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Economia

Indústria precisa dar novo curso a 200 mil profissionais no ES até 2027

No Brasil, mais de 14 milhões vão precisar se qualificar para manter ou entrar em vagas de trabalho no setor industrial


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Imagem ilustrativa da imagem Indústria precisa dar novo curso a 200 mil profissionais no ES até 2027
Tatiane Franco destacou que a requalificação é necessária para todos |  Foto: Renan Donato/Findes

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, entre 2025 e 2027, mais de 14 milhões de brasileiros vão precisar se qualificar para manter ou entrar em vagas de trabalho no setor industrial. No Estado, calcula-se que sejam 200 mil.

A gerente executiva de educação e cultura do Sesi-Senai Tatiane Franco destacou que a requalificação é necessária para todos.

Por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), segundo ela, são oferecidos cursos de qualificação para formar profissionais que atendam às necessidades da indústria. “Capacitamos mais de 60 mil profissionais por ano no Estado”.

É para buscar atender a essas necessidades que foram inaugurados novos centros de excelência, como o de Energias Renováveis e o de Mobilidade. Além de ter outro espaço a ser inaugurado no ano que vem.

Mas, além de ter a capacitação disponível, é preciso interesse em obter esse conhecimento. O fundador do Instituto de Mentoria, mentor de carreira, escritor e pesquisador sobre comportamento humano Sidnei Oliveira destacou que o desafio vai além.

A indústria deseja profissionais engajados. “Quando os gestores falam que não tem profissionais qualificados, uma parte grande deles está se referindo à falta de uma atitude engajada. Outro ponto é a qualificação em termos de ferramenta”, comparou.

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Qualificação para trabalhadores |  Foto: Canva

Por outro lado, uma pesquisa recente da Robert Half apontou que 89% das companhias reconhecem que a motivação no trabalho está ligada à felicidade dos colaboradores.

O CEO da Heach Inteligência Corporativa Elcio Paulo Teixeira explicou que a relação entre colaborador e empresa precisa ser boa para todos.

Antes da pandemia de covid, segundo ele, as pessoas encaixavam suas vidas no trabalho e depois passaram a encaixar o trabalho na vida. “As empresas precisam criar um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis, ter programas de qualidade de vida, de saúde mental”.

Além de investir em qualificação técnica, é preciso investir em desenvolvimento comportamental e monitorar o engajamento. “O funcionário que está bem, tem uma entrega melhor”.

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Elcio Paulo Teixeira, CEO da Heach: "Se o colaborador tiver R$ 1.000 para investir na carreira, oriento que invista a metade em capacitação técnica e a outra metade em desenvolvimento comportamental. Não adianta ter competência técnica, se não têm inteligência para gerir isso e empatia para sentir o que está acontecendo no seu entorno" |  Foto: Dayana Souza - 09/12/18

Qualificação

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, entre 2025 e 2027, mais de 14 milhões de brasileiros precisarão se qualificar para se manter ou entrar em vagas de trabalho no setor industrial. No Estado, calcula-se que sejam 200 mil.

O fundador do Instituto de Mentoria, mentor de carreira, escritor e pesquisador sobre comportamento humano, Sidnei Oliveira, destacou que os empresários buscam, além da habilidade técnica, profissionais engajados com o trabalho.

Por outro lado, uma pesquisa recente da Robert Half apontou que 89% das companhias entrevistadas reconhecem que a motivação no trabalho está ligada à felicidade dos colaboradores.

Para solucionar o problema, especialistas explicam que é preciso parar de criar uma imagem negativa de determinadas gerações em relação às suas habilidades profissionais e entender que todas as gerações são necessárias em um mercado de trabalho em constantes transformações.

Perda de capacidade de decidir

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Sidnei Oliveira: sem acomodação |  Foto: Divulgação

O ganho de produtividade vem sendo apontado como um dos principais benefícios da Inteligência Artificial (IA). Por outro lado, especialistas ressaltam que o seu uso indiscriminado pode afetar a visão crítica dos profissionais.

Para o fundador do Instituto de Mentoria, escritor e pesquisador sobre comportamento humano, Sidnei Oliveira, as pessoas não podem se acomodar com o uso da Inteligência Artificial.

Como exemplo, ele citou as assistentes virtuais, que ao serem questionadas apresentam respostas prontas. “Ter pensamento crítico e capacidade de analisar as coisas é do ser humano”, destacou. Ressaltando que os profissionais precisam ter conhecimento para analisar e fazer uma curadoria do conteúdo.

Para ele, o profissional não pode ficar seduzido pela capacidade da IA de ser produtiva nas questões operacionais. “Se não cria o próprio repertório, não consegue validar o conteúdo. E precisa tomar a decisão de aceitar o que ela deu ou não. Normalmente se estiver seduzido vai aceitar”, diferenciou.

Repertório

Nesse sentido, ele orienta que para se manter competitivo no mercado de trabalho, é necessário ter repertório, buscar conhecimento, ler, assistir filmes e séries, buscar conhecimento. Somente com repertório, é possível ter visão crítica.

A futurista global Jaqueline Weigel ressaltou que humanos precisam ficar mais na área cognitiva do que mecânica.

“A inteligência artificial pode nos ajudar a desenvolver algumas habilidades, porque ela facilita o nosso trabalho”.

Por outro lado, Jaqueline enfatiza que as pessoas estão dependentes de tecnologia, do celular. “A gente está com uma pandemia de doenças mentais, onde a IA também vai entrar para ajudar a curar”.

Sobre os pontos negativos, ela diz que, como tudo é automatizado, as pessoas têm preguiça de pensar, de escrever, de ler, e desenvolver um letramento ou de desenvolver algum assunto. “Há ainda a desigualdade de acesso”.

Futuro focado no bem-estar

Como vai ser o mercado de trabalho no futuro? A futurista global Jaqueline Weigel entende que vai ser muito mais ágil, flexível, com trabalho remoto e novas posições que substituem o ser humano em trabalhos que insalubres arriscados.

Ela avalia que será um mercado mais colaborativo, muito mais baseado em dados, em projeções, centrado no novo bem-estar, que também já contempla a parte espiritual, emocional, física, mental.

“As profissões que eram válvulas de escape para quem não estudou, elas começam também a sofrer algumas depressões nos próximos anos”, diz Jaqueline.

Na visão da futurista global, há muito mais oportunidades do que preocupações. “Mas a gente precisa aceitar que a mudança não é mais negociável, ela está aí, está acontecendo”.

Ela conta que, quando é procurada por clientes que não estão achando gente para trabalhar, aponta dois caminhos: automatizar ou fazer um estudo para ver se é essa posição que vai precisar no futuro. “A maioria das vezes a gente chega a conclusão de que não é, que precisa investir em outra frente de qualificação”.

ANÁLISE | Howard Cruz Roatti , cientista da computação e especialista em Inteligência Artificial

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Howard Cruz Roatti |  Foto: Divulgação

"O impacto da Inteligência Artificial (IA) no trabalho pode trazer desafios relacionados à desigualdade, mas também abre oportunidades para lidar com essas questões de forma proativa.

O acesso desigual à tecnologia e à educação pode dificultar a adaptação de algumas populações às mudanças no mercado de trabalho, especialmente em regiões menos desenvolvidas ou em ocupações mais vulneráveis à automação.

No entanto, isso pode ser abordado com investimentos estratégicos em requalificação, ampliação da infraestrutura tecnológica e políticas inclusivas.

O futuro do trabalho deve priorizar a capacitação de trabalhadores para novas demandas, promovendo o aprendizado contínuo e a criação de redes de suporte para quem enfrenta dificuldades na transição.

Além disso, iniciativas para ampliar o acesso às tecnologias e corrigir vieses nos sistemas de IA ajudarão a reduzir as barreiras.

Assim, a transformação provocada pela IA pode se tornar uma oportunidade de construir um mercado de trabalho mais equitativo e inovador, em vez de aprofundar desigualdades".

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