Pedido da Seacrest por recuperação judicial
Empresa de petróleo, que tem presença no Estado, soma dívida de R$ 3,3 bi, incluindo débito com Petrobras e Houlihan Lokey
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Com uma dívida de R$ 3,3 bilhões, a Seacrest Petróleo entrou com pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), buscando também suspender as execuções de cobrança e vencimento antecipado de dívida pelo período de 180 dias.
A Seacrest sofreu pedidos de execução de dívida por parte da empresa Houlihan Lokey, ex-assessora financeira da companhia de petróleo e entrou com pedido de liminar de bloqueio na ordem de R$ 3 milhões.
Além disso, há discussões financeiras com fornecedores essenciais, como a Petrobras, que na última quarta-feira conseguiu derrubar uma liminar que a impedia de cobrar uma fatura de US$ 70 milhões (cerca de R$ 400 milhões na cotação atual).
A fatura é referente aos polos terrestres vendidos pela Petrobras à Seacrest nos últimos anos: os 27 que compõem o Polo Cricaré, em 2021, e quatro que compõem o Polo Norte Capixaba, em 2023. A Seacrest alega que não tem condições financeiras para arcar com tal despesa e que isso poderia acelerar outras dívidas do grupo.
No fim de dezembro, a empresa entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) alegando quebra de contrato pela Petrobras. Segundo a Seacrest, a estatal não teria realizado reparos em oleodutos submarinos, o que constava no contrato de compra e venda dos campos terrestres, o que a Petrobras contesta.
De origem norueguesa e com sede nas Bermudas, a Seacrest foi fundada em 2019 e planejava perfurar 300 poços no Norte do Estado, visando triplicar sua produção até 2025. Contudo, com a elevação dos custos operacionais e a queda do preço do petróleo, a companhia teve redução das margens de lucro.
O grupo ainda cita na petição, assinada pelo escritório TWK, que o aumento da taxa de juros, a instabilidade política e a falta de previsibilidade regulatória afetaram o ambiente de investimentos no mercado de petróleo e gás, reduzindo o interesse de parceiros estrangeiros e impactando diretamente a captação de novos recursos.
Procurada ontem pela reportagem, a empresa de produção e exploração de óleo e gás não retornou aos contatos.
SAIBA MAIS
Companhia tem origem norueguesa
Liminares
A empresa entrou com requisitou a recuperação após ter sofrido pedidos de execução de dívida pela empresa Houlihan Lokey, ex-assessora financeira da companhia e entrou com pedido liminar de bloqueio na ordem de R$ 3 milhões.
Além disso, há discussões financeiras com fornecedores essenciais, como a Petrobras, que na última quarta-feira conseguiu derrubar liminar que a impedia de cobrar uma fatura de US$ 70 milhões (R$ 400 milhões na cotação atual).
O grupo ainda cita na petição, assinada pelo escritório TWK, que o aumento da taxa de juros, a instabilidade política e a falta de previsibilidade regulatória afetaram o ambiente de investimentos no mercado de petróleo e gás, reduzindo o interesse de parceiros estrangeiros e impactando diretamente a captação de novos recursos.
A Seacrest tem origem norueguesa, com sede nas Bermudas e ações listadas na Bolsa de Oslo, na Noruega. No momento, tem dificuldade para pagar seus funcionários.
Presença no Espírito Santo
A fatura com a Petrobras é referente aos polos terrestres comprados pela Seacrest no Estado nos últimos anos: os 27 que compõem o Polo Cricaré, em 2021, e quatro que compõem o Polo Norte Capixaba, em 2023.
A Seacrest alega que não tem condições financeiras para arcar com tal despesa e que isso poderia acelerar outras dívidas do grupo.
No terceiro trimestre, a Seacrest teve produção de 6,8 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) e conta com aproximadamente 300 colaboradores diretos e mais de mil indiretos no Polo Cricaré, Polo Norte Capixaba e Terminal Norte Capixaba.
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