Investimento bilionário de indústria de celulose no Espírito Santo
Indústria de celulose obteve recurso com o BNDES e vai investir na ampliação de florestas e em novos equipamentos
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou dois financiamentos à Suzano no valor total de R$ 2,31 bilhões para investimentos no Espírito Santo e em outros estados.

No Estado, o investimento será feito em instalações industriais, aquisição de novos equipamentos e apoio ao cultivo de eucalipto, com a ampliação de unidades florestais.
Do total, R$ 658,65 milhões serão destinados a apoiar a modernização industrial e capacidade produtiva em sete fábricas da empresa pelo País, nas cidades de Aracruz, Jacareí (SP), Limeira (SP), Suzano (SP), Três Lagoas (MS), Mucuri (BA) e Imperatriz (MA).
O valor específico que será investido em território capixaba não foi informado pela empresa.
No caso do apoio ao cultivo de eucalipto, usado na produção de papel e celulose, o investimento é de R$ 1,66 bilhão para implantação, reforma e condução nas unidades florestais em terras já utilizadas pelo homem.
As plantações estão localizadas próximas a unidades industriais de produção de celulose da empresa, de forma a garantir o fornecimento de matéria-prima com maior eficiência logística.
De acordo com o BNDES, os recursos fazem parte de um plano de investimento de R$ 1,18 bilhão para modernizar uma linha de produção e reduzir o consumo de gás natural e de químicos usados na fabricação de celulose.
Recentemente, a Suzano informou que pretende construir uma fábrica de papel tissue e conversão em papel higiênico e papel toalha no Estado, com investimento estimado em R$ 600 milhões.
A fábrica seria localizada em Aracruz, com capacidade de produção de 60 mil toneladas por ano e demoraria cerca de dois anos para ser implementada, segundo a empresa, na oportunidade.
O valor a ser aportado pelo BNDES referente ao financiamento corresponde a 80% do investimento total, o que equivale a R$ 2,07 bilhões.
A Suzano tem capacidade de produção anual de 10,9 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel, segundo o BNDES. No Estado, a empresa tem uma fábrica de celulose, em Aracruz, onde pode produzir 2,3 milhões de toneladas por ano, e uma unidade de conversão de papéis higiênicos, em Cachoeiro de Itapemirim, com capacidade para produzir 30 mil toneladas por ano.
Canadense compra grupo capixaba
A canadense Nutrien Soluções Agrícolas anunciou a conclusão de compra da rede capixaba de lojas do mesmo ramo Casa do Adubo. A negociação foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). O negócio foi fechado por um valor estimado em R$ 1,5 bilhão.
Com a aquisição da empresa de varejo de insumos agrícolas fundada há 85 anos no Estado e da marca Agrodistribuidor Casal, a Nutrien se torna uma das maiores empresas de varejo agrícola da América Latina, ampliando sua atuação de 5 para 13 estados.

Além do Espírito Santo, o grupo canadense passa a ter atuação nos estados do Acre, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
Com o negócio, a Nutrien espera ter uma receita de R$ 5,5 bilhões no Brasil, com um market share (fatia de mercado) de 3,5% do varejo agrícola, e passa ocupar a terceira posição do setor no Brasil.
“Estou muito feliz em poder contar com a competência e a reputação que a Casa do Adubo construiu ao longo dos anos”, afirma André Dias, presidente da Nutrien para a América Latina.
E completa: “Esperamos que a integração aprimore ainda mais a nossa capacidade de fornecer soluções completas para os clientes em toda a América Latina, ao mesmo tempo em que gera ganhos de qualidade neste mercado em crescimento”, diz, por comunicado.
O representante da Nutrien inclusive está no Estado para o período de transição da empresa capixaba adquirida pelo grupo. A Casa do Adubo, fundada em 1937, atualmente tem sede em Alto Lage, em Cariacica. A definição sobre a manutenção da marca será feita futuramente pelos canadenses.
A Casa do Adubo, antes mesmo do negócio, já havia iniciado um ciclo de expansão com obras em seis unidades, após a entrada da empresa no estado de São Paulo.
Questionadas pela reportagem sobre novos investimentos e criação de empregos no Estado, as empresas envolvidas não responderam até o fechamento da edição.
Comércio para o agronegócio
Investimento da Suzano
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou dois financiamentos à Suzano que totalizam R$ 2,31 bilhões, para investimentos em todo o País.
O valor que será investido especificamente no Espírito Santo não foi informado pela empresa.
Os investimentos no Estado englobam instalações industriais e apoio ao cultivo de eucalipto.
Recentemente, a Suzano informou que pretende construir uma fábrica de papel tissue e conversão em papel higiênico e papel toalha no Estado, com investimento estimado em R$ 600 milhões.
A fábrica seria localizada na cidade de Aracruz, teria capacidade de produção de 60 mil toneladas por ano e demoraria cerca de dois anos para ser implementada, informou a empresa na oportunidade.
A iniciativa envolve a implantação, reforma e condução nas unidades florestais em terras não virgens, ou seja, já utilizadas pelo homem.
Compra da Casa do Adubo
A Nutrien comunicou a conclusão do acordo de compra e venda da capixaba Casa do Adubo e da marca Agrodistribuidor Casal, do segmento de varejo de insumos agrícolas.
O negócio foi fechado por um valor estimado em R$ 1,5 bilhão.
A Casa do Adubo atua há 85 anos em diversos estados.
Segundo André Dias, presidente da Nutrien para a América Latina, com a aquisição, a empresa fortalece presença no Estado e no País para servir os agricultores com soluções simples e ágeis.
A Casa do Adubo foi fundada com nome de Irmãos Chiabai, formada por três irmãos em em 16 de outubro de 1937, em Afonso Cláudio.
Fonte: BNDES, Suzano, Nutrien e Casa do Adubo.
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