Em visita ao ES, ministro diz que BR-262 não será privatizada
O ministro Marcelo Sampaio disse ainda que o Dnit é capaz de fazer a duplicação, mas que ainda faltam recursos
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Em visita a Vitória para evento de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), o ministro da infraestrutura, Marcelo Sampaio, explicou, na segunda-feira (05), que a BR-262 não passará por processo de concessão à iniciativa privada.
A rodovia chegou a ter o leilão planejado junto da BR-381 no atual governo federal, e até mesmo foi colocada em leilão durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, mas não houve interessados. O ministro admitiu que faltam recursos para fazer a duplicação.
“A 262 não tem nenhuma complexidade que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) não dê conta de transformar. O que a gente precisa é de recursos. E entendemos que vamos conseguir priorizar essa rodovia junto com a bancada do Espírito Santo”, afirmou.
A duplicação da rodovia é necessária, por exemplo, para redução do número de acidentes na via, que é considerada uma das mais perigosas do País e para melhorar as condições de escoamento da produção industrial.
Um dos pontos que torna a obra complexa é que há trechos com rochas, que precisam ser quebradas. Além disso, ela também envolverá desapropriações.
“A gente está falando de trechos complexos em termos de engenharia, mas o Dnit está preparado. Tem um corpo técnico qualificado para isso. Quando tem recurso, o Dnit faz a diferença e transforma. Acho que o Estado tem um exemplo claro aqui que é o Contorno do Mestre Álvaro”, defendeu.
De acordo com o deputado Da Vitória, líder da bancada federal, a duplicação é um assunto para ser tratado depois da eleição.
“O ministro nos chamou e conversou sobre esse desafio para buscar alternativas de viabilizar, junto com o Orçamento da União, as partes mais complexas da 262”.
Segundo o deputado, o recurso para a duplicação viria do orçamento federal, somado ao apoio da bancada e também da repactuação dos acordos de reparação de Mariana. Questionado se sai ou não essa duplicação, ele disse que nada é impossível.
“A bancada do Espírito Santo é a mais solidária que tem para avançar nessas obras”.
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