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Economia

Como funciona e o que muda com o real digital

Moeda entrará em fase de testes neste mês e deve ser implementada de forma definitiva até 2024


Imagem ilustrativa da imagem Como funciona e o que muda com o real digital
Objetivo é fomentar novos negócios no setor financeiro, no máximo até o final de 2024, segundo o Banco Central |  Foto: Divulgação

O real digital entrará em fase de testes neste mês e deve ser implementado de forma definitiva até 2024, segundo Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC).

“No mês que vem já vamos ter um piloto funcionando. O Brasil vai ser um dos primeiros países do mundo e vamos avançar com o piloto, na medida em que garantirmos a segurança (do modelo). A ideia é ter algo funcionando no máximo no final de 2024”.

O objetivo do projeto é “fomentar novos negócios” no setor financeiro, de acordo com Neto. Porém, alguns podem estar se perguntando: há alguma relação entre a versão digital da moeda brasileira e o bitcoin e os demais criptoativos? Segundo especialistas ouvidos, de forma direta, não.

Segundo o sócio-fundador da Pedra Azul Investimentos, Lelio Monteiro, há semelhanças  na questão de tecnologia, mas é possível dizer que as Central Bank Digital Currency, ou moeda digital de banco central, em português (CBDC) são uma evolução do bitcoin.

“Não somente as moedas digitais que foram criadas depois do bitcoin, mas diversas outras áreas de conhecimento digital incorporaram a tecnologia de blockchain. O  real digital não deverá ter um registro descentralizado, já que tem o Banco Central como emissor e fiador da moeda”, afirma.

Monteiro explicou que o real digital será um ativo vinculado à moeda real tradicional, em versão digital, cuja posse poderá ser trocada entre as partes, assim como acontece com o dinheiro físico e as transferências bancárias.

O  presidente do Conselho de Economia do Estado (Corecon-ES), Claudeci Pereira Neto, disse que o real digital não será uma criptomoeda.

“Vai ser uma extensão do papel moeda, mas no formato digital. Será regulamentado e fiscalizado pelo BC. Já as criptomoedas não tem um controle centralizado. Nem sempre dão garantias de segurança, por não terem regulamentação no Brasil”, destacou.

Segundo Claudeci, o real digital será uma ferramenta de inclusão financeira, e que incluirá mais pessoas nesse mundo digital. “É uma tendência mundial, pois mais de 80 países já tem projetos em andamento ou já implementaram a CBDC”.

Banco Central apresentará diretrizes da moeda

O Banco Central (BC) apresentará as diretrizes do projeto piloto da moeda digital, o real digital, amanhã. A iniciativa será detalhada em entrevista na sede da autoridade monetária em Brasília.

A apresentação terá participação do coordenador da iniciativa do Real Digital, Fabio Araújo, do chefe do Departamento de Informática do Banco Central, Haroldo Jayme Cruz, do chefe-adjunto do Departamento de Operações do Mercado Aberto, Marcus Antônio Sucupira, e do coordenador-geral de operações da Dívida Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital Nunes Pereira.

Araújo afirmou, durante evento em São Paulo, que a versão digital da moeda brasileira, junto com toda a infraestrutura que será criada ao seu redor, será lançada para uso da população ao final de 2024.

De acordo com o responsável pelo projeto no BC, o real digital permite gerir contratos financeiros de maneira muito mais rápida e com bastante atenção à tokenização como ferramenta de liquidação para os bancos. “O foco do real digital é a tokenização de atividades financeiras, cripto é só uma parte”, disse Araújo.

Ele ainda detalha que, em abril, o BC abrirá um fórum de debate do real digital e da tokenização com a sociedade. Token se refere a uma representação digital do dinheiro num sistema de registro.

Garantias de segurança nas operações

Real digital

- O real digital é uma “CBDC”, ou moeda digital emitida por Banco Central, na sigla em inglês. Na prática, as CBDCs são as moedas nacionais inseridas de forma oficial na tecnologia blockchain.

- É como uma extensão da moeda física, com a distribuição ao público intermediada pelos bancos e instituições de pagamento.

- Poderá ser trocado pelo real tradicional (em notas), e vice-versa.

- Cotação frente a outras moedas também será a mesma.

- Não será permitido que os bancos emprestem a terceiros esses recursos, como acontece atualmente com o real físico, e depois os devolva aos clientes. Não haverá remuneração, ou seja, os recursos não terão uma correção automática.

- Haverá uma garantia da segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações.

- O fator que pode ser drasticamente alterado pela chegada das CBDCs e que não costuma ser comentado pelos burocratas é o aumento do poder de fiscalização e atuação do governo sobre o dinheiro dos cidadãos.

- Atualmente, vários países estão estudando ou desenvolvendo as suas próprias moedas, como é o caso dos Estados Unidos, Inglaterra e México. A China, por sua vez, está em testes avançados com o iuan digital, enquanto Bahamas e Jamaica já lançaram as suas moedas.

- Como o bitcoin é uma tecnologia completamente descentralizada e resistente à censura, ninguém consegue controlar as pessoas que utilizam a rede, ao contrário do que pode ocorrer com o real digital. 

- Por isso, as tecnologias não competem entre si. Ainda assim, o real digital pode competir diretamente com as stablecoins pareadas ao real.

Fonte: Banco Central e Uol

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