Previsão de redução nos preços no ano que vem
Após a inflação registrar em setembro a maior alta em 17 anos, puxada pelos alimentos, a previsão é de que os preços voltem a cair somente a partir do início de 2021.
Para o economista Eduardo Araújo, apesar da redução do valor do auxílio emergencial, que deve provocar uma queda no volume de vendas, fatores como o pagamento do 13º salário e outros abonos devem continuar pressionando preços até o fim do ano.
“É provável que o movimento de queda nos preços se consolide somente no próximo ano, inclusive nos alimentos, a não ser que haja algum fator que afete a produção, como o clima,” disse o economista. Ele lembrou que o novo programa de renda básica que é estudado pelo governo federal não deve ter a mesma robustez do auxílio emergencial, que impulsionou o consumo e a parte da inflação.
Apesar disso, a alta do dólar, que acumula valorização superior a 40% frente ao real no ano, pode continuar influindo nos preços de alguns produtos.
“Essa alta fez com que alguns produtores optassem por exportar, como foi o caso dos alimentos. Mas apesar disso, outros itens estão com um preço mais baixo, controlando a inflação”, disse.
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