seria de R$ 10,14, considerando uma tarifa média, acrescida de impostos, de R$ 0,78 por kWh, totalizando em média R$ 20,28. A economia total esperada no consumo é de R$ 32,25 bilhões até 2025.
“Como as geladeiras estão presentes em praticamente todos os lares brasileiros, sendo utilizadas 24 horas por dia, a atualização da sua etiqueta é especialmente relevante para promover a conservação de energia nas residências, com impacto positivo nas contas de luz, e reduzir a demanda energética do País”, disse coordenadora do PBE para Refrigeradores e Assemelhados do Inmetro, Danielle Assafin.
Aumento para 1,6 milhão no Estado
A conta de luz vai ficar em média 9,75% mais cara a partir do próximo sábado para 1,6 milhão de consumidores do Espírito Santo.
O aumento da tarifa da EDP, maior concessionária do Estado, foi homologado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com o economista Mario Vasconcelos, o reajuste deve impactar a cadeia produtiva e encarecer diversos produtos. “A energia entra na formação de preço de qualquer produto. Parte desse reajuste é repassado pelo comércio em vários setores”, disse.
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