Novo programa vai atrair empresas e criar empregos
Projeto vai desenvolver infraestrutura e negócios em trecho que vai de Anchieta a Kennedy, abrangendo também Cachoeiro
Um projeto ambicioso para transformar o Sul do Espírito Santo em um polo de atração de investimentos, aos moldes do que já está sendo feito no Norte, deve criar milhares de empregos e atrair várias empresas de diferentes lugares do País.
É o que afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento, Rogério Salume, sobre o ParkLog Sul, uma espécie de região composta por diversos municípios e que vai receber ações específicas para estimular a realização de negócios.
Esse novo parque logístico, que se assemelha ao ParkLog/ES, voltado para a região Norte e Noroeste, tende a trazer investimento público em rodovias, estradas e terrenos, para permitir a instalação de novas empresas. Ele está previsto para ser implementado em trecho que vai de Anchieta até Presidente Kennedy, adianta Salume.
“Vai pegar o litoral, entrando até Cachoeiro de Itapemirim. O número exato de municípios a gente vai ter pronto em breve, assim que o projeto estiver concretizado”.
Atualmente, o projeto está em fase de planejamento interno e deve ganhar corpo de pesquisa nas próximas semanas. Uma consultoria especializada está sendo contratada para realizar os estudos para a definição do modelo de implantação desse parque.
Após essa fase, reuniões serão realizadas para “unificar os interesses”, as empresas e os empresários em torno do projeto. “Porque isso é uma construção de uma aliança”, diz.
Várias grandes empresas se instalando no Sul do Estado e também grandes empresas evoluindo e crescendo suas operações são as perspectivas apontadas por Salume com a efetivação do projeto.
“A gente tem uma região que é a maior produtora e beneficiadora, por exemplo, de rochas ornamentais, temos a Samarco. E temos um projeto incrível, que está em fase de construção, que é o Porto Central, que quando estiver na sua plenitude, vai ser o maior complexo portuário do Brasil”, reforça.
Um dos principais intuitos da criação desse projeto é para tentar equilibrar o desenvolvimento da região Sul com os atrativos do Norte, que já conta com benefícios como a inclusão na Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
“É fazer com que o Estado realmente se desenvolva de forma igualitária, criando emprego para todas as regiões, fazendo com que as pessoas tenham as suas vidas cada dia melhor”, afirma.
Anúncio oficial até o fim de março, diz secretário
O projeto do novo parque logístico no Sul do Estado deve ser divulgado oficialmente, com os detalhes, no primeiro trimestre de 2026 — ou seja, entre janeiro e março —, adiantou o secretário deEstado de Desenvolvimento, Rogério Salume.
O estudo que será elaborado para o projeto possui características complexas, segundo Salume.
“É bem detalhado. Como é uma aliança que envolve vários atores, vários segmentos, a gente tem que ter isso muito bem alicerçado. Todo mundo tem que entender, aceitar e participar, senão não faz sentido”, afirma.
A proposta, porém, já está posta: replicar o modelo de sucesso implantado no Norte do Estado. Uma vantagem, segundo o secretário, é a existência de empresas e grupos bem solidificados na região.
“A gente agora vai fazer com que isso tudo esteja unido e juntos cooperando para o sucesso”, pontua.
Os projetos portuários, como o Porto Central, são considerados os grandes motores para o desempenho dessa iniciativa. Recentemente, o complexo portuário que está sendo instalado em Presidente Kennedy assinou um novo documento que reforça a instalação de um estaleiro, em parceria com a gigante europeia M.A.R.S. Europe A/S, para desmontagem e reciclagem de navios no Brasil.
Saiba mais
Planejamento
O ParkLog Sul está na etapa de elaboração do projeto e de estudos técnicos para definir conexões, estrutura e abrangência territorial. A iniciativa busca replicar o modelo do ParkLog/ES, considerado um caso de sucesso no Norte capixaba.
Uma empresa está sendo contratada para auxiliar na estruturação e detalhamento do projeto.
O mapeamento inclui municípios entre Anchieta e Presidente Kennedy, alcançando o litoral e avançando até Cachoeiro de Itapemirim.
A previsão de divulgação e início oficial do ParkLog Sul é para o primeiro trimestre de 2026.
Para o governo, o processo é complexo por envolver diversos atores — públicos, privados, portos e aeroportos — exigindo consenso e alinhamento antes do lançamento.
Aliança
O projeto pretende criar uma aliança entre governo, prefeituras e setor produtivo, com foco em atração de investimentos, geração de empregos e fortalecimento regional.
A meta é unir empresas e instituições em torno de um plano comum de desenvolvimento.
O parque logístico busca equilibrar o desenvolvimento entre Norte e Sul do Estado, já que o Norte conta com incentivos federais da Sudene.
A estratégia é potencializar vocações econômicas locais e ampliar oportunidades de negócios.
Atração de negócios
A região se destaca na produção e beneficiamento de rochas ornamentais e implantação do Porto Central, em construção, que deve se tornar o maior complexo portuário do País.
O governo prevê que o parque logístico impulsione centenas de empresas e milhares de empregos.
Para a Secretaria de Desenvolvimento, é um compromisso o crescimento equilibrado e sustentável em todas as regiões capixabas, priorizando emprego, renda e melhoria da qualidade de vida pela integração entre Poder Público e iniciativa privada.
Estaleiro no Sul
Um dos projeto que devem ser impulsionados com a instalação de um parque logístico no Sul do Estado é o Porto Central, que está sendo instalado em Presidente Kennedy.
A gigante europeia M.A.R.S. Europe A/S assinou junto com o porto o segundo aditivo ao Memorando de Entendimentos (MOU) que marca uma nova etapa da cooperação entre as empresas para a implantação de um estaleiro de desmontagem e reciclagem de navios no Brasil.
O aditivo estende o período de cooperação entre as partes, com o objetivo de avançar nos estudos de viabilidade do projeto e garantir sua execução conforme condições de mercado.
Entre os marcos previstos para esta fase estão a engenharia detalhada, o planejamento ambiental e operacional e as avaliações estratégicas voltadas à viabilidade econômica do empreendimento.
O projeto é considerado parte da estratégia para fortalecer a posição do País no setor offshore.
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