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Economia

Preços caem e País volta a ter “inflação negativa”

Índice oficial do País mostra principalmente alimentos e transportes mais baratos, o que leva a um cenário de deflação e otimismo


Imagem ilustrativa da imagem Preços caem e País volta a ter “inflação negativa”
Emanuely Dettman Martins, de 23 anos, é dona de casa e mora em Vitória. Para ela, o período é vantajoso para fazer compras no supermercado. “Muita coisa está valendo a pena comprar. A batata está com preço bom, sabão em pó, leite, laranja, carne também. Não vi nenhum produto que ficou mais caro, ou tá igual ou tá mais baixo”, relatou a jovem, que foi ao mercado acompanhada do marido, João Souza, da filha e do irmão. |  Foto: Acervo/AT.

Deflação é o termo que designa queda de preços, o que seria uma espécie de “inflação negativa”. E é este o cenário vivido no Brasil, conforme Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve queda de 0,08% em junho. Nos 12 meses, a desvalorização do Real recuou para 3,16%.

O aumento de preços desvaloriza a moeda, fazendo com que o poder de compra seja reduzido. Já a deflação tem efeito contrário. As quedas de preços de alimentação, bebidas e transportes foram as principais influências para a deflação, conforme análise feita por André Guedes Almeida, analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo índice.

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O Ministério da Fazenda comemorou o resultado. Foi o maior recuo para um mês de junho desde 2017. O órgão destacou que o óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,1%) estão mais baratos. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou: 

“Era o esperado. O Brasil hoje está na melhor situação possível e nós temos tudo para começar um ciclo novo de desenvolvimento. Insisto nisso há alguns meses. Espero que a gente tenha mais boas notícias a partir de agosto.”

Além da forte desaceleração demonstrada nos números oficiais – vale lembrar que, há um ano, o IPCA de 12 meses era de 11,89% –, as expectativas do próprio mercado financeiro para a inflação brasileira em 2023 vêm caindo há meses.

Segundo o Boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos do País, o IPCA deve encerrar este ano em uma alta de 4,95%.

A tendência de semana a semana essa previsão de o Brasil voltar a cumprir a sua meta de inflação, depois de três anos fora dela, é que  anima os analistas do mercado financeiro em geral.

Veja a reportagem da TV Tribuna sobre este caso

Especialista vê melhora na renda

Rio

As boas notícias para os preços dos alimentos devem continuar. Essa é a posição do economista José Roberto Mendonça de Barros, em entrevista para o jornal O Globo. Ele diz que somente o arroz subiu este ano, aumento de 21% por causa da safra ruim no Rio Grande do Sul, além da carne suína, que teve queda forte em 2021.

“É muito impressionante a força e a profundidade da queda no atacado agrícola. É isso que está chegando no varejo e tem mais pra chegar. É uma queda realmente muito forte do custo da alimentação, e isso é um delta de salário para as classes C e E.”

Reforma

Em entrevista na qual disse que o “fogo amigo e inimigo diminuiu” e que está se “sentindo menos na frigideira”, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que não vai esperar a conclusão da tramitação da reforma tributária dos impostos sobre consumo no Senado para enviar ao Congresso a segunda fase da mudança – que vai tratar dos tributos sobre a renda. Disse que a nova fase da tributária precisa ser remetida ao Congresso com o projeto do Orçamento de 2024.

A razão é simples: o governo precisa incluir na proposta de Orçamento o aumento de arrecadação com medidas que estarão nessa segunda etapa da reforma e, assim, garantir o cumprimento das metas do novo arcabouço fiscal - que prevê déficit zero nas contas públicas no próximo ano. 

Na mira do governo, estão a volta da tributação de lucros e dividendos recebidos por pessoas físicas que são acionistas de empresas e o corte de renúncias fiscais concedidas no Imposto de Renda.

Situação estável na Grande Vitória

Preços estáveis e em queda, essa era a expectativa do Banco Central quando reduziu a taxa Selic –  taxa básica de juros da economia. No Estado, a previsão não ficou apenas na teoria. 

Para a economista Alessandra Pizzol, dois motivos sustentam a unanimidade, já que no País, os preços do mercado espelham a realidade observada no Estado. 

“A queda uniforme do preço de alimentos e também o efeito da taxa básica de juros, ajustada em 13,75% ao ano”.

Em um supermercado da Grande Vitória, pode-se observar carrinhos de compra abastecidos. Gustavo Couto, estudante universitário que mora em Jucutuquara, listou alguns dos produtos com preços que ficaram mais em conta. 

“O frango, né? Que já estava barato e continuou e também a carne de boi, que está mais barata, arroz também está com preço baixo há algumas semanas. Antes tinha dia para comprar verduras e frutas, hoje tá valendo a pena em qualquer dia”, celebra.

A expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em relação ao IPCA, índice oficial da inflação no Brasil, é que ele fique negativo e assim se mantenha.

Pressão por baixa nos juros

 A queda no índice oficial de inflação em junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é vista como um elemento de pressão para o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciar um ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, a partir de agosto. 

Até o ex-deputado Neucimar Fraga (PP-ES), aliado de Bolsonaro, disse defender a redução da Selic. Para isso, segundo ele, é preciso que  Lula pare de pressionar o BC.  

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou recentemente que, se a Selic estivesse em 10% (hoje está em 13,75%), os gastos com os juros da dívida pública seriam menores e fariam com que fosse poupado “quase um Bolsa Família por ano”. 

Para o programa social, o governo reservou R$ 176 bilhões em 2023.  Ceron  declarou que “cada ponto percentual da Selic custa dezenas de bilhões de reais para a dívida pública”.

O QUE MUDA DAQUI EM DIANTE

Índice reajusta gasto e renda

Aluguéis

Contratos reajustados pelo IPCA vencidos este mês terão um reajuste de 3,16%, caso prevejam mudança pelo IPCA. Antes, o normal era que fossem reajustados pelo IGP-M.

Salários

O IPCA acumulado nos últimos 12 meses também costuma ser usado por sindicatos patronais e de trabalhadores na hora de negociar os reajustes salariais. As categorias que têm julho como data-base terão o IPCA de 3,16% como referência.  

As negociações normalmente levam em conta INPC, hoje medida em 2,69%, mas os trabalhadores podem usar o IPCA como argumento na busca por melhores aumentos.

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