Saiba quais taxas adicionais podem ser cobradas no Voa Brasil
Nesta primeira fase, aposentados do INSS que não tenham viajado nos últimos 12 meses são os únicos beneficiados com as passagens de até R$ 200
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As companhias aéreas e os aeroportos têm autorização para cobrar valores extras por serviços adicionais dos aposentados que comprarem passagens pelo Voa Brasil, programa lançado na última quarta-feira (24). A única taxa obrigatória é a de embarque, cujo valor varia por aeroporto.
Nesta primeira fase, aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que não tenham viajado nos últimos 12 meses são os únicos beneficiados com as opções de passagens de até R$ 200, sem considerar taxas.
Eles podem escolher entre 3 milhões de bilhetes disponíveis para todo o Brasil, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos.
TAXA DE EMBARQUE
Essa é a única paga diretamente entre passageiro e aeroporto, logo cada concessionária pode definir um preço. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) define uma receita teto de R$ 1,2847. Porém, esse valor máximo "por passageiro" é recolhido pelo aeroporto em diversas taxas, como tarifas de pouso, permanência e conexão -essas incididas diretamente nas companhias aéreas.
Os aeroportos mais movimentados do Brasil possuem as seguintes taxas: Guarulhos (R$ 31,44), Congonhas (R$ 54,20), Brasília (R$ 29,51), Galeão (R$ 32,10), Viracopos (R$ 30,32), Confins (R$ 31,69), Recife (R$ 56,22), Salvador (R$ 42,09), Jacarepaguá (R$ 33,22) e Curitiba (R$ 44,99), segundo valores consultados pela reportagem dentro do simulador do Voa Brasil.
BAGAGEM DESPACHADA
As passagens adquiridas pelo Voa Brasil dão direito a uma bagagem de mão (de até 10 kg) e uma bolsa ou mochila pequena. A bagagem despachada é a bagagem que você entrega no momento do check-in e é transportada no porão da aeronave.
Cada companhia aérea estabelece esse preço, que varia de acordo com o tipo e a duração de voo, tarifa, antecedência de compra e programas de fidelidade. A bagagem despachada possui algumas regras e seu limite máximo é de 23 kg. A mala não pode exceder 1,58 cm em suas dimensões (soma de todos os lados).
Na Azul, os preços por bagagem variam entre R$ 120 e 260. Na Gol, entre R$ 110 e 260. A Latam cobra de R$ 50 a 260.
Se quiser despachar sua bagagem na ida e na volta, você deve adquirir uma bagagem para cada trecho. Ou seja, uma bagagem contratada para a ida e outra para a volta.
ESCOLHA DE ASSENTO
A Azul e a Gol não cobram pela marcação de assento realizada com menos de 48 horas de antecedência. Contudo, se o cliente ainda preferir, é possível marcar um assento antes desse período por custo adicional a partir de R$ 30 e R$ 35, respectivamente.
Segundo informações no site da companhia, a Latam atribuirá um assento aleatório ao passageiro caso não seja paga a tarifa. Para os clientes que optarem por comprar passagens na modalidade "Light", a cobrança será de R$ 15. Já na categoria "Promo" será de R$ 25. Essas modalidades são as consideradas mais baratas, segundo a companhia.
ANIMAL DE ESTIMAÇÃO
As regras aplicáveis são as mesmas das viagens aéreas regulares. A empresa aérea deve ser consultada antes e se reserva o direito de recusar o transporte do animal.
A Azul não transporta animais no porão da aeronave, e permite apenas cães ou gatos, a partir de quatro meses e com até 10 kg (somando pet e container). Para isso, ela cobra tarifa de R$ 250 por trecho.
Na cabine de passageiro de voos da Gol, são permitidos cães e gatos de até 10 kg na caixa de transporte, com no mínimo seis meses e atestado do veterinário. A companhia suspendeu por 30 dias o transporte de pets recentemente após a morte do cão Joca. O serviço para voos domésticos custa entre R$ 250 e R$ 300 por trecho, a depender do número de horas por voo.
A companhia também oferece o serviço Dog&Cat + Espaço, para cães e gatos que pesam até 30 kg, com a caixa de transporte. Esses animais são transportados no compartimento de carga, e os valores da taxa para voo doméstico variam entre R$ 850 e R$ 900.
A Latam conta com três modalidades de transporte de animal: na cabine com o passageiro, no bagageiro do mesmo voo ou via Latam Cargo. A primeira categoria sai por R$ 200. O pet não pode estar sedado e deve caber em pé e poder se movimentar em uma caixa de transporte que meça 25 cm de altura, 28 cm de largura e 40 cm de comprimento.
Na segunda, o preço varia entre R$ 500 e R$ 900, sendo permitida em itinerários com, no máximo, uma conexão inferior a sete horas em toda a viagem. Cada passageiro pode transportar até dois animais nesta modalidade, desde que eles não estejam sedados e pesem até 45 kg (contando a caixa de transporte).
O terceiro modelo é destinado a outras espécies além de cães e gatos. O preço, contudo, não é divulgado.
Para qualquer modalidade, o tutor deve apresentar um atestado de um médico veterinário com data de até dez dias antes do voo. O animal também deve ter pelo menos 16 semanas e ter sido desmamado, pelo menos, cinco dias antes da viagem.
CANCELAMENTO OU REMARCAÇÃO
O cancelamento é permitido somente antes do voo. No caso de não comparecimento (no-show), não haverá reembolso e somente as taxas de embarque poderão ser restituídas. Também não será possível alterar um voo do Voa Brasil.
VALOR QUINTUPLICADO
Ao somar as tarifas possíveis, é fácil passar da casa dos R$ 1.000 e mais do que quintuplicar o valor proposto pelo programa. Entretanto, isso contaria com o transporte de animal de grande porte e algumas malas despachadas, algo incomum.
Num cenário mais realista, um passageiro que sair de Congonhas, despachar uma mala de até 23 kg na hora do embarque e marcar um assento pela Latam, pagará R$ 139,90 a mais por trecho- quase o valor da passagem. Ida e volta, contando o Voa Brasil, o passageiro teria que reservar R$ 679,80 para a viagem.
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