X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Economia

Patrick Ribeiro: empresário do show aposta no conforto

Ele contou que quer encontro de gerações em sua casa, elogiou público acima de 50 anos e anunciou novidades para 2025


Imagem ilustrativa da imagem Patrick Ribeiro: empresário do show aposta no conforto
Patrick Ribeiro deu conselho a quem procura a vocação: “Entre e faça!” |  Foto: Aquiles Brum

Quem nunca ouviu o nome dele? A assinatura “Realização Patrick Ribeiro” se tornou famosa e sinônimo de diversão e cultura, no decorrer dos anos.

O empresário, dono do espaço que leva seu nome — caso raro entre casas de shows, quiçá único — iniciou sua jornada com olhar para a turma jovem, mas, agora, amplia sua aposta para um público mais maduro, que preza pelo conforto.

Leia mais sobre Economia

Patrick contou, em entrevista no Estúdio Tribuna Online ao jornalista Rafael Guzzo, o início, ainda na adolescência, de sua trajetória no ramo de promoção de eventos, que completa 35 anos em 2025.

Vocação, para ele, é escolher um caminho e seguir nele, aprimorando-se e realizando. Nada de esperar uma resposta sobre a grande aptidão. Nascido em Salvador, na Bahia, o “empresário dos shows” falou de sua infância, quando foi criado pelos avós e de como isto o impulsionou a conquistar o sucesso.

Assista ao Podcast


ENTREVISTA | Patrick Ribeiro

A Tribuna - Você completa, ano que vem, 35 anos de carreira, e tem 49 anos, ainda novo. Como foi o início, tão cedo?

Patrick Ribeiro — "Comecei com 15 anos, mais ou menos. Em 1990, foi a primeira vez. Muita gente se assusta com isso."

- Como surgiu a marca?

"Em 1995, ia fazer um evento e precisava fazer o anúncio. Conversei com uma pessoa que inclusive trabalhou na Rádio Tribuna, e combinamos de fazer um spot na rádio. Ele me perguntou como assinava no final, e acabei fazendo as divulgações com a frase “Realização Patrick Ribeiro”."

- Você começou realizando festas. Como foi a transição para outros eventos, como shows?

"Tive uma passagem pela BlowUp, casa noturna de Vila Velha. Eu era cliente e acabei contribuindo com eles. Vivi o período de glória e também o período de dificuldades com a concorrência. Isso foi me dando experiência. Eu vi muito “perrengue “ e criei alguns pilares de atuação baseado nisso."

- Quais são os “perrengues”?

"A necessidade de ter pontualidade, oferecer bom acesso, chegada, sentar e ser bem atendido, climatização funcionar, som de qualidade, transmissão simultânea... Tudo isso tem de acontecer.

A gente respeita muito o cliente nesse sentido, porque ele é o motivo de a gente existir. Claro que imprevistos acontecem, mas a produção de eventos é a capacidade de prever esses imprevistos."

- Esses são os maiores desafios para quem realiza shows?

"Antes de ter espaço próprio, a gente percebia que a entrega, a energia, o desgaste é muito grande para uma só noite. Quando se tem espaço próprio, isso muda."

- Você consegue se divertir nos shows que realiza?

"É preciso entender que, quando se tem um negócio, é preciso virar a chave. No trabalho, o objetivo é deixar tudo da melhor forma possível. Quando estou tranquilamente sentado no lounge, recebendo convidados e conseguindo consumir o show sem preocupação, é porque tudo está bem. Mas o excesso de preocupação é inevitável.

O único momento em que dá para relaxar 100% é quando o show acaba. Só que aí vem o próximo e o frio na barriga volta."

- O Espaço Patrick Ribeiro começou em Vila Velha e hoje está ao lado do estacionamento do aeroporto de Vitória. Há planos de ampliação?

"A busca por Vitória foi estratégica. Conversei com a Infraero, e eles perceberam que era uma vantagem para eles também, até pela versatilidade do espaço. A pessoa pode literalmente pegar um avião, descer no aeroporto, ver o show, e ir embora pelo mesmo aeroporto.

É um privilégio que não há em outros estados. Ano que vem será de surpresas, eu completo 50 anos, 35 de carreira. Temos projetos, mas ainda não dá para antecipar."

- E o que mudou nas festas dos anos 1990 para cá?

"O celular. O jovem que ia à balada na década de 1990 geralmente deixava a namorada em casa e ia..."

- Dar um ninja, né (risos)?

"Escondido, dar um perdido (risos). A tecnologia e o envio de fotos e vídeos mudaram a realidade. Talvez por isso boates e baladas de hoje não sejam iguais às daquela época."

- O Espaço Patrick Ribeiro costuma apresentar artistas de vários estilos. Mas qual o preferido do público?

"Hoje é o sertanejo. Mas o principal que eu noto é que o nosso espaço virou local apropriado para o encontro de gerações. Você vê neto, avô e filho, vendo o mesmo show. Estilo musical cada um tem o seu. Particularmente, adoro pop rock."

- Há algum cuidado especial com o público com mais idade?

"Gosto muito do público de mais de 50 anos. Uma coisa que me alegra é permitir a pessoas com dificuldade de locomoção, com mais de 90 anos, indo aos shows e se sentindo bem recebido. Conforme você vai ficando mais velho, você quer sair de casa e ir a um lugar que é igual ou melhor do que onde você mora. Não quer passar perrengue."

- E o cachê dos artistas?

"No pós-pandemia triplicou. Até dá para entender que quando o artista está na crescente vai cobrar mais. Mas tem outros que, mesmo vendendo pouco ingresso, querem cobrar o mesmo de quem está no auge. Essas turnês que são canceladas, por exemplo, é porque show em estádio não é para qualquer um."

- E as exigências dos artistas?

"É meio que um mito. Costumam ser exigências técnicas específicas, mas pedidos mirabolantes diminuíram. Artista internacional, às vezes é mais simples que o nacional nesses pedidos. O ideal é o pessoal com perfil tranquilo. Daniel e Zezé di Camargo, por exemplo."


Perfil

Patrick Ribeiro

Tem 49 anos e nasceu em Salvador, mas se mudou para Vila Velha com menos de um ano de idade, onde foi criado pelos avós. É casado e tem um filho.

Curiosamente nasceu em pleno Réveillon (1º de janeiro), e brinca que isso pode ter influenciado na sua vocação para o ramo de promoção de eventos.

Começou no ramo de promoção de eventos ainda adolescente, realizando festas.

Chegou a cursar Engenharia Civil na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mas decidiu não seguir carreira na área e focar no trabalho como empresário.


Curiosidades

Elogios à humildade do cantor Daniel

Os artistas, de uma maneira geral, não costumam ser pessoas difíceis de lidar, segundo Patrick Ribeiro. Inclusive, disse ele, há a mística de que os astros internacionais são mais difíceis, o que não é verdade.

Mas quem recebeu elogios mesmo foi o cantor Daniel: “Ele é iluminado, é um príncipe mesmo.” Zezé Di Camargo também foi elogiado.

Aulas, vendas de planos e de lanches

Antes de organizar seu primeiro evento, Ribeiro conta que fez outras atividades: deu aula de matemática, vendia planos de turismo e até mesmo tentou vender lanches.

“Fui com alguns amigos vender sanduíche natural na vinda do Papa João Paulo II aqui. Só que o investimento não deu certo e acabamos ficando no prejuízo”.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: