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Economia

Reforma do serviço público vai aumentar disputa por empregos na iniciativa privada


Imagem ilustrativa da imagem Reforma do serviço público vai aumentar disputa por empregos na iniciativa privada
Carteira de trabalho: média salarial das vagas formais criadas no País em agosto foi de R$ 1.619,45 |  Foto: Arquivo / AT

A chamada reforma administrativa, que vai alterar as regras de contratação para novos servidores federais, com o objetivo de enxugar os gastos da máquina pública, irá provocar um aumento na concorrência por emprego no setor privado.

Alguns pontos estudados pela equipe econômica do governo incluem a ampliação do período “probatório” para que o servidor consiga a estabilidade, ou mesmo o fim da estabilidade para determinados cargos.

Outra proposta em análise é a redução do salário inicial dos novos servidores.

A estabilidade e os salários elevados estão entre os motivos que mais contribuem para que os concurseiros passem cerca de um terço de seu tempo dedicando-se aos estudos, mesmo em uma época de poucos editais.

“Hoje, para se tornar competitivo, o período mínimo que o estudante dedica-se aos estudos são cinco horas diárias”, frisou a coordenadora pedagógica do CEP, Ivone Goldner.

A reforma, prevista para ser apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional no primeiro semestre de 2020, portanto, tende a mudar a lógica do funcionamento do serviço público.

Com isso, há de se mudar, também, o foco dos concurseiros, que, sem atrativos ao setor público, exceto a identificação com a área, devem engrossar a fila de candidatos a postos de trabalho em empresas privadas.

“Com a reforma saindo do papel, a tendência é que se reduza a corrida para o serviço público e os jovens se interessem mais pela carreira empresarial, não só como empregados, mas também como empreendedores”, avaliou o economista Marcelo Loyola Fraga.

Ao passo que aumenta a concorrência por vagas de emprego, as transformações previstas também podem ajudar a fortalecer o mercado privado.

“Isso pode favorecer mais a ampliação da produtividade do País, criando inclusive, possibilidades de um aumento da média salarial na iniciativa privada”, destacou o economista Eduardo Araújo.

Tentativa
Segundo Araújo, mesmo com a redução da atratividade dos cargos públicos, uma parcela de profissionais vai continuar tentando a sorte na área em razão do genuíno interesse de prestar serviços públicos à população.

Reforma administrativa

Mudanças
A reforma administrativa deve alterar regras de contratação para novos servidores federais.

Entraves

  • O presidente Jair Bolsonaro já garantiu que quer fazer tudo da forma mais suave possível. Entretanto, a apresentação da reforma ao Congresso Nacional, que deveria ter ocorrido no início deste mês, foi adiada para o próximo semestre.
  • O ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou o “timing” ruim, em virtude da proximidade de votação da reforma da Previdência. “Você não quer dar um pretexto pro sujeito fazer quebra-quebra na rua”, chegou a declarar.
  • Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, porém, o governo errou ao adiar envio da reforma ao Congresso. Ele chegou a falar em fazer a reforma administrativa dentro do próprio Legislativo, sem esperar a ação do governo.

Nova forma de seleção

  • Um dos pontos em análise pela equipe econômica do governo é a criação de um novo cargo público, semelhante ao “trainee”.
  • O novo cargo seria uma espécie de treinamento, durante dois anos, para os aprovados em concursos. Na prática, funcionaria como mais uma etapa nas seleções da União.
  • Durante o treinamento, os servidores não teriam direito à estabilidade e poderiam ser exonerados, caso seja comprovado baixo rendimento.

Diferenças

  • Hoje existe um período de treinamento de três anos para os servidores que acabaram de ser nomeados, chamado de estágio probatório.
  • Em tese, durante o período de estágio probatório, o servidor poderia não ser contratado. Mas, na prática, todos são efetivados ao final do período.
  • O novo cargo pretende acabar com o estágio probatório e instituir a regra de que, somente com bom desempenho, conduta e rendimento, o servidor seria, de fato, efetivado.

Servidor temporário

  • Também é estudada a criação de um cargo de servidor temporário, com estabilidade por período delimitado, que seja chamado em casos de necessidade, com dispensa assim que forem concluídos os serviços.

Sem estabilidade

  • Outro ponto estudado pela equipe, seria o fim da estabilidade para novos servidores em cargos específicos como secretárias, equipes de limpeza e segurança e técnicos de Tecnologia da Informação (TI).
  • As medidas seriam aplicadas somente a servidores nomeados depois da aprovação da reforma.
  • Outro detalhe é que, em caso de crise fiscal, qualquer servidor poderia ter carga horária e salário reduzidos.

Redução de salários iniciais

  • Seria aplicada a novos servidores.
  • A equipe deve alterar o tempo de progressão, já que avalia que servidores públicos chegam ao topo da carreira com pouco tempo de serviço e passam longos períodos recebendo o salário mais alto para aquela função.

Reestruturação de carreiras

  • a equipe econômica sinaliza ainda a redução do número de carreiras. Hoje, segundo estudo do Banco Mundial, são cerca de 300 carreiras, com 117 tabelas de progressão salarial.
Fonte: Governo federal, Agência Folha e pesquisa A Tribuna.

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