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Economia

Paulo Baraona: "Formar nova geração é desafio da indústria"

Presidente disse que a Findes quer atrair jovens para o trabalho no setor e ensiná-los a exercer profissões com alta tecnologia


Imagem ilustrativa da imagem Paulo Baraona: "Formar nova geração é desafio da indústria"
Baraona falou do potencial logístico devido à localização do Estado |  Foto: Aquiles Brum

Uma geração com ideias diferentes e que precisa ser preparada para exercer profissões que talvez ainda nem existam. E a capacitação desses jovens é um desafio para a indústria.

Essa é a avaliação feita pelo presidente em exercício da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, que elencou como prioridade da instituição a viabilização de infraestrutura que permita ao Estado receber novas empresas e se desenvolver.

Em visita à Rede Tribuna, ele falou sobre como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) vem se preparando para as mudanças tecnológicas, a fim de preparar os jovens para o mercado de trabalho. E demonstrou preocupação com a capacitação nas famílias de baixa renda. “O governo está ajudando nisso”, constatou.

Baraona é o 1º vice-presidente da instituição da qual está à frente interinamente, e assume a presidência de forma oficial no dia 30 de julho, após ser eleito por unanimidade.

Na conversa com o jornalista Rafael Guzzo, ele falou sobre os mais de R$ 80 bilhões em investimentos que a indústria tem programados para o Estado até 2028 e comentou o cenário econômico nacional, como as reformas em Brasília.

Imagem ilustrativa da imagem Paulo Baraona: "Formar nova geração é desafio da indústria"
Baraona (à direita) disse a Rafael Guzzo que a reforma administrativa é até mais importante que a tributária: “Temos um governo que está inchado” |  Foto: Aquiles Brum

ENTREVISTA

A Tribuna - Quais as prioridades dessa gestão que começa, oficialmente, no fim de julho?

Paulo Baraona — São tudo aquilo que traz uma grande infraestrutura para o Estado, para que ele possa ter a pujança de receber cada vez mais indústrias e poder se tornar naquilo que já está se tornando, um “hub” de logística. Até pela localização no Brasil.

- Qual o maior potencial desse segmento logístico no Estado?

Recentemente, recebemos uma grande quantidade de veículos elétricos no Estado. Nossa localização favorece um viés de importação e exportação. Veja a quantidade de portos que estão em construção ou já em funcionamento no Estado, e a quantidade de armazéns que estão sendo construídos em Viana, Serra, e Vila Velha.

É um grande apelo, e a localização do Estado minimiza os custos.

- Alguns investimentos em portos já estão em execução. Como isso favorece o Estado?

Estamos falando de infraestrutura. Quando uma indústria quer se estabelecer em um estado, ela vê primeiro exatamente isso: qual é a estrutura que o estado tem para lhe dar capacidade de escoamento da produção. Então, para nós, é importantíssima a finalização dos portos que já estão em construção e outros que estão se viabilizando.

- Estão previstos, até 2028, investimentos na faixa de R$ 82 bilhões, que devem resultar em grande necessidade de mão de obra. Como está sendo a preparação dos profissionais?

A capacitação de mão de obra é um problema em todo o País. A Findes tem se preparado por meio do Senai, nossa casa de capacitação e qualificação.

A gente está se preparando e acompanhando as grandes mudanças de tecnologia, de inovações que as empresas têm feito para que a gente possa, dessa forma, acompanhar essas mudanças. Porque as indústrias têm mudado bastante, e a mão de obra precisa acompanhar isso.

- A nova geração é um desafio, nesse aspecto, para a indústria?

É uma geração com ideias diferentes, tem profissões diferentes que não existiam. Temos um sério problema de um número alto de pessoas que vivem em dificuldades, com baixa renda, e que não têm como se qualificar.

É preciso recuperar essas pessoas para que elas tenham escolaridade mínima para fazer cursos de capacitação. Tem outros fatores, mas muita gente acaba tendo dificuldade de sair de uma situação para a outra. Há uma dificuldade de se atingir certas camadas sociais com a qualificação.

Estamos trabalhando nisso, o governo está ajudando para que a gente consiga não ter falta de mão de obra. Não dá para se desenvolver sem qualificar a população.

É preciso conscientizar o jovem de que ele precisa terminar os estudos e fazer um curso técnico para ter oportunidades...

Isso. E o governo, junto à Federação e às prefeituras, tem feito um trabalho grande de conscientização. É um trabalho conjunto.

A nova indústria não é aquele negócio de a pessoa ficar com as mãos cheias de graxa, macacão todo sujo e carregando peso. Não é mais isso.

A indústria tem outra pujança, um outro pátio industrial de equipamento tecnológico, enfim. Então, tem outra visão, a gente precisa mostrar para as pessoas que a indústria não é aquele negócio de antigamente e que tem muita tecnologia, algo de que a juventude gosta.

- Qual sua visão sobre a reforma tributária que foi aprovada, e começará a valer em 2026?

Vejo que vai simplificar bastante. Estamos um pouco apreensivos com a regulamentação da legislação, porque uma coisa é aprovar a lei, outra é regulamentar. Mas estamos participando ativamente disso para que saia uma legislação favorável ao crescimento do País.

- E quanto à reforma administrativa?

É extremamente importante, talvez até mais do que a tributária. Temos um governo que está inchado, que precisa se modernizar. É preciso fazer ajustes. Da mesma forma que o setor privado se modernizou, o público também precisa seguir esse caminho. Não é uma reforma simples, mas ela é necessária e urgente.

- Qual o maior desafio da indústria capixaba?

Está relacionado exatamente a essas reformas. Elas vão melhorar o ambiente de investimento no Brasil. O investidor ainda é tratado de uma forma muito particular, com excesso de burocracia, legislação complexa e às vezes pouco clara.


PERFIL

Paulo Baraona

> Nascido em Cascais, Portugal, é formado em construção civil e sócio-fundador da Cinco Estrelas Construtora e Incorporadora, que atua no Brasil desde 1986, ano em que Baraona veio para o País de forma definitiva.

> Foi presidente do Sindicato da Indústria Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES)

> Também foi diretor e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Findes).

> Atualmente é o 1º vice-presidente da Findes e presidente em exercício da Federação. Assumirá o cargo de liderança definitiva da Findes de forma oficial no final de julho.

> Também atuou na organização e fundação da Câmara Portuguesa de Negócios do Espírito Santo, sendo o seu primeiro presidente.

CURIOSIDADES

- Leva o crossfit a sério!

Quando não está trabalhando, Paulo Baraona conta que gosta de praticar atividades físicas. Nos últimos dez anos, por exemplo, tem focado seu tempo livre no crossift.

“E não é só fazer por fazer, eu faço para competir. Sou muito competitivo. E dedicado, tento fazer todos os dias, pelo menos cinco dias na semana. Gosto muito porque é completo. Levanto pneu, subo caixa, pulo corda, subo parede...”, conta.

- BRs e ferrovias

Baraona detalhou que a Findes tem dialogado para viabilizar investimentos em logística, como a duplicação das BR 101 e 262 e sobre projetos de ferrovias que passam pelo Estado.

“São coisas essenciais porque dinamizam muito mais e melhoram muito o fluxo da nossa logística, dos escoamentos da produção industrial. Temos dados e fatos concretos que vamos apresentar ao governo federal”, disse.

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