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Economia

Home office vira questão de mérito

Flexibilidade nos horários e na modalidade de trabalho é importante para os jovens


Imagem ilustrativa da imagem Home office vira questão de mérito
Liliam durante videoconferência |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

Para atrair a geração Z, empresas estão explorando a flexibilidade do trabalho, optando por aderir a sistemas híbridos ou 100% home office já que esses novos profissionais estão cada vez mais conectados. Porém, essa possibilidade costuma depender do mérito do profissional. 

A gerente de recursos humanos da Center RH Eliana Machado explica que, apesar de certa resistência por parte das empresas, o home office tende a ser adotado de forma híbrida, especialmente para profissionais mais jovens.   

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“O trabalhador se sente  confortável desenvolvendo suas atividades  no home office e performando bem. Mas,  muitas empresas ainda sentem a necessidade de manter o presencial em alguns dias para fiscalizar o serviço em alguns casos”, afirmou.

Ricardo Pina, gerente de aquisição de talentos da Vale, cita que a empresa oferece possibilidades de trabalho híbrido, home office e até um programa de assistência ao empregado.

“Trabalhar com a geração Z exige adaptações do ambiente organizacional e da gestão de talentos. É uma geração que valoriza muito ter um trabalho conectado aos seus propósitos de vida”, afirma.

A psicóloga e  diretora de Cultura, Liderança e Diversidade do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES), Gisélia Freitas,  destaca que, apesar de ser preferência da geração Z,  o trabalho remoto ainda  é visto pelas empresas como um sistema que exige muito compromisso e mérito do funcionário para ocorrer. 

“Trabalhar de forma híbrida tem se tornado cada vez mais frequente, especialmente para esses novos profissionais. Mas exige alta gestão e maturidade do colaborador.”

A arquiteta e mestre em Engenharia Liliam Araujo  conta que ainda tem certo receio em trabalhar com funcionários no sistema home office, mas diz que há alguns casos em seu escritório,  como o da  arquiteta  Luana Bermond Marques,  32 anos, que atua  remotamente devido à confiança conquistada.  

“Sou de Guarapari, e ia e voltava para Vitória até a pandemia acontecer. Desde então, comecei a trabalhar remotamente, e não parei mais, porque os resultados acabaram sendo muito positivos, com o rendimento até maior  que antes.”    

O Shopping Vila Velha é outra empresa que    tem começado a adotar o  sistema híbrido para funcionários para atrair novos talentos, em especial  da  geração Z. Duas vezes ao mês, funcionários são autorizados a atuar no sistema home office.


Benefícios me valorizam

Imagem ilustrativa da imagem Home office vira questão de mérito
Raquel Conceição Silva é adepta ao home office |  Foto: © Divulgação

A técnica de monitoramento de redes da Mindworks, Raquel Conceição Silva, de 26 anos, trabalha pelo sistema home office na empresa e cita que o plano de carreira oferecido pela organização a inspira a manter uma evolução profissional.

Ela conta que se sente valorizada pela empresa por poder trabalhar em um sistema que lhe dá flexibilidade,  conforto, e que tem aumentado a sua produtividade.  

“O home office traz flexibilidade para trabalhar em diferentes lugares. Os benefícios me fidelizam e me valorizam como funcionária”, enfatizou.


Maioria deixaria emprego por teletrabalho, diz estudo

O trabalho remoto se tornou tão preferido das gerações mais jovens que a maioria dos trabalhadores da geração Z (nascidos entre 1995 e 2004) e dos millennials (nascidos entre 1983 e 1994) afirma que deixaria seu emprego atual se o mesmo voltasse a ser totalmente presencial.  

O levantamento foi feito pela Deloitte, que mostrou que 17% da geração Z e 19% dos millennials atuam exclusivamente de forma remota no País, enquanto outros 20% da geração Z e 16% dos millennials trabalham de forma híbrida. A pesquisa ouviu 800 profissionais do País que fazem parte das duas gerações.  

E, nas duas gerações, mais de 70% (76% para a geração Z e 77% para os millennials) dos que trabalham de forma híbrida ou remota afirmaram que não permaneceriam em seus empregos atuais se tivessem de atuar 100% de forma presencial.

A pesquisa  mostrou que quase um terço dos profissionais brasileiros dessas gerações  responde e-mails ou mensagens de trabalho fora do horário comercial, sob a justificativa de que querem estar a par dos últimos acontecimentos, por se tratar de um e-mail de um superior, para aumentar a chance de ser promovido ou puramente pelo espírito ou cultura da empresa.

Além disso,  60% dos  funcionários dessas gerações percebem que seus empregadores  se preocupam com a  saúde mental da equipe, criando políticas internas para ajudar nesse sentido. 

Para 85% dos entrevistados da geração Z e 88% dos millennials, o suporte e as políticas de saúde mental são muito ou razoavelmente importantes ao considerar um potencial empregador.

“É uma geração imediatista e muito dependente tecnologicamente. Horários flexíveis, e o trabalho híbrido são prioridades que eles não abrem mão, assim como oportunidades de crescimento, comunicação clara, e benefícios como terapia on-line e gympass (academia)”, destaca o  CEO da Heach RH Elcio Teixeira.


Jogos, prêmios e trabalho remoto

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Stephania defende o home office. "Deveria se tornar cada vez mais comum". |  Foto: Leone Iglesias/AT

No Estado, o will Bank permite que  seus funcionários trabalhem em home office, realizando, além disso, uma programação especial para quem opta por esse sistema, com eventos, campeonatos de jogos e até sorteios de prêmios. 

A analista de Resolução Customer Experience do will Bank, Stephania Scarpat Valentim, de 27 anos, conta que escolheu trabalhar pelo sistema remoto e considera  positivo para sua vida pessoal. 

“Trabalhar de casa deveria se tornar cada vez mais comum nas empresas. Tenho flexibilidade de horários, economizo e não me estresso com o transporte, enfim, meu tempo ficou muito mais otimizado.”


Análise

“Geração Z cada vez está mais influente no mercado”

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Eliene Dalvi, diretora da ABRH-ES |  Foto: Acervo Pessoal

“A geração Z está cada vez mais influente no mercado de trabalho, com características únicas e mentalidade diferenciada. 

Isso incentivou empresas a criarem   estratégias para reter e atrair  profissionais dessa faixa etária. Horários flexíveis, trabalho remoto ou híbrido, e políticas de licenças mais abrangentes, porque hoje, os jovens priorizam o equilíbrio entre trabalho e o pessoal. 

Ambientes digitais e oportunidades de aprendizado contínuo acabam atraindo esses profissionais, já que essa geração cresceu em meio a avanços tecnológicos e é altamente conectada. Empresas que demonstram compromisso com a causa social, responsabilidade ambiental e sustentabilidade têm, inclusive, mais chances de atrair esses jovens profissionais.

A geração Z também valoriza a diversidade e a inclusão. Pensando nisso,  empresas estão promovendo um ambiente de trabalho diverso e acolhedor. As empresas estão adotando abordagens inovadoras que se alinham à realidade.”

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