X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Preço de passagem aérea dispara e preocupa governo

Preço disparou e é o maior da série histórica iniciada em 2010 e influencia na inflação. Só nos últimos quatro meses, alta foi de 65%


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Preço de passagem aérea dispara e preocupa governo
Avião se aproxima do pouso, em trajetória oposta à dos preços das passagens, que têm assustado passageiros |  Foto: MARCO AMBROSIO/ESTADÃO CONTEÚDO — 02/11/2023

O impacto dos preços das passagens aéreas sobre a inflação é motivo de preocupação, afirmou o ministro Fernando Haddad (Fazenda).

O componente pressionou o resultado do que é considerado uma prévia da inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de dezembro. O indicador acelerou a 0,40% e ficou acima das previsões do mercado financeiro.

Leia mais sobre Economia

Segundo dados divulgados na quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 fechou 2023 com alta de 4,72% no acumulado de 12 meses.

“O que nos preocupa em relação ao IPCA é um item: as passagens aéreas. Cresceram 65% nos últimos quatro meses. Já estavam caras quatro meses atrás e agora subiram 65%”, disse Haddad.

Ele frisou que não é a inflação que afeta de maneira uniforme toda sociedade, mas afeta quem faz uso desse meio de transporte. “Eu não sei quanto os 65% representam sobre o IPCA, mas não é de se desconsiderar”, ressaltou.

Em dezembro, sete dos nove grupos de produtos e serviços do IPCA-15 tiveram alta de preços. A maior variação (0,77%) e o principal impacto (0,16 ponto percentual) vieram de transportes. Dentro desse grupo, o subitem passagem aérea subiu 9,02% – o maior impacto individual do mês (0,09 ponto percentual).

A última pesquisa da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de outubro, confirma a evolução e mostra que o preço médio da passagem aérea é de R$ 741,47 (valor corrigido pela inflação oficial).

Trata-se do maior valor desde que a análise passou a ser realizada, em 2010.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou, depois da manifestação de Haddad, que a alta dos preços das passagens aéreas não foi causada pelo preço do combustível de aviação (QAV).

“A discussão vai além dos preços da Petrobras”, disse Prates em entrevista à GloboNews.

Os preços de passagens aéreas acumulam alta de 81,93% entre setembro e dezembro.

Na entrevista, Prates afirma que o preço praticado pela Petrobras é parecido aos demais países da região: “A Petrobras não é a única fornecedora de QAV. O combustível de aviação baixou um terço no ano. O problema não é a Petrobras”.

Concorrência pequena é o motivo

Especialistas ouvidos pela TV CNN citaram explicações para a alta nos preços das passagens.

A primeira é uma resposta ao crescimento da demanda por viagens que surpreendeu este ano. Com a pandemia, as companhias tiveram de reduzir a operação, devolvendo aeronaves e encolhendo quadros. No pós-crise, a recuperação foi mais rápida e intensa do que a reação das empresas, limitando a capacidade de ajuste na oferta de voos e lugares.

“Há uma onda de aumento da oferta nos próximos meses, mas não será rápida. A redução da operação aconteceu no mundo todo e agora estão todos procurando aeronaves. Este é um dos maiores problemas do setor aéreo”, disse Cleveland Prates, da MicroAnalysis Consultoria Econômica.

O segundo tem a ver com a baixa concorrência entre aéreas que atuam no País. Com maior procura pelas passagens e poucas operadoras, o preço sobe e não há estímulo para reverter a dinâmica.

O terceiro tem a ver com o custo das aéreas. O querosene de aviação responde por 30% dos custos das empresas. Mas o preço do petróleo está no menor patamar do ano, em queda desde outubro, o que não justificaria o aumentos dos preços. Mas não é só essa a fonte de pressão no caixa das aéreas.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: