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Economia

Dívidas comprometem 50% da renda das famílias

O endividamento dos brasileiros cresceu 21% e estudo mostra que as linhas de crédito mais caras e sem garantias contribuem para isso


Imagem ilustrativa da imagem Dívidas comprometem 50% da renda das famílias
Orientação de especialistas é fazer as contas e começar pagando as dívidas que têm os juros mais altos |  Foto: Divulgação

As famílias brasileiras já gastam metade de suas rendas para pagamento de dívidas. Foi o que mostrou um relatório feito pela equipe de Renda Fixa da XP investimentos.

O estudo também demonstrou que o endividamento dos brasileiros cresceu 21% no ano passado em comparação a 2020. 

As linhas de crédito mais caras e sem garantias estão entre os fatores que contribuíram para o aumento, aponta o relatório, que foi realizado  com base em dados do Banco Central (BC). 

Essas linhas mais caras, o cartão de crédito e o crédito não consignado tiveram um crescimento de 34% e 37%, respectivamente. 

Tais modalidades são caracterizadas por serem formas de crédito sem garantias, o que faz com que elas possuam juros mais altos, explica o economista e membro do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES) Heldo Siqueira.

“Diferente de um crédito que você faz para pagar um veículo, que acaba tendo o próprio bem como garantia, o cartão de crédito, por exemplo, não possui uma garantia. A garantia vai no juros”, detalha.

Para o economista Sebastião Demuner, o cartão de crédito é um dos piores endividamentos que se pode ter.

“É a modalidade de compra mais rápida e que resolve seu problema de forma imediata. Só que os juros do cartão de crédito são um dos mais altos do mundo. São mais de 150% ao ano. A título de comparação, os juros da poupança não chegam a 8%. O cartão é o mais perigoso, ele pode ser revólver financeiro se mal utilizado”, afirma.

Só no Estado, no último mês havia 762.749 pessoas com pagamentos atrasados, conforme dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória.

Na hora de começar a quitar as dívidas, a orientação é dar preferência as que têm taxas de juros maiores. “Junte a família. Pegue as dívidas, organize todas elas. Comece a sanar por aquelas em que os juros são mais altos, como cartão de crédito e cheque especial”, orienta Demuner.

Os economistas afirmam que, para evitar o endividamento, a saída passa pela tradicional e conhecida educação financeira.

Maioria que renegocia débito retorna à inadimplência

Um levantamento mostrou que 64,3% das pessoas que renegociaram suas dívidas em 2020 voltaram a ficar inadimplentes. O dado faz parte de estudo feito pela Boa Vista, empresa especializada em análise de crédito.

O índice de “reinadimplência” teve um aumento se comparado aos anos anteriores. Em 2019, o medidor estava em 51,8% e, em 2020, 53,1%.

A taxa de pessoas que voltavam a ficar inadimplentes costumava ficar entre 40 a 50%, conforme características do próprio mercado financeiro do País.

A alta da inflação, a queda na renda familiar e o desemprego elevado estão entre as razões que explicam o aumento da taxa.

O levantamento levou em conta as pessoas físicas que ficaram inadimplentes por deixarem de pagar qualquer tipo de conta e não apenas as dívidas criadas com o sistema financeiro.

Para o economista Heldo Siqueira, uma das razões da reinadimplência é o comportamento de consumo e financeiro inadequado.

“Quando o problema que originou a primeira inadimplência não foi resolvido, o problema acaba se repetindo. Repense seus hábitos. Se a pessoa não mudar seu padrão de consumo ou, infelizmente, permanecer desempregada, tudo acaba ocorrendo de novo”, explica.


SAIBA MAIS


  • O especialista em economia doméstica Mário Vasconcelos ressalta que, para evitar o endividamento, não existe fórmula mágica, mas um conjunto de atitudes diárias.
  • Educação financeira: “É preciso envolver toda a família. Tem que separar as despesas entre as essenciais (aquelas que têm todo mês) e as que não são essenciais”.
  • “Tente realizar alguns cortes e substituições naquelas que não são essenciais. Se possível, nas essenciais também. Para isso é necessário haver um consenso familiar”.
  • Limites: “O ideal é que as dívidas não consumam mais do que 20% a 30% do orçamento familiar”.
  • Evite novos empréstimos: “Dívida não se paga fazendo dívida. Apesar de ser tentador e, talvez, até vantajoso em alguns casos, evite realizar empréstimos para tentar quitar dívidas. Fuja do risco de entrar em uma nova bola de neve”. 
  • Reserva emergencial: “Tenha sempre uma reserva financeira. A reserva será essencial em situações extraordinárias, como a do desemprego ou saúde. E você não precisará pagar juros quando precisar recorrer a ela”.

Fonte: Economista Mário Vasconcelos

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