Economia do Espírito Santo cresce acima da média nacional
PIB do Espírito Santo teve crescimento de 3% de janeiro a setembro deste ano, puxado por mineração, café, petróleo e gás
O Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo cresceu acima da média do País de janeiro a setembro deste ano. Conforme o Indicador Trimestral do PIB elaborado pela Coordenação de Estudos Econômicos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o crescimento foi de 3% no período, enquanto o Brasil avançou 2,4%.
O crescimento do PIB estadual foi puxado, segundo os dados do IJSN, pelo bom desempenho do café – em especial o conilon –, da expansão na pelotização de minério de ferro e pela expansão na extração de petróleo e gás.
A agropecuária teve incremento de 11,1%, enquanto a indústria cresceu 3,3% no período.
Já o setor de serviços avançou 2%, refletindo o bom desempenho do comércio varejista ampliado, dos serviços prestados às famílias e das atividades de transporte e logística.
Segundo o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira, os resultados demonstram a robustez da economia capixaba e sua capacidade de manter um ritmo superior ao nacional, com avanços importantes em setores estratégicos, ampliação da produção, atração de investimentos e criação de empregos.
“A economia capixaba segue crescendo acima da média nacional, atraindo investimentos, criando empregos e melhorando a qualidade de vida dos capixabas. O desempenho positivo em 2025 reflete a força dos nossos setores produtivos e a capacidade do Espírito Santo de manter uma trajetória consistente de desenvolvimento”, destacou Lira.
Na comparação dos últimos quatro trimestres com os quatro trimestres imediatamente anteriores, o avanço foi de +2,8%.
E no comparativo do 3º trimestre de 2025 com o 3º trimestre de 2024, a elevação foi de +2,6%. Na análise entre o 2º e 3º trimestre de 2025, houve retração de -1,7% após dois trimestres consecutivos de crescimento.
“Analisando os dados, a queda foi puxada pela agropecuária, que apresentou redução de aproximadamente -2,6%, e pelo setor de serviços, com queda de -0,6%. A indústria, por outro lado, cresceu nessa base de comparação +2,5%”.
Recorde histórico no acumulado de 4 trimestres
O Espírito Santo alcançou um recorde histórico no seu Produto Interno Bruto (PIB), atingindo o valor nominal de R$ 242 bilhões no acumulado dos últimos quatro trimestres. O valor é o maior da série histórica, iniciada em 2002.
Para o fechamento de 2025, as projeções indicam que o Espírito Santo deve acumular um PIB de 3,2%, sendo o maior crescimento entre os estados do Sudeste, acompanhado por dados favoráveis de desocupação abaixo da média nacional, de acordo com o diretor-presidente do IJSN, Pablo Lira.
Esse resultado se deve, em grande parte, à colheita do café e às previsões de aumento na produção. Embora o ano de 2025 seja marcado pela bienalidade negativa do café arábica (com previsão de queda de 14,7% na produção), a previsão para o café conilon é de um aumento significativo de 30,5%, segundo Antonio Freisbelem, diretor de projetos especiais do IJSN.
Outras culturas com previsão de crescimento incluem pimenta-do-reino (13,7%), mamão (4%) e cacau (3%).
“Olhando também o mercado de trabalho, foi confirmado agora no terceiro trimestre o Espírito Santo com a terceira menor taxa de desocupação entre os estados brasileiros, 2,6%, sendo que a média nacional está em 5,6%. Isso sugere uma tendência de finalizar o ano com o crescimento da economia acima da média nacional e a desocupação abaixo da média nacional”, afirma Lira.
Os dados do IJSN
Fim da colheita do café
A economia do Estado registrou uma alta de 3% no acumulado do ano, comparando o período de janeiro a setembro de 2025 com a mesma época de 2024.
O resultado está acima da média nacional, que foi de 2,4% no mesmo intervalo de tempo.
O avanço do PIB do Espírito Santo, entre os meses de janeiro e setembro, foi impulsionado pelo desempenho positivo nos três principais setores da economia: agropecuária (11,1%), indústria (3,3%) e serviços (2%).
No último trimestre, em comparação ao anterior, houve retração de 1,7%. De julho a setembro, foi registrada queda de 2,6% na agropecuária e de 0,6% nos serviços, enquanto a indústria cresceu 2,5%.
A queda no agro foi devido ao trimestre ser posterior à colheita do café, cultura que representa 53% do setor no Espírito Santo.
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