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Empreendedorismo Capixaba

Erros e acertos dos negócios em família

Segundo o IBGE, 90% das empresas são familiares. Lidar com egos, ciúmes e evitar brigas são desafios de quem monta empresa


As empresas familiares são maioria no País. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% das empresas são constituídas por pessoas com algum grau de parentesco.  

Os motivos que levam pessoas a abrirem um empreendimento familiar são diversos, mas os problemas e as soluções que derivam dessa decisão são muito parecidos em todos os tamanhos e modelos de negócios, desde os microempreendedores até empresas de grande porte. 

Imagem ilustrativa da imagem Erros e acertos dos negócios em família
Os irmãos Pâmella e Pablo com a mãe, Maria Aparecida: união no trabalho |  Foto: Isabella de Paula

Quando a empresa começa dentro de casa, marido e mulher viram sócios, mãe e filhos trabalham juntos para que sejam reduzidos os gastos com salários de terceiros e uma série de obrigações trabalhistas. É nesse momento que pode haver conflitos nos relacionamentos pessoais ao tentar conciliar trabalho e família. 

O amor nem sempre sobrevive à pressão dos negócios. Especialistas apontam que os problemas pessoais e de relacionamento em casa acabam afetando o trabalho. Por isso, definir bem os papéis, conhecer  seus pontos fracos e fortes, priorizando o diálogo são alguns dos pontos importantes da gestão. 

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A consultora de empresas Fabíola Saquetto treina mulheres e destaca que o maior desafio delas é separar vida pessoal e empresarial. “Temos muitos casamentos abalados, relações de pais e filhos também desgastadas e a falta de inteligência emocional acaba levando grande projetos ao fracasso. As mulheres precisam aprender a mudar essa realidade”, destaca. 

A família da empresária Pâmella Sabino Longue, 29 anos, sabe bem separar o pessoal do profissional.  Ela abriu com os pais o restaurante Paulão Self Service, no bairro Alecrim, Vila Velha, em 2012. 

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No mesmo ano, seu pai adoeceu, vindo a falecer. Seu irmão Pablo Sabino  Longue, 32, entrou para a sociedade, ajudando a tocar os negócios com a mãe, Maria Aparecida Sabino Longue, 54, que comanda a cozinha.

“O maior problema que tivemos foi aprender a separar o dinheiro da empresa e da casa”, diz Pâmella. 

Ela avalia que hoje a empresa já está mais madura, estruturada e possui ajuda de uma assessoria contábil. Conversar sobre a empresa em casa é um hábito que eles ainda não perderam. Mas segundo ela, isso nunca afetou o amor e as relações em família.

*S2 Comunicação

Ouvir para resolver conflitos

Quantos anos vai durar a sua empresa? Você está preparado para a sucessão? O conflito de gerações e a falta de diálogo têm sido grandes nó nas empresas familiares que precisam criar seus sucessores. 

O médico, professor e consultor de empresas Claudio Tosta, que lida com negócios familiares há 35 anos no Brasil e nos Estados Unidos, diz que a falta de escuta é o grande problema de todas as gerações de empresários. 

Imagem ilustrativa da imagem Erros e acertos dos negócios em família
Tosta orienta empresários |  Foto: Isabella de Paula

“Quando você ouve para responder, você não ouve e já está com a resposta pronta na ponta da língua. Esse é um grande problema das empresas, porque há uma falta de consciência de gerações”. 

As gerações mais antigas estão tendo que lidar com a sucessão de suas empresas e com as diferenças de pensamento. Para Claudio, é importante manter o respeito aos princípios e valores dos fundadores, mesmo que divergindo na forma de gerir o negócio. 

“Para ter perpetuidade é preciso ter convívio e nem sempre vai ser como a pessoa quer. Alguém vai ter que ceder em algum momento”. Por isso, ele aponta que apenas 4% das empresas chegam até a quarta geração. 

“É preciso haver convívio de gerações e não conflito de gerações. Hoje o nível de tolerância é baixo. Para mudar essa estatística é preciso buscar ajuda profissional, autoconhecimento e controle emocional. O modelo do passado não funciona para hoje e muito menos servirá no futuro”, destaca Tosta.

O consultor explica que é importante resolver os conflitos pessoais para sanar os problemas da empresa. O grande desafio nas empresas brasileiras, segundo ele, é mudar a cultura de que filhos são herdeiros e sucessores. 

“Nem sempre um filho está preparado para ser herdeiro e sucessor do negócio. É preciso conviver com as gerações da sua empresa, trabalhar suas questões pessoais para progredir”, pondera. 

| 5 ERROS

1. Inversão de Pauta

Quando você fala da vida pessoal no trabalho e fala do trabalho em casa. Levar a vida pessoal para o trabalho acaba comprometendo o direcionamento para o negócio. 

Quando se leva o trabalho para casa, perde-se a identidade de lar.  Por isso é importante, quando a empresa funciona dentro de casa, que se estabeleça um espaço físico na casa para o trabalho, saindo dali, começa a vida familiar.

2. Obrigar alguém da família a trabalhar na empresa, mesmo sem vontade

Esse erro acaba por prejudicar a pessoa e o seu negócio, porque ela não tem habilidades, competências e nem desejo de integrar o negócio. 

3. Dificuldade em demitir parentes

É preciso haver uma avaliação constante de resultados de todos. Se for identificado que esse membro da família não está atendendo aos objetivos, ele não deve permanecer. 

Contratar alguém que você não possa demitir não funciona no meio empresarial, já que uma gestão precisa de resultados.

4. Competição em vez de cooperação

Briga desenfreada pelo cargo ou pelo controle do negócio, gastos desproporcionais, falta de gestão financeira podem ser a ruína de uma empresa.

5. Liderança liberal

quando uma pessoa da família assume o título mas não assume a função na empresa. Chega e sai a hora que quer, não cumpre com as tarefas e acaba perdendo a credibilidade diante das pessoas da empresa, sobrecarregando os colegas.

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