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Economia

Juros altos e incertezas devem atingir a economia

Economistas dizem também que as dúvidas sobre a política tarifária dos EUA podem trazer efeitos na redução do consumo da população


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Imagem ilustrativa da imagem Juros altos e incertezas devem atingir a economia
|  Foto: Divulgação/Jornal A Tribuna

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu mais uma vez. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados ontem, mostram que a atividade econômica do País teve alta de 3,4% no ano passado, uma nova aceleração em relação a 2023, quando havia crescido 3,2%. O PIB do Brasil cresceu puxado pelo setor de serviços e pela indústria.

O número representa o maior crescimento da atividade econômica brasileira desde 2021. Porém, segundo especialistas consultados pelo portal g1, agora há mais elementos para acreditar que o novo ciclo de alta da taxa básica de juros deve consolidar uma desaceleração da economia em 2025.

Isso porque a expectativa é de que a Selic chegue à casa dos 15% ao ano em 2025, no maior valor em 19 anos. O movimento deve limitar o avanço do consumo e dos investimentos, o que, por sua vez, também tende a frear setores como indústria e serviços.

Diante de um Banco Central mais duro com a política de juros, e com o aumento das incertezas econômicas no exterior — principalmente em meio às dúvidas sobre a política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump —, a estimativa é de que a economia brasileira arrefeça e os efeitos sejam sentidos pela população por meio da redução do consumo e do encarecimento do crédito.

Além de uma postura mais rígida do BC, a economia do País deve receber menos impulsos fiscais do governo, devido a um pacote de corte de gastos previsto para 2025. Com menos dinheiro injetado na economia, a leitura é que a taxa de juros mais elevada pode impactar o PIB, tanto do lado da oferta quanto do lado da demanda.

“Os setores de indústria e serviços acabam tendo essa contaminação da taxa de juros elevada. O consumo também terá uma contribuição menor do que o visto em 2024”, destaca Juliana Trece, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Já a economista do Itaú Unibanco Julia Gottlieb ressalta que essa desaceleração só deve ficar mais evidente na economia a partir do segundo semestre deste ano.

“É quando começaremos a ver o impacto defasado da política monetária contracionista (dos juros mais altos)”.

Saiba Mais

Aceleração no PIB

O IBGE divulgou ontem que o PIB brasileiro cresceu 3,4% no ano passado, uma aceleração em relação a 2023, quando a alta foi de 3,2%.

O número representa o maior crescimento da atividade econômica brasileira desde 2021.

Projeção de desaceleração

No entanto, economistas acreditam que há uma tendência de desaceleração do PIB do País para 2025.

Alguns fatores que contribuem para essa projeção são a expectativa de um aumento ainda maior na taxa básica de juros e as incertezas sobre o cenário internacional, com foco especial na gestão do presidente norte-americano, Donald Trump.

O Ministério da Fazenda mesmo manteve a projeção de crescimento de 2,3% do PIB em 2025, uma desaceleração em comparação à alta de 3,4% registrada no ano passado.

a projeção feita pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda aponta que o desempenho da economia deve começar a desacelerar a partir do segundo semestre.

7º maior crescimento

Com o resultado divulgado ontem pelo IBGE, o Brasil ficou na sétima colocação em um ranking de 40 países que tiveram crescimento econômico no ano passado.

A listagem é elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como clube dos países ricos, por reunir nações com as economias mais avançadas do mundo.

Atualmente, a OCDE possui 38 países. O Brasil não está entre os membros efetivos, mas iniciou processo de adesão.

“Percepção de que o ambiente econômico não é um sucesso”

Os dados divulgados pelo IBGE refletem o bom desempenho da economia brasileira em termos de atividade econômica, desde 2021, com crescimento acima de 3%, e em consonância com outros indicadores.

No entanto, há um conjunto de outros indicadores que despertam atenção dos analistas econômicos e no próprio cotidiano da população que ensejam a percepção de que o ambiente econômico não é um sucesso.

Um desses diz respeito aos indicadores fiscais, em que a economia brasileira apresentou déficit primário (diferença entre receitas e despesas, sem considerar os juros) pelo segundo ano consecutivo. Outro indicador é o da inflação, que em 2024 se situou fora da meta estimada pelo Conselho Monetário Nacional, sendo a terceira vez nos últimos quatro anos.

Se por um lado os índices refletem o bom cenário em termos dos indicadores de atividade econômica, há outros, como a inflação, que ensejam o pensamento de que a economia não tenha tido bom desempenho no período atual. Cabe aos tomadores de decisão de política econômica adotarem as medidas necessárias para que haja essa confluência entre indicadores econômicos e percepção social positiva sobre a economia.

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