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Economia

Salário mínimo pode subir para R$ 1.200 em 2022

Com os aumentos de preços, reajuste do mínimo terá de ser revisto


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Imagem ilustrativa da imagem Salário mínimo pode subir para R$ 1.200 em 2022
|  Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O governo federal anunciou nesta semana que o salário mínimo deve aumentar para R$ 1.200 no início de 2022.

É que, de acordo com o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano subiu de 8,4% para 9,1%. O INPC é a base da correção anual praticada pelo governo para o salário mínimo. 

Se esse aumento previsto se confirmar e não houver mudança no cálculo, o reajuste do salário mínimo em 2022 também será maior que o estimado anteriormente. Esse valor de R$ 1.200 está R$ 31 acima da última proposta oficial do governo, divulgada em agosto, de R$ 1.169.

De acordo com a economista Arilda Teixeira, o que parece ser uma medida positiva pode agravar ainda mais o desemprego e a inflação. 

“Se houver aumento do salário mínimo sem que a mão de obra aumente sua produtividade, a tendência é que as empresas façam demissões para evitar prejuízos. E com o piso maior, as pessoas vão querer comprar mais, desequilibrando ainda mais a oferta e a procura, gerando inflação”, afirmou.

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Washington Brito fazia compra mensal de R$ 600 no supermercado há 2 anos: “Gasto subiu para R$ 1.100” | |  Foto: Ludmila Azevedo

O ideal, segundo Arilda, seria manter o salário mínimo como está para que a economia, aos poucos, se normalize.  

O economista Eduardo Araújo acredita que o reajuste terá pouco efeito na qualidade de vida das famílias mais pobres, já que a inflação está superando a base da correção do salário.

“A correção acaba sendo insuficiente, os mais pobres gastam uma grande parcela dos seus salários com a alimentação, e a cesta básica está cada vez mais cara”, ressaltou o economista.

Nos últimos 12 meses, os alimentos tiveram aumento de preço de cerca de 20% — e quase 40% desde o início da pandemia do novo coronavírus.

O montador de móveis Washington Santos Brito, de 30 anos, está tendo que se virar para que seu salário dure até o fim do mês, por causa do alto valor gasto no supermercado.

“Em média, eu gastava R$ 600 com a compra do mês no supermercado há dois anos, para mim, minha mulher e as crianças. Hoje, o gasto chega aos R$ 1.110, quase dobrou”, lamentou ele.

Maioria ganha menos há 2 anos

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Ubirajara: renda não acompanha | |  Foto: Ludmila Azevedo

Por enquanto, o dinheiro da maior parte dos brasileiros está valendo menos, segundo pesquisa. Com a alta da inflação, 70% dos trabalhadores do Brasil recebem menos do que ganhavam em 2019, de acordo com um levantamento realizado pelo economista Daniel Duque, da Fundação Getulio Vargas (FGV). 

O restante da população, que está ganhando mais do que há dois anos, pertence às classes mais altas.

A pesquisa apurou que nas camadas médias da população o recuo no ganho foi de 28%, enquanto entre 10% mais ricos o ganho real chegou até 8%.

O pedreiro Ubirajara cajueiro dos Santos, de 52 anos, não fez as contas, mas tem percebido que os produtos nas lojas e nos supermercados estão cada vez mais caros, e que seu salário não acompanhou esses reajustes.

“A inflação está, sim, cada vez mais alta, e prejudica muito quem tem que viver com um salário mínimo. Só não sinto mais efeitos porque minha empresa dá alimentação e estadia. Mas ajudo minha família que ficou na Bahia, inclusive meus dois filhos, e vejo que o que consigo mandar para eles compra muito menos hoje em dia do que antes da pandemia, por exemplo”, analisou ele.

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