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Economia

Pix vai ter débito automático e pagamento mesmo sem internet

Forma de transação permitirá uso para pagar pedágio e transporte público, entre outras novidades


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Imagem ilustrativa da imagem Pix vai ter débito automático e pagamento mesmo sem internet
Mudanças no Pix devem ser implementadas em 2024 |  Foto: Canva

“A revolução iniciada em 2020 foi apenas o começo”, garantiu o Banco Central (BC) ao anunciar as novidades do Pix que estão por vir. Elas incluem débito automático, pagamento mesmo sem internet, por aproximação e bluetooth em pedágios, estacionamentos e transportes públicos.

Hoje, para o usar o Pix, o usuário que está fazendo o pagamento precisa autorizar previamente o pagamento e autenticar a transação vez por vez. Uma das novidades é o Pix Automático, que vai eliminar esse processo.

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O BC disse que não vai mais existir a necessidade de o usuário pagador ter que agendar e efetuar o pagamento a cada transação individualmente, minimizando, assim, o risco de que o pagamento não seja realizado por esquecimento do pagador, e que esse incorra em custos com multas e juros pelo atraso.

Segundo eles, a novidade facilitará a vida de empresas com produtos e serviços que demandam pagamentos recorrentes, como instituições de ensino, academias, clubes de assinatura (on-line e offline), serviços de streaming, planos de saúde, seguros, administradores de condomínios, clubes, portais de notícia, operações de crédito, etc.

O lançamento estava previsto para acontecer ao longo de 2023, mas o Banco anunciou que a novidade ficará para o ano que vem.

O Banco Central também prevê a possibilidade de os pagamentos serem realizados mesmo sem conexão à internet. Outras tecnologias também estão sendo estudadas, como a possibilidade de realizar o pagamento com uso de tecnologia por aproximação – bluetooth, biometria e outras.

Segundo a instituição, o objetivo é tornar mais rápida as relações e facilidades de pagamento. Sobre as transações instantâneas, o BC diz que elas podem ser benéficas principalmente para o pagamento de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público.

Sobre a possibilidade de o Pix ser usado nos ônibus da Grande Vitória, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) do Estado diz que estuda meios para implantar o pagamento via Pix no Sistema Transcol.

“O Governo está em fase de pesquisa de uma solução viável para integrar essa opção de pagamento ao sistema de bilhetagem eletrônica, levando em consideração a prioridade de assegurar a segurança dos usuários e superar eventuais desafios relacionados à conectividade de internet móvel nas rotas das linhas de transporte público”, informou por meio de nota.

Diretor diz que Banco Central não vai taxar modalidade

Muito se comenta sobre a possibilidade do Pix ser taxado, mas para o Banco Central (BC) essa não é uma possibilidade. Assim, não está nos planos da autarquia criar um imposto sobre as transações realizadas com o pagamento instantâneo criado por eles.

Segundo o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Gomes, taxar o uso do instrumento seria “uma loucura”. “Espero que não. Não é assunto do BC, mas seria uma loucura”, afirmou Gomes.

Rumores no mercado indicavam que o Pix poderia ser taxado para pessoas físicas, que hoje o utilizam de forma gratuita.

Quem também afastou essa possibilidade foi o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Transações internacionais também estão em estudo

Quando o Pix foi lançado pelo Banco Central, em 2020, a novidade já havia sido planejada para conseguir realizar pagamentos fora do País. Três anos depois, a autarquia avançou nos planos e a modalidade deve estar disponível a partir do ano que vem.

Carlos Brandt, executivo do Banco Central responsável pela operação do Pix, destacou que eles querem tornar as transferências para outros países “mais eficientes e baratas”. “Hoje tem desafios de alto custo, baixa velocidade, acesso limitado e falta de transparência. A ideia é usar o Pix para superar esses desafios”, explicou.

Atualmente, a autarquia estuda duas formas diferentes de lançar esse recurso. A primeira envolveria uma integração direta com sistemas de pagamentos já usados em outros países. Outra seria conectar a ferramenta com iniciativas existentes no mercado que interligam sistemas nacionais de pagamentos, realizando uma conexão indireta.


Comerciante animado com novidades

Imagem ilustrativa da imagem Pix vai ter débito automático e pagamento mesmo sem internet
|  Foto: Divulgação

Marco Braga, de 33 anos, é comerciante e está animado com as novidades anunciadas para o Pix. Ele, que tem um supermercado na Serra, diz que atualmente o pagamento instantâneo corresponde a 38% das vendas. Com a previsão de ter débito automático, parcelamento e até linha de crédito para o Pix, as vendas podem aumentar.

“São modalidades de pagamento que devem gerar um impulso às vendas, o que gera empolgação ao comerciante”, celebra.

Para ele, diante dos desafios que o comércio enfrenta, toda forma de pagamento que acrescente e facilite a relação com o consumidor é importante. “Desde que seja benéfico a ambas as partes, que gere facilidade, e reduza custos.”


As mudanças

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Uso de Pix: novas possibilidades |  Foto: Agência Brasil

Pix automático

A primeira novidade anunciada é o desenvolvimento do Pix Automático, para viabilizar a realização de pagamentos que acontecem com frequência.

Com isso, empresas como academias, clubes de assinatura, serviços de streaming, planos de saúde, seguros, portais de notícia, instituições de ensino e operadoras de crédito podem aceitar o Pix como modalidade de pagamento.

O lançamento está previsto para 2024.

Pix mesmo sem internet

Outro ponto de destaque será a possibilidade de realizar o Pix sem necessidade de conexão à internet ou com uso de tecnologia de aproximação, para “tornar a experiência de pagamento ainda mais rápida”.

O objetivo é a “substituição de meios de pagamento menos eficientes”.
O BC citou que muitos pagamentos hoje em dia dependem de conexão com a internet. Por isso, eles estudam o pagamento por aproximação, bluetooth e biometria.

Transações internacionais

Há ainda a possibilidade de pagamentos por Pix em transações internacionais.

A ideia é viabilizar transações entre o Brasil e outros países, como remessas, pagamentos entre empresas e pagamentos de compras de bens e de serviços no exterior, além do uso do Pix para pagamentos a prazo ou parcelados.

Pix em números

Em 2022, o Pix registrou R$ 1 trilhão por mês movimentados, mais de 3 bilhões de transações por mês.

A maior transferência realizada por Pix foi de R$ 1,2 bilhão.

Há 140 milhões de usuários adultos (81% da população) e 13 milhões de empresas (79% do total no Brasil).

Fonte: Banco Central.

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