'Ninguém aguenta mais esse juro', diz Haddad em live com Nath Finanças
Ministro disse também que as medidas adotadas pelo governo ao longo do primeiro semestre vão permitir a redução dos juros pelo Banco Central
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta quinta-feira (29) o início da redução da taxa de juros pelo BC (Banco Central).
"Ninguém aguenta mais esse juro", afirmou o ministro durante live no canal da influenciadora Nath Finanças no Instagram. A transmissão também contou com a participação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e serviu para tirar dúvidas sobre o programa Desenrola Brasil.
Haddad disse também que as medidas adotadas pelo governo ao longo do primeiro semestre vão permitir a redução dos juros pelo BC e potencializar o programa de renegociação de dívidas.
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"Completamos esse semestre um ciclo de medidas que vão garantir que a gente tenha uma taxa de juros mais baixa e isso vai potencializar o Desenrola", afirmou.
Segundo o chefe da Fazenda, quanto menor a taxa de juros, menor será o montante total ser pago pelas pessoas que renegociarem as dívidas por meio do programa. "Quanto menor a taxa de juros, melhor para o governo, porque mais a gente consegue financiar daquilo que foi descontado [no programa]", disse Haddad.
Cinco dos principais bancos anunciaram nesta semana a participação no Desenrola Brasil.
A adesão dos devedores deve começar em setembro, de acordo com o ministério da Fazenda.
Para entrar no programa, os credores têm até 27 de julho para retirar o nome das pessoas com dívidas de até R$ 100. Porém a retirada do nome não representa um perdão da dívida. Ela precisa ser paga pelo devedor através do Desenrola Brasil. A estimativa é que 1,4 milhão de pessoas sejam favorecidas com a medida.
Haddad assinalou ainda que foram criados cerca de 900 mil postos de trabalho em 2023, e que a recuperação de renda das pessoas, seja por terem conseguido um emprego, ou por meio dos programas sociais, será impactada positivamente pela perspectiva de queda dos juros.
Nesta quinta, o CMN (Conselho Monetário Nacional) manteve inalterada a meta de inflação de 3% a ser perseguida nos próximos anos, o que tende a contribuir para a redução nas expectativas de inflação dos agentes financeiros, abrindo caminho para o início do ciclo de corte dos juros.
O BC sinalizou que o afrouxamento monetário pode começar na reunião de agosto do Copom (Comitê de Política Monetária).
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