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Economia

Maior queda no valor da carne em 29 anos

Expectativa é de que a carne de boi termine o ano com a redução de preço mais acentuada desde o início do Plano Real


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Imagem ilustrativa da imagem Maior queda no valor da carne em 29 anos
Picanha no espeto: churrasco voltou a ficar acessível, mas economista vê possibilidade de aumento no preço |  Foto: Shutterstock

O churrasco está ficando cada vez mais acessível com a queda do preço da carne. O produto deve fechar este ano com a maior queda registrada nos últimos 29 anos. A redução esperada é de mais de 10% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A redução acumulada vai chegar a 11,35% neste ano, até dezembro, pelas projeções do banco Santander Brasil. Desde 1994, a maior deflação aconteceu em 1995 e foi de 10,25%. Confirmada a previsão, será a maior queda desde o início do Plano Real.

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Com o aumento no preço do produto nos últimos anos, os produtores aumentaram a produção. Como consequência, o aumento da disponibilidade do produto no mercado interno e a boa safra de insumos, como soja e milho, contribuíram para derrubar o preço este ano.

Boa parte da produção de carnes no Brasil estava sendo exportada, conforme lembrou o economista Ricardo Paixão. Contudo, devido a problemas externos, como a guerra, e problemas internos, como a doença da vaca louca, houve queda nas exportações.

Esse tipo de doença repercute mal entre os países compradores, que preventivamente suspendem a importação. “Com isso, tivemos um grande estoque de proteína animal abastecendo o mercado interno, o que tem feito com que o preço reduza”.

Perto de datas comemorativas como Natal e Réveillon, o preço das proteínas também costuma aumentar. “É natural que a gente tenha uma pequena elevação, mas nada que vá impactar no orçamento das famílias”.

Ele entende que o preço deve cair até o fim do ano, mas lembra que fatores externos, como os desdobramentos da guerra entre Israel e Hamas pode fazer com que a situação mude totalmente a conjuntura.

Se o conflito se agravar, países árabes que compram muita quantidade podem passar a comprar menos. O economista Pedro Lang destacou que dependendo da conjuntura internacional, o preço da proteína animal também pode subir.

Mesmo com a queda, não há uma devolução da alta dos últimos anos, que de acordo com a Folha de São Paulo foi de 17,97% em 2020, de 8,45% em 2021, e no ano passado desacelerou em 1,84%.

No IPCA, o preço das carnes é dado a partir de cortes. Até setembro, considerando os últimos 12 meses, houve queda mais intensa do fígado (-15,83%) e do filé-mignon (-15,52%).

Apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem atribuindo ao Presidente a queda nos preços, já que o assunto foi um dos abordados durante a campanha.

Os números

11,35% é a previsão da queda acumulada;

15,52% é a queda no preço do filé-mignon.


Saiba mais

Queda no preço

O preço das carnes no Brasil podem fechar este ano com uma redução de mais de 10% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Não compensa inflação

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, uma redução dessas é incomum na série histórica do índice, mas não compensa a disparada da inflação que encareceu a proteína.

Em 2019, as carnes fecharam o ano com alta acumulada de 32,4% no IPCA. Em 2020, foi de 17,97%; em 2021, de 8,45% e no ano passado desacelerou em 1,84%.

Projeção

A redução acumulada vai chegar a 11,35% no ano, até dezembro, pelas projeções do banco Santander Brasil. Já a LCA Consultores prevê deflação de 10,75% para o mesmo período, segundo a publicação.

Motivação

Com o aumento do preço da carne nos últimos anos, produtores brasileiros aumentaram a produção. Devido à conjuntura internacional e à doença da vaca louca no Brasil, este ano houve uma queda nas exportações. Dessa forma, o País ficou com um estoque elevado, reduzindo os preços.

Natal

Nas datas comemorativas do fim de ano pode haver um aumento do preço, mas nada que vá impactar o orçamento das famílias.

Governo não tem participação direta

Embora o churrasco tenha sido um tema muito falado durante a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialistas explicam que o governo não tem participação direta na queda.

Imagem ilustrativa da imagem Maior queda no valor da carne em 29 anos
Lula não tem relação com a queda |  Foto: TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO — 10/04/2023

Fonte: Especialistas e fontes citadas na reportagem.

Federação fala em perdas para os produtores rurais

Com o preço da carne caindo, os produtores dizem que estão tendo redução na margem de lucro. Se a queda continuar, eles podem vir a ter prejuízos, segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faes), Júlio Rocha. Nesse caso, eles tendem a buscar outras atividades, disse.

“Os produtores vão migrar de atividade. Tem que ter uma diversificação agrícola forte para quando não tiver fechando a conta em uma atividade, a outra compensar.”

De acordo com Rocha, mesmo quando o produtor tem prejuízo, ele precisa cumprir com os compromissos financeiros. “Ele pega as matrizes aptas para a produção e vende para o corte. A consequência é que a oferta não vai atender à demanda”.

Historicamente, no final de outubro, a carne tem alta do preço. “Acho que nunca mais vai alcançar os preços altos de antes”, avaliou.

Procurada, a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) não se manifestou sobre o tema, mas projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta para um possível recorde no consumo de carnes no País em 2024, estimado em 103 kg por habitante.

A Conab projeta que a produção brasileira de carnes alcance 30,8 milhões de toneladas na safra 2023/2024, representando um aumento de 2,7% em relação à produção anterior.

Carlos Cogo, consultor em agronegócio, enfatiza que esse consumo colocaria o Brasil como o segundo maior consumidor per capita de carne no mundo, ficando atrás apenas dos EUA.

Supermercados promovem ações nacionais de descontos

Descontos para os consumidores nos supermercados estão sendo programados para o dia 11 do mês que vem. A ação criada no ano passado pelo setor supermercadista acontecerá no segundo sábado de novembro, todos os anos.

A iniciativa promovida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) tem a aderência de marcas do varejo alimentar e da indústria e vai trazer ofertas para o consumidor aproveitar a data e movimentar o segmento.

“Nossos fornecedores já estão negociando com os supermercadistas para oferecer promoções ainda mais atrativas do que a própria Black Friday”, garantiu o presidente da Abras, João Galassi.

O evento que foi criado em alusão ao Dia do Supermercado, comemorado oficialmente no dia 12 do mesmo mês, vai ganhar ainda mais impulso este ano.

Origem

O 12 de novembro foi instituído como Dia Nacional do Supermercado porque na data, em 1968, a Lei 7.208 definiu e regulamentou a atividade supermercadista no País, segundo a Associação Brasileira de Supermercados. A Associação foi fundada neste mesmo ano.

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