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Economia

“Rodízio” vira saída para pagar as contas do mês

Famílias se veem obrigadas a decidir quais compromissos vão pagar e adiam outros, conforme pesquisa da CNC


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Imagem ilustrativa da imagem “Rodízio” vira saída para pagar as contas do mês
Para conseguir fechar o mês, muitos têm adotado o chamado “rodízio de contas”. |  Foto: A Tribuna

Saber cuidar do dinheiro é importante para evitar ficar no vermelho, mas para 80% das famílias brasileiras, dar conta de todos os boletos têm sido um desafio. 

Para conseguir fechar o mês, muitos têm adotado o chamado “rodízio de contas”, em que se escolhe pagar um serviço considerado mais urgente, enquanto os outros ficam para depois.

Pesquisa de outubro da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelou que 60% das famílias são adeptas desse modelo de gestão. Mas, adiar o pagamento das contas pode ser um problema não só para o bolso, mas também para a saúde mental. 

É o que aponta o psicólogo Gabriel Franco, que trata disfunções como ansiedade e depressão. Ele cita que ficar endividado pode desencadear uma série de sintomas físicos e emocionais. 

“Afeta, porque o indivíduo acaba cercado pela incerteza. Essa incerteza vai ativar o sistema límbico, que é responsável pelo controle do comportamento emocional e  que gera alerta, ansiedade, insônia e estresse”. 

O especialista conclui que uma vez neste estado, a pessoa pode desenvolver um ciclo ansioso, que com efeitos como privação de sono e impulsividade, termina por dificultar ainda mais a vida profissional.

O economista Bernardo Bissoli comenta que tanto o fator emocional pode interferir no econômico quanto o contrário. “O mercado oscila o tempo todo e nem sempre essas flutuações vão manter estável o padrão financeiro das famílias”, diz. 

Ele explica que é preciso ajustar os gastos às condições do mercado. “Sem esse ajuste, a conta realmente não fecha”. Bissoli diz que o rodízio de contas é uma necessidade, uma saída de emergência e que muito embora sirva por um tempo, pode virar uma bola de neve. 

Para evitar esse problema, Heloisa Tofoli, que tem 34 anos e é chefe de família, aprendeu a administrar o dinheiro para que o rodízio de contas não fosse longe demais. “É uma questão de prioridade que requer sacrifícios”, afirmou. 

Heloisa tem dois filhos e tenta conciliar os gastos valorizando as necessidades. Apesar dos frutos positivos, ela afirma que não é fácil. “Priorizei o que exigia mais atenção até conseguir ficar no azul”.

Maioria dos endividados é ansiosa, aponta pesquisa

O Brasil é o país mais ansioso do mundo, além de ser o que registra mais casos de depressão na América Latina. Preocupações com as contas de casa e incertezas financeiras são gatilhos que podem causar problemas à saúde mental.

Seis em cada dez pessoas no país têm ansiedade e compartilham de um mesmo motivo por trás desse sentimento, as dívidas. É o que aponta o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que indicou a ansiedade como o sintoma mais atinge os endividados (63,5%).

Na sequência aparecem sintomas como estresse, irritação, tristeza, desânimo, angústia e vergonha. Segundo o psicólogo Bruno Ragassi, não cumprir os compromissos financeiros cria uma série de problemas mentais.

“A posição de endividado faz com que a pessoa se cobre, mas essa cobrança não se restringe ao indivíduo, vem de outras pessoas também”, afirmou. Para Ragassi, esse cenário faz com que a pessoa viva em um estado de alerta e angustiado.


SAIBA MAIS


Rodízio de contas 

Para 60% dos brasileiros com dívidas em aberto, a saída tem sido escolher quais contas pagar.  E despesas do lar acabam sendo prioridade.   

Contas de luz, água e gás aparecem em primeiro lugar ( 58%), seguidas da fatura do cartão de crédito (42%) e das despesas do supermercado (40%). O aluguel aparece na quarta posição (30%).

Sobre as dívidas, as principais inadimplências são com cartão de crédito (56%). Empréstimo e  financiamento aparecem em seguida (46%). Depois, dívidas do cheque especial (21%),  água e luz (20%), telefone celular (16%) e internet e TV a cabo (14%).

Ansiedade é o sintoma que mais atinge  endividados 

Na sequência aparecem sintomas como estresse, irritação, tristeza, desânimo, angústia e vergonha.

Por não saber se vão conseguir fechar as contas no fim do mês, muitas pessoas vivem em estado de alerta.

Especialistas apontam que quando esses sintomas aparecem, é aconselhável buscar orientação médica. 

Prejuízo à saúde mental

Ficar endividado pode desencadear uma série de sintomas físicos e emocionais.

A incerteza se vai dar para pagar todas as contas ou não cria um estresse tão grande ao indivíduo, que ativa o sistema límbico - responsável pelo controle do comportamento emocional.

Uma vez neste estado, a pessoa pode desenvolver um ciclo ansioso, que com efeitos como privação de sono e impulsividade, termina por dificultar ainda mais a vida profissional.

Dicas para pagar as dívidas 

Saber quanto você recebe e quanto gasta é o primeiro passo para equilibrar a vida financeira.

Ordenar as contas e dar prioridades aquelas com o juros mais alto. 

Se necessário, procure instituições financeiras que tenham  linhas de crédito com juros menores do que os cobrados pelas contas em atraso.

Negociar as dívidas. Na hora de pagar as contas em atraso, procure boas condições de pagamento.

Ofertas descontos, parcelamentos sem juros e  outros benefícios podem aliviar o bolso.

No caso de dívidas que tenham pagamento parcelado,  lembre-se de pagar nas datas determinadas para manter seu crédito no mercado e sua saúde de suas finanças.

Fonte: especialistas citados na reportagem e pesquisa AT. 

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