Privatização da Codesa pode criar 15 mil vagas de emprego
É o que apontam dados do governo federal, que indicam investimento bilionário nos portos públicos do Estado, com obras incluídas
O edital de desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), marcado para acontecer no dia 25 de março deste ano, está previsto para ser lançado nesta sexta-feira (21). A privatização da empresa vai criar cerca de 15 mil empregos diretos, indiretos e de efeito-renda no Estado, de acordo com o governo federal.
O contrato de concessão terá vigência de 35 anos, prorrogável por mais cinco anos, e tem previsão de R$ 334,8 milhões em investimentos privados, além de aproximadamente R$ 1 bilhão para custear as despesas operacionais.
A concessão abrange a administração do porto e a exploração indireta das instalações dos portos organizados de Vitória e Barra do Riacho. Com a desestatização, espera-se que o Porto de Vitória dobre a movimentação de cargas de 7 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas por ano.
Já o Porto Barra do Riacho é especializado no embarque de celulose, e tem movimentação de 8 milhões de toneladas por ano. Dos 860 mil metros quadrados de área total disponível, 522 mil metros quadrados são greenfield - ainda a serem utilizados.
Segundo a advogada especialista em Direito Portuário Flávia Fardim, a privatização vai aumentar a eficiência e a produtividade.
“A privatização vai possibilitar uma desburocratização de todo o aparato dentro do porto, otimizar investimentos de dragagem, procedimentos de contratação serão simplificados”, destacou.
Cris Samorini, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), também falou sobre a importância da privatização.
“O Porto de Vitória, requalificado em seus acessos rodoviários, ferroviários e marítimos, tem o potencial de cumprir um importantíssimo papel na atração de oportunidades de novos empreendimentos ao Estado, bem como da ampliação da atividade produtiva já existente e do volume de exportações.”
Sidemar Acosta, presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado (Sindiex), afirmou que a entidade está sempre em contato com as autoridades portuárias.
“Se a desestatização vier para trazer esses benefícios, por meio de melhorias de produtividade, prazos e custos para a operações, definitivamente será de extrema importância para o Espírito Santo e o Brasil”, frisou.
SAIBA MAIS
Edital previsto para esta sexta-feira (21)
- A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) vai ser privatizada e o edital do leilão está previsto para ser publicado nesta sexta-feira (21).
- O leilão será realizado em sessão pública, com envelopes fechados e a previsão de ofertas de lances em viva-voz. O critério de seleção da empresa arrendatária será o de maior valor de outorga. A concessão será feita com alienação de participação societária da União.
- O evento está marcado para acontecer no dia 25 de março na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
- O contrato de concessão terá vigência de 35 anos, prorrogável por mais cinco anos, e tem previsão de R$ 334,8 milhões em investimentos privados, além de aproximadamente R$ 1 bilhão para custear as despesas operacionais.
- A concessão abrange a administração do porto e a exploração indireta das instalações dos portos organizados de Vitória e Barra do Riacho, em Aracruz.
Empregos
- A previsão é de que com a privatização sejam criadas cerca de 15 mil vagas de empregos no Estado. As oportunidades serão direta, indireta e de efeito-renda.
- Com a desestatização da Codesa, espera-se que o Porto de Vitória dobre a movimentação de cargas de 7 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas por ano.
- Para o terminal portuário de Barra do Riacho, a expectativa é a exploração de novas áreas, pois 522 mil metros quadrados, de um total de 860 mil metros quadrados, são greenfield, ou seja, para projetos novos, que são planejados e executados do zero.
- O projeto de desestatização da Codesa traz também o valor de R$ 327,1 milhões para a alienação de ações da empresa detidas pela União, conforme determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para tratamento do valor patrimonial da companhia, incluindo investimentos não amortizados.
- Já o valor presente das contribuições fixas foi estimado em R$ 186,17 milhões e a outorga mínima a partir de R$ 1.
Fonte: Governo Federal
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