Empresas vão explorar mais jazidas de petróleo no Espírito Santo
Estado tem potenciais novas descobertas em futuras campanhas exploratórias, segundo a ANP, o que vai criar empregos e negócios
Empresas do setor de petróleo vão realizar novas explorações no território capixaba, criando mais empregos e negócios.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), há potenciais novas descobertas na região do litoral do Estado, tanto no mar quanto em terra.
A porção em terra da Bacia Sedimentar do Espírito Santo, considerada uma bacia madura em termos de produção, tem, segundo a ANP, bom potencial remanescente para novas descobertas, que podem ocorrem frente às pesquisas que vem sendo realizadas em 24 blocos contratados, reforça a agência.
“Na porção marinha há atualmente quatro Planos de Avaliação de Descoberta (PAD) vigentes e cinco Declarações de Comercialidade na Fase de Exploração. Além disso, há ainda 10 blocos exploratórios disponíveis no modelo de Oferta Permanente sob regime de concessão (OPC)”, disse a ANP.
Essas movimentações fortalecem a cadeia de fornecedores capixabas, com destaque para o setor metalúrgico, e cada novo projeto representa mais empregos, renda e oportunidades para o Estado, destacou o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer), Luiz Alberto de Souza Carvalho.
“O Sindifer está mobilizado para que as empresas locais sejam protagonistas nesse novo ciclo de desenvolvimento”, afirmou.
O subsecretário de Estado de Integração e Desenvolvimento Regional, Celso Guerra, destacou que os blocos exploratórios nas bacias de Campos e do Espírito Santo visando novas descobertas são bem significativos para o Estado, quando se destaca os investimentos de mais de R$ 44,2 bilhões anunciados até 2030 e representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado.
“Envolve toda uma cadeia, com investimentos e criando de mão de obra, atraindo outros investimentos, mais empresas, que contratam e prestam serviços. A atividade petrolífera é fundamental para a economia do Estado”, disse.
Os investimentos previstos no setor são projetos de oito empresas: Petrobras, Prio, BW Energy, ES Gás (Energisa), Shell, Prysmian Group, EnP Ecosistemas e Imetame Energia.
Os projetos que mais se destacam são os da Petrobras, que anunciou
R$ 35 bilhões em investimentos em exploração e produção, com destaque para a implantação do FPSO Maria Quitéria.
Outros projetos importantes são das empresas Prio (US$ 850 milhões, aproximadamente R$ 4,9 bilhões no projeto do Campo de Wahoo) e BW Energy (R$ 4 bilhões nas operações dos polos Golfinho e Camarupi).
Busca por mais jazidas no Estado
Atualmente há sete blocos exploratórios com contratos vigentes nas águas marinhas da Bacia Sedimentar do Espírito Santo, sendo operados por cinco empresas distintas, ocupando uma área de investigação de 3,8 mil quilômetros quadrados.
Além disso, a sua porção emersa (terra) é considerada uma bacia madura em termos de produção e com bom potencial remanescente para novas descobertas, que podem ocorrem frente as pesquisas que vem sendo realizadas em 24 blocos contratados.
Na porção marinha há atualmente quatro Planos de Avaliação de Descoberta (PAD) vigentes e cinco Declarações de Comercialidade na Fase de Exploração.
Além disso, há também 10 blocos exploratórios disponíveis no modelo de Oferta Permanente sob regime de concessão (OPC).
Novo ciclo
O Estado vive um novo ciclo de crescimento na indústria de petróleo e gás, impulsionado pela retomada da atividade exploratória e pela chegada de novos operadores.
Segundo a 8ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado (Findes), o Estado registrou em 2024 a perfuração de 29 novos poços, sendo 16 offshore e 13 onshore, sinalizando o reaquecimento do setor.
Os desinvestimentos da Petrobras criaram espaço para novos investimentos privados, como o da BW Energy, que assumiu o campo de Golfinho e manteve em operação o FPSO Cidade de Vitória, garantindo continuidade de contratos e preservação de empregos locais.
Outro destaque é o projeto Wahoo, da Prio, que utilizará tecnologia tie-back para conectar novos poços a unidades já existentes, com investimentos estimados em centenas de milhões de dólares.
Produção
O Espírito Santo retomou a vice-liderança na produção de petróleo no Brasil, ultrapassando São Paulo após seis anos, e desde julho ocupa essa posição, com Rio de Janeiro na liderança.
Em setembro, o Estado produziu 237.989 barris de petróleo por dia.
Segundo o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a produção do Estado em julho deste ano foi de 211.185 barris de petróleo por dia, enquanto em agosto foi de 222.547 barris de petróleo por dia..
A produção de gás natural em setembro também foi a maior de 2025, atingindo 6.544,16 metros cúbicos por dia, maior que os 6.292,18 metros cúbicos por dia registrados em agosto deste ano.
A entrada em operação do FPSO Maria Quitéria no Campo de Jubarte, no litoral capixaba, impulsionou a retomada da indústria de petróleo e gás no Estado.
Investimentos
Estão previstos projetos de oito empresas para o Espírito Santo. São elas: Petrobras, Prio, BW Energy, ES Gás (Energisa), Shell, Prysmian Group, EnP Ecosistemas e Imetame Energia.
Os projetos que mais se destacam são os da Petrobras, que anunciou R$ 35 bilhões em investimentos em exploração e produção, com destaque para a implantação do navio-plataforma (FPSO) Maria Quitéria.
Com a média salarial acima da observada no cenário nacional, a cadeia produtiva do setor no Estado recebeu, em 2023, um salário médio de R$ 9.225,14, enquanto a média nacional foi de R$ 8.625,72.
Até 2030, estão previstos R$ 44,2 bilhões em projetos do setor, segundo a 8ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Estado.
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer) e Federação das Indústrias do Estado (Findes).
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Comentários