Fechamento de píer da Vale no Porto de Tubarão vai causar 300 demissões
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Neste início de mês será encerrado o acordo entre a Vale e a Petrobras que garante a operação do píer de barcaças do Porto de Tubarão. De acordo com o Sindicato de Petroleiros (Sindipetro-ES) e o Sindicato dos Aquaviários (Aquasind) do Estado, cerca de 300 postos de trabalho serão extintos.
Por meio de nota, a Vale informou que optou por descontinuar a operação de carregamento de bunker no Porto de Tubarão por questões operacionais.
“O prazo para a permanência da empresa responsável pela operação venceu em 2019 e, para possibilitar a busca por outras alternativas, foi estendido por um ano, tendo sido prorrogado novamente”, acrescentou a empresa.
As operações, antes previstas para terminarem em maio, serão mantidas até o início deste mês para atender contratos em andamento.
Os sindicatos se posicionaram contra o fechamento do píer em uma carta aberta à sociedade e aos parlamentares capixabas. Além das centenas de demissões, a categoria afirma que o volume de movimentação de cargas pelo Porto de Vitória – e, consequentemente, a geração de receita – será prejudicada.
“A operação do píer mobiliza empresas de inspeção, afretadores e mão de obra da praticagem. O Estado perderá entre R$ 200 milhões a 230 milhões de arrecadação ao ano”, estimaram o Sindipetro e o Aquasind.
Os sindicatos argumentam ainda que os fretes ficarão mais caros, prejudicando diretamente o consumidor.
A categoria pede que a bancada capixaba negocie com a Vale a prorrogação do prazo para o fechamento do píer. A carta também pede que a Petrobras estude a possibilidade de transferir as operações para outro local.
Ano passado, a empresa estudava a substituição pelo Porto de Vitória. A reportagem entrou em contato com a Petrobras para questionar o andamento das negociações, mas não teve resposta.
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