X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Seca destrói plantações, mata bois e vai subir preços

Produtores têm perdas milionárias em todo o Estado por causa da falta de chuvas. Pelo menos 250 animais já morreram de fome


Especialistas apontam que os períodos de estiagem no Espírito Santo são cíclicos e esperados uma vez a cada década, este ano, no entanto, a fase, classificada como atípica, causou prejuízos milionários e deve levar até três anos para que os municípios atingidos se recuperem economicamente.

Imagem ilustrativa da imagem Seca destrói plantações, mata bois e vai subir preços
Vera dá cana-de-açúcar ao gado para evitar que animais morram de fome: “Em 30 anos, é o momento mais crítico” |  Foto: Clóvis Rangel

Em Marataízes, agricultores de abacaxi, pilar do agronegócio regional, relataram um prejuízo de R$ 20 milhões na primeira safra do ano, que considera a produção de fevereiro a setembro. Conforme explica o secretário de Agronegócio do município, Luciano Sansão, a prefeitura decretou estado de vulnerabilidade hídrica.

Segundo os dados levantados pelo presidente da Câmara de Marataízes e abacaxicultor, Luiz Carlos Silva Almeida, cerca de 80% da lavoura foi perdida. 

“Estou pedindo a Deus para chover, senão, não sei o que será do plantio nos próximos meses”, disse. Silva explica que não há previsão de recuperação nem mesmo para o ano que vem. 

Com a seca, a pecuária de corte e de leite também enfrentam grandes desafios. Pecuaristas da região afirmam que os animais estão morrendo devido à falta de alimento. Em Cachoeiro de Itapemirim e municípios vizinhos, estima-se que 250 animais morreram por causa da  fome. 

O secretário de Agricultura de Itapemirim, Romulo Sobrosa, aponta que, com a perda da arroba bovina, medida que calcula o peso do animal, e com a morte de parte do gado, o setor deixa de ganhar por mês cerca de R$ 8 milhões.  Segundo ele, driblar o cenário vai levar tempo. 

Como consequência do quadro geral, o preço dos alimentos deve refletir a crise, especialmente nos setores que se relacionam com o agronegócio. Rubens Moreira, presidente da Cooperativa de Laticínios Selita, comentou que o leite, que já apresentava alta, deve se manter 24% inflacionado, com expectativa de aumento, se persistir o cenário.

Após decretarem estado de emergência, máquinas têm sido utilizadas para socorrer os animais e limpar poços. Segundo autoridades locais, há a previsão de que estejam disponíveis nos próximos dias subsídios e insumos, parte da estratégia de recuperação, a fim de evitar mais perdas.


Saiba mais:

Sem risco de faltar água

Há cinco meses sem chuva, regiões Norte e Sul do Estado enfrentam estiagem prolongada. 

Sem o fluxo pluvial esperado, lavouras, campos e áreas de plantios secaram. 

Além dos prejuízos à flora, animais morreram devido à falta de alimento.

Com danos milionários à economia, estima-se que, mesmo em 2023, os setores ainda devem manter o déficit financeiro.

Segundo o Incaper, chuvas são esperadas ao longo do último trimestre do ano e devem começar na primeira semana de outubro.

A Agência Estadual de Recursos Hídricos informou que não há previsão de falta d’água para as regiões Norte e Sul do Estado.

Como consequência do período de estiagem, alimentos que pertencem à cadeia láctea devem manter a margem inflacionária de 24%, com risco de aumento, se persistir a crise agrária.

Pecuaristas e agricultores das zonas rurais do Estado apontam que este é o pior cenário dos últimos anos.

Sem expectativa de recuperação para este ano, o PIB do Espírito Santo deve refletir os efeitos da seca, com mais  de R$ 28 milhões de prejuízo. 

Fonte: Órgãos públicos e  fontes citadas.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: