Novo leilão de petróleo deve atrair multinacionais para o Brasil
Multinacionais estão entre as empresas aptas a participar da oferta, que vai criar chances para empreendedores em mais de 10 atividades
Escute essa reportagem
Um novo leilão de blocos de exploração de petróleo e gás natural sob o regime de partilha está marcado para outubro e vai criar negócios em mais de 10 atividades no Estado.
Na última quarta-feira (16), a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) divulgou a lista de empresas aptas a participarem do leilão, incluindo multinacionais a exemplo de Petrobras e Shell.
O edital da oferta permanente de partilha tem 13 blocos disponíveis nas bacias de Campos e Santos, incluindo quatro estão localizados na região do mar territorial do Estado e na divisa com o Rio de Janeiro: Turmalina, Larimar, Ônix e Citrino.
“Isso não significa que todos serão oferecidos no leilão. Como o modelo de leilão é da oferta permanente, só serão oferecidos os blocos que receberem declarações de interesse acompanhas de garantias de oferta de empresas inscritas, até dia 6 de agosto”, informou a ANP.
Atividades como de construção civil, consultoria, elétrica e automação, fornecimento de bens, hidráulica, inovação, locação, manutenção, meio ambiente e ESG, metalmecânica, pintura industrial, gerenciamento de projeto, transporte e logística e treinamento devem ser contempladas com novos negócios e ampliações, segundo Rafaele Cé, presidente da RedePetro ES.
“As atividades secundárias demandadas pelas principais operadoras do setor já ocorrem em solo capixaba, e a ampliação das áreas de concessão trarão a continuidade e, em alguns casos, a ampliação de demandas relacionadas a exploração e produção”, explicou.
Sobre a instalação de novos negócios, o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, destacou que a ampliação e a participação de mais empresas, entre elas pequenas e médias, traz mais dinamismo para a atividade extrativa e cria novas oportunidades para a indústria e para o Estado como um todo.
O leilão de partilha engloba áreas que estão no polígono do pré-sal ou que possuem uma possibilidade de grandes volumes de produção, contou Rafaele.
“A presença de áreas com essas características no próximo leilão a ser realizado pela ANP nos traz a esperança de que novas áreas de concessão sejam adquiridas pelas empresas participantes do leilão, trazendo continuidade da atividade exploratória de óleo e gás no Espírito Santo”.
Saiba mais
O leilão
O terceiro ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção está marcado para 22 de outubro deste ano. Os blocos são marítimos e estão localizados no pré-sal das bacias sedimentares de Campos e Santos.
São ao todo 13 blocos exploratórios, sendo que quatro estão localizados na região do mar territorial do Espírito Santo e na divisa com o Rio de Janeiro: Turmalina, Larimar, Ônix e Citrino.
A ANP divulga até 20 de agosto quais dos blocos receberam declaração de interesse por parte das empresas e serão ofertados na sessão pública.
As empresas arrematam blocos nessas licitações, em seguida, assinam contratos para desenvolver atividades de pesquisa e, se obtiverem sucesso, podem começar a produzir petróleo e/ou gás natural.
A produção de petróleo e gás gera royalties a serem pagos pelas empresas à União, estados e municípios, de acordo com critérios definidos em lei. Quem vai ter o direito de receber os royalties (quais estados, por exemplo) vai depender da localização desse possível campo produtor.
O que é leilão de partilha?
É uma modalidade de licitação onde a exploração e produção de petróleo e gás natural são realizadas sob o regime de partilha de produção. Neste regime, a empresa vencedora do leilão explora e produz os recursos, mas uma parte da produção, chamada “excedente em óleo”, é compartilhada com a União (o governo), que é destinado à Pré-Sal Petróleo (PPSA) para comercialização.
Empresas aptas a participarem
As empresas aptas são 3R Petroleum (atual Brava Energia), BP Energy do Brasil, Chevron Brasil, CNOOC Petroleum Brasil, Ecopetrol Óleo e Gás, Equinor, Karoon Petróleo e Gás, Petrogal Brasil, Petrobras, Petronas, Prio Forte, Qatar Energy, Shell Brasil, Sinopec e TotalEnergies.
As empresas terão até o dia 6 de agosto para apresentar declaração de interesse acompanhada de garantia de oferta, para um ou mais blocos constantes do edital.
Novos negócios e ampliação de atividades
Atividades como de construção civil, consultoria, elétrica e automação, fornecimento de bens, hidráulica, inovação, locação, manutenção, meio ambiente e ESG (em português Ambiental, Social e Governança), metalmecânica, pintura industrial, gerenciamento de projeto, transporte e logística e treinamento devem ser contempladas com novos negócios e ampliações a partir deste leilão.
Fases dos contratos
Os contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural são divididos em duas fases, a de exploração e a de produção. Na fase de exploração, são realizados estudos pelas empresas nas áreas arrematadas (como pesquisas sísmicas e perfuração de poços) para identificar possíveis reservatórios de petróleo e/ou gás natural. Após aprovado o plano de desenvolvimento, a área delimitada pela empresa entra na fase de produção.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Tags
Comentários