Próximo passo é excluir mais produtos do tarifaço americano, diz Alckmin
Vice-presidente prometeu redobrar os esforços de negociação com o governo Trump
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira, 25, que o governo quer acelerar as negociações para retirar mais produtos do tarifaço cobrado pelo governo americano Depois da ordem executiva que eliminou a sobretaxa de 238 itens - entre eles produtos do agronegócio, como café, carne bovina e frutas -, o próximo passo, frisou Alckmin, será excluir mais produtos.
Em participação via videoconferência no encontro empresarial promovido pela Amcham, o ministro citou máquinas, motores e ainda alguns alimentos entre os produtos que seguem pagando as tarifas mais altas, de 50%, para entrar nos Estados Unidos. "O trabalho vai ser continuar esse avanço nas negociações", comentou Alckmin. Segundo ele, com as reversões de tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a parcela de produtos afetados pela tarifa de 50% caiu de 36% para 22% das exportações brasileiras ao país.
"O próximo passo é excluir mais produtos e reduzir a alíquota", declarou Alckmin. O ministro ressaltou que a orientação colocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é manter o diálogo e as negociações com os Estados Unidos. "Estamos avançando gradativamente e queremos acelerar esse processo", comentou.
A retirada da sobretaxa sobre mais de 200 produtos, na semana passada, foi, segundo Alckmin, o maior avanço desde o início das negociações em torno do tarifaço. Mais uma vez, ele salientou que não há justificativa para as tarifas dos Estados Unidos, já que o país tem superávit comercial no comércio bilateral e tem aumentado as vendas ao Brasil.
Conforme o vice-presidente, o trabalho para fortalecer o diálogo, a negociação e os investimentos recíprocos com os Estados Unidos tem sido ininterrupto. Ele prometeu redobrar os esforços de negociação com o governo Trump.
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