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Economia

Idosos já gastam 70% da renda em farmácias

Há casos de pessoas que estão recorrendo a empréstimos e até abrindo mão de cuidar da saúde para garantir a alimentação da família


Uma conta que nem sempre fecha ao final do mês: idosos já gastam 70% da renda nas farmácias. Mas não é só isso. Alguns estão recorrendo a empréstimos e até  abrindo mão de cuidar da saúde para garantir a alimentação da família.

As notícias não são nada animadoras, já que o aumento anual entra em vigor a partir de 1º de abril deste ano.

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O índice autorizado de reajuste dos medicamentos comercializados no País deve ficar em 5,6% neste ano, acompanhando a inflação medida pelo IPCA, segundo cálculo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).

No entanto, em algumas farmácias, a informação é de que o percentual pode  variar entre 4,5% a 7% dependendo do produto.

À reportagem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que os  valores deste ano ainda não foram divulgados pela  Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Demonstrando preocupação com o aumento, o  presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Idosos no Estado, Janio Araújo, disse que muitos idosos se queixam das dificuldades financeiras.

 “A maioria dos aposentados recebe um salário mínimo (R$ 1.302) e já compromete 70% da renda com remédios, especialmente para controlar diabetes, pressão alta, labirintite,  câncer, Alzheimer e outras doenças da idade”.

Ainda de acordo com ele, alguns têm buscado remédios  na rede pública, mas nem sempre conseguem. 

 “Muitos estão sacrificando a saúde pela família, para que não falte comida na mesa. Há aqueles que estão recorrendo a empréstimos consignados e até mesmo com agiotas. O problema é que falta um pouco de educação financeira, chega um momento que não dá, vira uma bola de neve”, lamentou.

Mais de R$ 1 mil com remédios

Imagem ilustrativa da imagem Idosos já gastam 70% da renda em farmácias
O assistente administrativo Rubinho Pontual |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Na hora de fazer as contas sobre quantos medicamentos toma por dia, o  assistente administrativo Rubinho Pontual, 61 anos, tem até dificuldades. Por mês, ele gasta mais de R$ 1.000 com medicamentos para tratamento de fibromialgia e síndrome de Sjögren, que  é uma doença reumática crônica, autoimune. 

De olho no calendário, ele já está preocupado com o reajuste a partir do dia 1º de abril deste ano, já que ele não tem renda e conta com a ajuda da mulher e de um casal de filhos para comprar os remédios. 

Ele foi aposentado por invalidez, recebeu o benefício  por menos de   dois anos, mas teve o valor bloqueado. “Recorri à Justiça e, enquanto isso, a minha família está comprando os remédios”.

Empréstimo

Imagem ilustrativa da imagem Idosos já gastam 70% da renda em farmácias
Isolino Ramos |  Foto: Douglas Schneider/AT - 16/01/ 2023

Quem já recorreu a empréstimo foi o aposentado e assessor parlamentar Isolino Ramos, 72 anos. O dinheiro foi  para a compra de medicamentos e pagamento de contas. 

“Optei pelo empréstimo consignado em 2015, mas  faltam quase três anos para quitar.  Tive de fazer isso, pois no final do mês   as contas vêm  todas juntas. Agora, sabendo que vem um novo aumento de remédios, fico preocupado, pois qualquer valor pesa no bolso”.

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> Reajuste 

- A política de preço de medicamentos é definida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). No Brasil,  essa política de controle de preços de medicamentos se dá pelo estabelecimento de limite máximo, teto.  

- De acordo com esta política, definida pela lei 10.742/2003, as autorizações de reajustes do teto de preços acontecem de forma anual, sempre no mês de março. 

- Desta forma, anualmente a CMED, que é interministerial, publica os percentuais de reajuste permitidos para medicamentos sujeitos ao controle de preços. Os valores deste ano ainda não foram divulgados. 

- Apesar de os valores não terem sido divulgados, o  Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma)  estima que o índice autorizado de reajuste dos medicamentos comercializados no País deve ficar em 5,6% neste ano, acompanhando a inflação medida pelo IPCA.

Fonte: Anvisa e Sindusfarma.

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