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Economia

Está faltando acupuntura aí para baixar o estresse, diz Alckmin sobre alta do dólar

Vice-presidente afirmou que a alta do dólar é transitória e a tensão será abrandada


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Imagem ilustrativa da imagem Está faltando acupuntura aí para baixar o estresse, diz Alckmin sobre alta do dólar
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República, comentou sobre a repercussão do pacote de medidas anunciado pelo governo |  Foto: Divulgação

Adepto da medicina chinesa a ponto de ter dado dicas na TV, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) recomendou, na noite de quinta-feira (28), acupuntura para baixar o estresse do mercado em reação ao pacote de medidas anunciado pelo governo Lula.

Alckmin, que é médico e formou-se em acupuntura pelo IOT-USP (Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Universidade de São Paulo), afirma que a alta do dólar é transitória e a tensão será abrandada quando ficar claro que o pacote traz medidas de longo e médio prazo, além de cumprir o arcabouço fiscal.

O vice-presidente define como justiça tributária a possibilidade de altos salários contribuírem mais para financiar a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais. Ele aposta no diálogo para aprovação no Congresso Nacional da taxação de renda superior a R$ 50 mil por mês.

O vice-presidente falou à reportagem ao ser abordado no lançamento do livro Análise Social do Direito: Por uma Hermenêutica de Inclusão, em um restaurante em Brasília. A publicação é organizada pelos ministros Jorge Messias (AGU) e Edilene Lôbo (TSE) e pela juíza federal Clara Mota (TRF-1).

PERGUNTA - Qual é a avaliação que o senhor faz do pacote?

GERALDO ALCKMIN - Muito positiva. De um lado, o cumprimento do arcabouço fiscal. Apresentou as propostas para nós zerarmos o déficit público e cumprirmos o arcabouço. A outra é para 2026 ainda, mas é justiça tributária. Você vai desonerar quem ganha até R$ 5.000, a rigor até R$ 7.000 também será beneficiado, e vai possibilitar que altos salários tenham uma contribuição maior. Então, você tem dois projetos com objetivos distintos. Um, cumprir o arcabouço fiscal, déficit zero. O outro é a justiça tributária. Você desonerar as faixas de menor renda e compensar esse valor com faixas maiores.

P - O que o senhor achou das críticas à estratégia de apresentar os dois simultaneamente?

GA - Alguns estão colocando "olha não foi bem recebido porque foi colocado junto". Acho que não. São momentos. Na hora que for ficando claro que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal e que está tomando medidas de curto e médio prazo também, de controle de gastos, essas questões do câmbio vão normalizar.

P - Mas o senhor acha que passa no Congresso a cobrança das altas rendas?

GA - Eu entendo que sim. O governo tem tido bom resultado no Congresso. Por quê? Pelo diálogo.

P - Qual é a avaliação que o senhor faz sobre essa alta do dólar como um reflexo do mercado?

GA - Então, eu acho que ela é transitória. Está faltando acupuntura aí para baixar o estresse.

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