Mais de 1.700 ambulantes na Grande Vitória usam Pix
Número pode ser muito maior, de acordo com as prefeituras, já que nem todos fizeram seu cadastro e trabalham de maneira ilegal
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O número de ambulantes e camelôs da Grande Vitória passa de 1.700 trabalhadores. Em sua totalidade usam como forma de cobrança o Pix, além de cartões de crédito. Entretanto, as prefeituras afirmam que esse número pode ser ainda maio, pois nem todos são registrados.
A reportagem de A Tribuna esteve em um dos locais mais movimentados da região metropolitana, a Avenida Central, em Laranjeiras, na Serra. Lá, eles detalharam a rotina em busca do sustento.
Camelô há 9 anos, Brenda Alves, de 26 anos, disse que aos 17 decidiu ganhar seu próprio dinheiro e ser independente.
"Na cara e na coragem, foi assim que comecei! Vendo biscoito, doce, relógio, acessório para celular, tudo que é muamba", afirmou, revelando que parte das vendas recebe via Pix.
Já Rayane Silva, 25 anos, é filha de ambulante. Quando o irmão abriu uma banca de frutas, resolveu trabalhar no ofício que a família exerce há anos. "Meu pai me trazia desde pequenininha, com 4 anos já estava aqui. Morava aqui. Meu pai era separado da minha mãe, me criou nesse meio e continuo aqui", relatou.
Brenda e Rayne dizem que já sabem os dias e a hora que os agentes da prefeitura passam. Segundo elas, a fiscalização costuma ser mais tranquila. "Eles passam, pegam o nome de todo mundo e pedem para obedecer às regras, só isso", afirmam.
De acordo com informações das prefeituras da Grande Vitória são 139 ambulantes licenciados na capital; 700 na Serra; 706 em Vila Velha; e cerca de 200 na cidade de Cariacica, atuando no bairro Campo Grande e adjacências.
Isley Gonçalves Barbosa, presidente da Associação de Camelôs e Ambulantes da Serra, diz que nos últimos anos o procedimento de fiscalização mudou bastante. "Já perdi muita mercadoria, hoje em dia, a regra é o diálogo, antes era repressão".
Conforme o presidente da associação, ao menos 90% dos ambulantes da Serra obedecem às regras estipuladas pela prefeitura.
"As bancas não podem atrapalhar o ir e vir das pessoas, então elas só podem ser montadas na rua, pela regra, a calçada deve ficar livre. A maioria cumpre, por isso não temos problemas", afirmou.
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