Mais de 19 mil tentativas de fraudes em compras pela internet no ES
Levantamento aponta que em todo o País, de janeiro ao fim de junho, foram 1 milhão. Há casos em que cliente tenta dar golpe na instituição
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No primeiro semestre deste ano, 19.100 tentativas de fraudes foram realizadas no Espírito Santo com valor médio de R$ 1.337. O número no Estado representa 1,7% do total no País, que registrou 1 milhão de tentativas somando R$ 698,9 milhões.
As ações são realizadas por hackers que roubam dados dos usuários, criminosos que se beneficiam de dados vazados na internet e até mesmo por parentes que usam cartão de familiares sem autorização. Há casos em que o titular do cartão faz a compra e alega que não recebeu a mercadoria.
O levantamento foi feito pela ClearSale, empresa de inteligência de dados que atua no combate a fraudes. A empresa considera tentativas de fraude todas as transações que foram classificadas como suspeitas ou confirmadas como tal.
As suspeitas são as que não foram aprovadas pela ClearSale. Já as confirmadas são as que o titular não fez a compra, mas o pedido foi aprovado e ele contestou junto ao banco. A maior parte das tentativas no estado foi para a compra de ferramentas para construção (8,3%), seguida de celulares (5,8%).
O superintendente comercial da ClearSale Matheus Manssur explicou que há diversos tipos de fraude, como a efetiva, limpa, amigável, autofraude, logística, fraude de afiliado etc. “A mais comum no e-commerce é a efetiva, que acontece quando o fraudador rouba os dados de um terceiro e realiza uma compra”, diferenciou.
O roubo de dados normalmente é feito quando o fraudador envia ofertas falsas ao usuário, que clica no suposto link. Também pode acontecer por vazamento de dados. Já a autofraude, segundo ele, é quando a própria pessoa comete a fraude. Ela faz a compra, e em 180 dias, contesta informando que o produto não chegou.
Banco tem de devolver valor se cliente for vítima de golpe
Com tantas tentativas de golpes, é importante que o consumidor saiba o que fazer caso observe transações suspeitas no próprio cartão de crédito. A advogada empresarial e especialista em direito digital Elseana de Paula explicou que quando a transação é efetivada, é possível averiguar e responsabilizar os envolvidos.
O primeiro passo do consumidor, ao não reconhecer uma transação em seu cartão de crédito, é fazer o Boletim de Ocorrência (BO), reclamar diretamente na operadora do cartão e com o banco, no Banco Central e no site www.consumidor.gov.br. “Tudo junto”, orientou.
Segundo ela, o banco bloqueia o cartão e averigua. “Chegou a conclusão que não foi o cliente e que ele não tem responsabilidade sobre o fato, devolve o valor integral”.
Um cartão de crédito frágil, segundo ela, indica que a instituição não está em conformidade com a lei de segurança da informação. Nos casos de transações efetuadas, é possível averiguar e responsabilizar os envolvidos.
“Se chegar a conclusão que o sistema da operadora do cartão não oferece a cadeia de custódia para fazer toda essa investigação, isso é um problema grave”.
Dados no Espírito Santo
No primeiro semestre deste ano, 19.100 tentativas de fraudes foram realizadas no Espírito Santo com valor médio de R$ 1.337. No Brasil, foram registradas 1 milhão de tentativas, somando R$ 698,9 milhões.
O levantamento foi feito pela ClearSale, empresa de inteligência de dados que atua no combate a fraudes.
Ranking
1º Ferramentas de construção (8,3% de tentativas e valor médio da compra: R$ 2.269)
2º Celular (5,8% e valor médio de R$ 4.395)
3º Informática (4,4% e valor médio de R$ 1.419).
4º Automotivo (4,3% e valor médio R$ 1.771).
5º Utilidade doméstica (4,1% e valor médio R$ 205).
Tentativas de fraudes
São consideradas tentativas de fraude todas as transações que foram classificadas como suspeitas ou confirmadas.
As suspeitas são as que não foram aprovadas pela ClearSale. Já as confirmadas são as que o titular dos dados não fez a compra, mas o pedido foi aprovado e ele contestou com o banco.
Para não cair em golpes
O especialista em crimes digitais Eduardo Pinheiro explicou que é preciso verificar os links e sua autenticidade, ler todo o endereço, as palavras e o domínio, se é “.com.br” e procurar, pesquisar o site original.
“Uma página clonada normalmente tem um errinho e as pessoas precisam estar atentas a isso”, disse.
Ele também orienta a ter muito cuidado com as páginas nas quais o consumidor digita o número do cartão de crédito e a dar preferência para o cartão virtual disponbilizado pelo banco para compras na internet, que é utilizado uma vez.
Fonte: Eduardo Pinheiro, ClearSale
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