Fernando Haddad: “Correios vão ter de se reinventar”
Haddad diz que, diante da concorrência e da universalização do serviço, estatal terá de buscar novos serviços e parcerias
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a situação dos Correios exige mais cuidados devido ao rombo financeiro registrado no caixa da empresa. Para ele, a estatal precisa passar por uma “reinvenção” para reverter esse cenário e enfrentar o ambiente de forte concorrência no setor de logística.
Haddad disse que, com o fim do monopólio e a disputa pelo segmento mais rentável do mercado, os Correios perderam espaço e passaram a operar em condições mais adversas. Segundo o ministro, está em andamento a estruturação de um empréstimo para a empresa, condicionado a um compromisso da atual diretoria com um plano de reestruturação.
O ministro destacou que os Correios têm a obrigação constitucional de universalizar o serviço postal, o que gera custos que não são integralmente cobertos pelas tarifas.
Segundo ele, em outros países, esses custos são estimados e compensados por meio da agregação de novos serviços. Haddad citou a possibilidade de parcerias, inclusive com bancos públicos, para ampliar a oferta de serviços como previdência e seguros, utilizando instalações compartilhadas.
Ele afirmou que esse modelo é adotado em outros países e reiterou que os Correios, como eram conhecidos, não terão o mesmo suporte no atual ambiente concorrencial, o que torna necessária a reinvenção da empresa.
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