Drones e pó de granito usados para ampliar produção de café
Iniciativa em Colatina adota práticas sustentáveis e inovadoras para dar força à cafeicultura e conter o êxodo rural
O uso de pó de granito na adubação das mudas e a aplicação de biofertilizantes com drones prometem mudar o modo de produzir café no Espírito Santo.
As duas práticas, testadas em lavouras de Colatina, fazem parte de um projeto da JDE Peet’s, considerada a maior empresa especializada em café do mundo, voltado à sustentabilidade e à inovação no campo.
A iniciativa, chamada On Good Grounds, é realizada em parceria com a China Oil and Foodstuffs Corporation (COFCO), maior processadora e comerciante de alimentos da China.
O programa combina princípios de economia circular e agricultura regenerativa para fortalecer a cafeicultura e conter o êxodo rural.
Com apoio do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus Itapina, estudantes e pesquisadores desenvolvem experimentos que unem tecnologia e saber agrícola. O uso dos drones, por exemplo, garantem uma adubação mais precisa e eficiente, diminuindo o desperdício e os impactos ambientais.
Cerca de 500 cafeicultores da região participam do estudo.
Trata-se de um projeto de extensão do Ifes que utiliza exclusivamente produtos naturais e envolve o acompanhamento direto nas propriedades rurais.
Biofertilizantes
Antes da aplicação dos biofertilizantes, as equipes avaliam as condições dos cafezais e orientam os produtores sobre o manejo mais adequado para cada tipo de solo.
A estudante de Agronomia Dávila Pereira da Costa, integrante do projeto, destaca o impacto das novas práticas: “É um trabalho de campo muito rico, que aproxima a pesquisa da realidade dos produtores”.
O professor e pesquisador Evandro de Oliveira, orientador de Dávila e coordenador das ações em Colatina, reforça o caráter inovador da iniciativa.
“Estamos construindo uma nova forma de produzir café em nosso estado, com base no conhecimento científico e no respeito ao meio ambiente”.
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